Roupas feitas especialmente com fatores de proteção ultravioleta protegem! Saiba mais!
"Diante de todos estes números, é necessário reforçar os alertas contra o câncer de pele, tipo de câncer mais prevalente entre homens e mulheres no Brasil. E num país como o Brasil, onde é possível ir à praia o ano inteiro, é preciso alertar as pessoas de que a intensidade da exposição ao sol para os frequentadores da praia é certamente elevada. Além da exposição solar em si, tanto a água quanto a areia podem refletir os raios solares”, alerta a dermatologista Cristine Carvalho, diretora do Centro de Dermatologia e Estética (CDE).
Para que o sol não se transforme numa ameaça à saúde, é preciso tomar algumas precauções extras. Confira algumas recomendações:
1- Escolha um filtro solar resistente à água com Fator de Proteção Solar mínimo de 30. Um filtro solar "resistente à água" deve manter a proteção por até 40 minutos de imersão em água, e um "muito resistente à água", por até 80 minutos. Prefira os produtos que têm alguma combinação dos seguintes ingredientes: avobenzona, dióxido de titânio e óxido de zinco;
2- A aplicação do filtro solar deve ser feita 30 minutos antes da exposição solar para permitir que os ingredientes que compõem o produto possam agir sobre a pele. É importante não esquecer de aplicar o protetor solar em todas as extremidades: orelhas, ponta do nariz e na planta dos pés;
3 - Proteja sua cabeça, rosto e olhos com um chapéu de abas largas. Use óculos de sol que consigam filtrar entre 99-100% da radiação UV. Para as mulheres, as cangas longas são uma boa opção para cobrir o corpo. Se preferir, opte por roupas feitas especialmente com fatores de proteção ultravioleta 30 ou mais. Uma roupa com um fator de proteção 30 permite que apenas 1/30 da radiação UV penetre no tecido. Para os surfistas e outros esportistas aquáticos, estas peças são indispensáveis;
4 – Durante os veranicos que ocorrem em estações como outono e inverno, não esqueça de fazer pausas periódicas na sombra, sob um guarda-sol. Quanto mais transparente o tecido, menor a proteção contra a radiação ultravioleta. Outra dica é a cor do tecido, quanto mais escuro, maior é a proteção contra a radiação. Uma terceira dica é quanto à elasticidade do tecido, quanto mais elástico, maiores as chances dos raios ultravioletas atravessarem o guarda-sol.
Ainda de acordo com o INCA, os 5 tumores mais incidentes para o sexo masculino serão o câncer de pele não melanoma (63 mil casos novos), próstata (60 mil), pulmão (17 mil), cólon e reto (14 mil) e estômago (13 mil). Para o sexo feminino, destacam-se, entre os 5 mais incidentes, os tumores de pele não melanoma (71 mil casos novos), mama (53 mil), colo do útero (18 mil), cólon e reto (16 mil) e pulmão (10 mil).
A IMPORTÂNCIA DO PROTETOR SOLAR EM TODAS AS ESTAÇÕES
Dermatologista ressalta os cuidados que devemos ter com a pele até mesmo no inverno.
“Os danos causados pelo Sol são muitos. Os mais comuns e que podem atingir toda a população é o câncer de pele. A proteção solar deve começar na infância, visto que o principal fator de risco é o efeito cumulativo da radiação solar na pele. Hoje, sabemos até que o Sol acelera o envelhecimento cutâneo. Por esta razão, mesmo se o dia estiver nublado, é necessário o uso do protetor solar”, esclarece a dermatologista Gisele Ferreira.
É muito comum que as pessoas tenham dúvidas sobre o tipo de protetor solar. Mas, a especialista orienta que a busca está vinculada ao tipo de pele e o estilo de vida de cada um: “Por exemplo, se a pessoa trabalha diariamente com total exposição ao Sol, o protetor será diferente daquela que permanece durante um longo período do dia em um escritório. O ideal é a utilização diária de filtros solares com fator de proteção (FPS) acima de 30. É importante, também, a reaplicação, podendo ser de duas a três vezes por dia. Um FPS mais alto é indicado para pacientes que apresentam alguma patologia”.
