O Conselho de Segurança da Organização da ONU condenou o ataque à cidade de Houla, que matou 108 pessoas, incluindo 34 crianças
Agência Brasil"Nessa crise, eu estou pessoalmente chocado e horrorizado com o trágico incidente em Houla", disse Annan. "É um crime terrível como o Conselho de Segurança condenou", acrescentou, referindo-se à decisão do órgão da ONU que condenou a ação do governo sírio em Houla.
Para Annan, quem está por trás do massacre em Houla deve ser “responsabilizado”. Ele lembrou que os conflitos na Síria vão completar 15 meses e as principais vítimas são civis. Annan pediu ao governo sírio para tomar "medidas corajosas" e resolver de forma pacífica os confrontos.
"Todos os envolvidos [devem] ajudar a criar o contexto certo para um processo político credível", disse Annan, que pretende se reunir amanhã com o presidente da Síria, Bashar Al Assad, alvo dos protestos dos manifestantes, que pedem sua renúncia. “[O plano de cessar-fogo] deve ser amplamente implementado", reiterou.
Conselho de Seugurança
Em reunião de emergência no domingo (27) em Nova York (Estados Unidos), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou o ataque à cidade de Houla, na Síria, que matou 108 pessoas, entre elas 34 crianças, e deixou 300 feridos. O ataque é atribuído ao governo sírio.
Em declaração adotada por unanimidade, o Conselho de Segurança disse que os ataques contra a cidade representam "um revoltante uso da força contra civis" e uma violação da lei internacional. O Conselho de Segurança exigiu que o governo sírio retire imediatamente as tropas de áreas residenciais.
"Os membros do Conselho de Segurança condenaram, nos termos mais fortes possíveis, as mortes [em Houla], em ataques que envolveram uma série de bombardeios com artilharia e tanques do governo em uma zona residencial", diz a declaração, lida pelo vice-embaixador do Azerbaijão na ONU, Tofig Musayev.
"Os membros do Conselho de Segurança também condenaram a morte de civis com tiros a curta distância e graves abusos físicos", acrescenta o texto. Porém, o governo sírio nega envolvimento e diz que os ataques foram obra de “gangues de terroristas armados”. As autoridades negam ainda que seus tanques estivessem na área no momento do ataque.
A reunião de emergência, a portas fechadas, foi convocada depois que a Rússia – maior aliado internacional da Síria – rejeitou uma declaração conjunta da Grã-Bretanha e França condenando as mortes. O governo da Rússia exigia, antes, receber informações diretamente do líder da missão de observadores da ONU na Síria, general Robert Mood.
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