6.02.2012

Cerco aos refrigerantes

Estados Unidos

NY quer proibir venda de refrigerante em tamanhos grandes 

Medida para combater a obesidade atingiria também outras bebidas açucaradas

Embalagens de refrigerantes PET estão entre os alvos de medida da prefeitura de Nova York
Embalagens de refrigerantes PET estão entre os alvos de medida da prefeitura de Nova York 
A Prefeitura de Nova York anunciou nesta quarta-feira que planeja proibir a venda de refrigerantes e outras bebidas açucaradas em grandes embalagens nos restaurantes, cinemas e nos tradicionais carros que vendem comida nas ruas da cidade. Trata-se de uma iniciativa inédita da administração do prefeito Michael Bloomberg, já considerada a medida mais radical proposta nos EUA para combater a obesidade.
Segundo reportagem do jornal The New York Times, a proibição afetaria praticamente todas as bebidas açucaradas encontradas em delicatessens, franquias de fast-food e até mesmo arenas esportivas, de bebidas energéticas a chás gelados adoçados. A venda de qualquer copo ou garrafa com capacidade maior do que 16 onças fluidas (cerca de 470 mililitros) passaria a ser proibida. A ideia da prefeitura é colocar a medida em vigor a partir de março do próximo ano.
A venda de refrigerantes dietéticos, sucos, bebidas lácteas – como milkshakes – e bebidas alcoólicas, porém, não seria afetada.  Além disso, mercados e lojas de  conveniência continuariam liberados para comercializar todos os tamanhos de refrigerantes e outras bebidas com açúcar.
"A obesidade é um problema nacional, e em todos os Estados Unidos as autoridades de saúde pública estão aflitas, dizendo 'Isso é terrível'. Em Nova York, não vamos ficar aflitos, vamos fazer alguma coisa", disse Bloomberg nesta quarta. "Eu acho que é isso que as pessoas querem que o prefeito faça".
Críticas – A proposta foi criticada pelo porta-voz da Associação de Produtores de Bebidas, Stefan Friedman. Ele afirmou que o Departamento de Saúde da prefeitura tem uma "obsessão" com os refrigerantes e que a proibição serve apenas como "distração" da dura tarefa de buscar soluções para combater a obesidade.
Para entrarem em vigor, as restrições dependem apenas da aprovação da Diretoria de Saúde da cidade, órgão cujos integrantes são indicados pelo prefeito. Segundo estatísticas do governo, 35% dos americanos são obesos e 60% estão acima do peso. O Departamento de Saúde de Nova York aponta o mesmo pecentual entre os adultos da cidade.  

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