Ainda de acordo com a especialista, em locais como praia e piscinas, a aplicação do produto deve ser feita 10 minutos antes da exposição ao Sol. “É preciso reaplicar o protetor a cada duas horas. Hoje já existem filtros solares mais resistentes à água. De qualquer forma, está indicada a reaplicação após sair da água”, recomenda.
Quando o assunto é acne, Dra. Gisele explica que uma das causas é a combinação errada de um protetor solar e um determinado tipo de pele. “O dermatologista deve examinar a pele do paciente e indicar o produto adequado. Em geral, deve-se dar preferência aos filtros Oil free (que reagem bem à pele oleosa) ou não comedogênicos, que evitam a erupção ou obstrução dos poros”, instrui a dermatologista.
Já para as mulheres que por algum motivo precisam usar maquiagem diariamente, vai um alerta: “O ideal é aplicar o protetor e antes de se maquiar. Só depois que o produto já estiver seco é que ela deve começar a passar os produtos de beleza”
A DIFERENÇA ENTRE PROTETOR, BLOQUEADOR E BRONZEADOR!
Aprenda de vez qual é a função de cada um destes produtos!
"O protetor solar tem a função de diminuir os efeitos dos raios UVA e UVB. Já os bloqueadores são os produtos com substâncias capazes de refletir (filtro fisco), além de reagir com a radiação solar (filtro químico), impedindo que a os raios UVA e UVB penetrem na pele. Entretanto, vale ressaltar que não há um cosmético que proteja 100% um indivíduo", explica Suzy Rabello, dermatologista do Hospital Bandeirantes.
Segundo a especialista, o bronzeador possui um fator de proteção solar menor que 15 e, por vezes, com ou mais ativos associados que estimulam a pigmentação cutânea: "São substâncias que podem ser muito perigosas à saúde, pois deixam a pele exposta aos raios solares. Já os autobronzeadores apenas "maquiam" a derme, mas é necessário lembrar que não protegem da exposição solar, devendo haver o uso de um filtro solar adequado para a proteção”.
Contudo, independentemente do uso de produtos, a exposição ao Sol deve ser uma razão de preocupação e cuidado. "A pele não deve ser exposta de modo a superar a capacidade do indivíduo de se bronzear. Quando isto acontece, significa que ela foi agredida pela luz, chegando até mesmo a queimaduras solares (quanto mais clara a pele, mais possibilidade da pessoa se bronzear com risco de queimadura solar). O resultado é o envelhecimento precoce e aumento da possibilidade de câncer de pele”, alerta a dermatologista.
SARDAS BRANCAS: PREVENÇÃO É O MELHOR TRATAMENTO
As sardas brancas ocorrem devido à grande exposição aos raios solares. Saiba mais sobre as sardas.
Segundo o especialista a “sarda branca” ou leucodermia gutata ocorre devido à exposição ao sol durante anos. Segundo Leonardo Spagnol Abraham, o melanócito (célula que produz a melanina) morre e aquele local fica branco, causando a “sarda”. Já as sardas ou efélides são manchas, menores de 5mm de diâmetro, causadas pelo aumento da melanina (pigmento que dá cor à pele), que aparecem em áreas expostas ao sol em pessoas de pele muito clara e nos ruivos
É importante saber que as sardas só aparecem em pacientes predispostos que se expõem ao sol. Ainda de acordo com o especialista, elas costumam dar o ar da graça nas áreas que ficam expostas aos raios solares, geralmente na face e tronco.
Para evitar o surgimento das sardas, sejam elas claras ou escuras, é necessário usar e abusar da proteção solar, chapéu e guarda-sol, evitar o sol entre 10h e 16h e, também, o filtro solar. Este último deve ser reaplicado de 2/2h, sempre que se estiver diretamente exposto ao sol.
Tratamento
O dermatologista da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro explica que no caso das efélides é possível usar clareadores ou o uso da Luz Intensa Pulsada (LIP), um tipo de laser. “Já no caso das sardas brancas não temos muito o que fazer, mas podemos tentar a repigmentação estimulando com a crioterapia, mas os resultados não são muito positivos. O melhor tratamento é a prevenção”, afirmou o especialista.
Câncer de pele
O médico Leonardo Spagnol Abraham explica, ainda, que as eféllides não são maléficas, mas sim o excesso de sol, que pode provocar câncer de pele e envelhecimento precoce.
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