É preciso ter cuidado para não pintar a besta de verde (clique e aqui)
Diretora da Fundação de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Ecologia, em Nova Déli (Índia), Chiva destacou-se a partir dos anos 70 ao se amarrar a árvores para impedir seu corte, criando o movimento Chipko. A física indiana, que já está no Brasil para participar do ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, confirma participação na Rio + 20.
Apresentada pelo jornal como "inimiga número 1" da biotecnlogia e como crítica das negociações ambientais nos termos em que se encaminham, Chiva aposta no êxito da Rio+20. A conferência se salvará, diz ela, menos pelos acordos que serão firmados, e mais pela força de pressão da sociedade e dos movimentos sociais. Estes estarão representados em grande número na Cúpula dos Povos, série de eventos paralelos programados para a conferência.
As pessoas e os movimentos sociais farão a diferença na Rio + 20
"Conectadas como nunca, as pessoas farão a diferença no sentido de propor a construção de novos caminhos para o mundo", diz à Folha a ativista. Nesta entrevista, Chiva adverte para o poder crescente das multinacionais e para a tentativa delas de controlar o meio ambiente, inclusive a chamada "economia verde".
A conferência já tem confirmada a participação de 120 chefes de Estado e de governo, número superior ao reunido na Eco-92, também realizada no Rio há 20 anos. Nos dias da Conferência e num sinal do quanto pretende prestigiá-la a presidenta Dilma Rousseff programa transferir a sede do governo de volta para o Rio, inclusive despachando de um gabinete presidencial montado no Riocentro, principal local de desenvolvimento da parte oficial da Rio + 20.
Segundo a ex-senadora, cujo mandato terminou em dezembro passado, o Brasil, às vésperas da Rio+20, está passando uma péssima imagem para o mundo e para os próprios brasileiros.
Ela lembrou que o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a assumir metas de redução de CO2 na reunião de Copenhague, em 2009, e que graças à redução do desmatamento para atingir as metas é que terá bons resultados para apresentar na Rio +20.
"Agora (o Brasil) vai apresentar esses bons resultados em cima de uma lei que eles acabam de revogar", criticou.
Ela destacou como maiores ameaças do novo Código Florestal, que segundo ela se tornou um "código agrário", a manutenção da anistia para os desmatadores e a redução da proteção das áreas que deveriam ser preservadas.
"Não tenho dúvida que depois da Rio +20 será a política da terra arrasada sobre a legislação ambiental brasileira", afirmou.
Marina criticou ainda uma aprovação de uma Medida Provisória ocorrida ontem, no Senado, que dá poderes à presidente Dilma para reduzir unidades de conservação já criadas por outros governos.
"Ela (Dilma) não criou nenhuma unidade de conservação no governo dela e ganhou poder para poder fazer as usinas (hidrelétricas) de Tapajós (PA) e Teles Pires (MT/PA)", lamentou.
Publicado em 01-Jun-2012
Por
estabelecer um belo contraponto ao clima de pessimismo com o qual os
apocalípticos procuram cercar apressadamente a Rio + 20, vale a pena ser
lida na Folha de S.Paulo de hoje a entrevista da física indiana Vandana
Chiva. A conferência de clima da ONU se realiza daqui a duas semanas no
Rio - de 13 a 22 deste mês.Diretora da Fundação de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Ecologia, em Nova Déli (Índia), Chiva destacou-se a partir dos anos 70 ao se amarrar a árvores para impedir seu corte, criando o movimento Chipko. A física indiana, que já está no Brasil para participar do ciclo de palestras Fronteiras do Pensamento, confirma participação na Rio + 20.
Apresentada pelo jornal como "inimiga número 1" da biotecnlogia e como crítica das negociações ambientais nos termos em que se encaminham, Chiva aposta no êxito da Rio+20. A conferência se salvará, diz ela, menos pelos acordos que serão firmados, e mais pela força de pressão da sociedade e dos movimentos sociais. Estes estarão representados em grande número na Cúpula dos Povos, série de eventos paralelos programados para a conferência.
As pessoas e os movimentos sociais farão a diferença na Rio + 20
"Conectadas como nunca, as pessoas farão a diferença no sentido de propor a construção de novos caminhos para o mundo", diz à Folha a ativista. Nesta entrevista, Chiva adverte para o poder crescente das multinacionais e para a tentativa delas de controlar o meio ambiente, inclusive a chamada "economia verde".
A conferência já tem confirmada a participação de 120 chefes de Estado e de governo, número superior ao reunido na Eco-92, também realizada no Rio há 20 anos. Nos dias da Conferência e num sinal do quanto pretende prestigiá-la a presidenta Dilma Rousseff programa transferir a sede do governo de volta para o Rio, inclusive despachando de um gabinete presidencial montado no Riocentro, principal local de desenvolvimento da parte oficial da Rio + 20.
Brasil mostrará na Rio+20 ganhos ambientais de lei que revogou, diz Marina
DENISE LUNA
DO RIO
O veto da presidente Dilma Rousseff ao Código Florestal foi periférico e
insuficente, criticou a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que
considera o texto que agora está sendo analisado pelo Congresso o maior
retrocesso já visto na história do país.
DO RIO
Segundo a ex-senadora, cujo mandato terminou em dezembro passado, o Brasil, às vésperas da Rio+20, está passando uma péssima imagem para o mundo e para os próprios brasileiros.
Ela lembrou que o Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a assumir metas de redução de CO2 na reunião de Copenhague, em 2009, e que graças à redução do desmatamento para atingir as metas é que terá bons resultados para apresentar na Rio +20.
"Agora (o Brasil) vai apresentar esses bons resultados em cima de uma lei que eles acabam de revogar", criticou.
Ela destacou como maiores ameaças do novo Código Florestal, que segundo ela se tornou um "código agrário", a manutenção da anistia para os desmatadores e a redução da proteção das áreas que deveriam ser preservadas.
"Não tenho dúvida que depois da Rio +20 será a política da terra arrasada sobre a legislação ambiental brasileira", afirmou.
Marina criticou ainda uma aprovação de uma Medida Provisória ocorrida ontem, no Senado, que dá poderes à presidente Dilma para reduzir unidades de conservação já criadas por outros governos.
"Ela (Dilma) não criou nenhuma unidade de conservação no governo dela e ganhou poder para poder fazer as usinas (hidrelétricas) de Tapajós (PA) e Teles Pires (MT/PA)", lamentou.
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