Bactérias introduzidas nos mosquitos Aedes aegypti deverão bloquear a multiplicação do vírus da doença. Teste já é realizado na Austrália e no Vietnã
RIO - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou um novo método de
controle da dengue. O projeto utiliza a bactéria Wolbachia para bloquear
a transmissão do vírus da doença pelo mosquito Aedes aegypti. Quando
introduzida no inseto, atua como "vacina" ao impedir a multiplicação do
vírus dentro do animal. Como consequência, a transmissão do mal é
interrompida.
A Wolbachia é uma bactéria intracelular presente em aproximadamente 70% dos insetos no mundo e não há evidências de riscos para a saúde humana ou para o ambiente. Para colocar em prática o método, serão soltos no ambiente mosquitos com a bactéria que, ao se reproduzirem na natureza com a população local, passarão a Wolbachia de mãe para filho através dos ovos. A expectativa é que, com o passar do tempo, a maior parte dos animais seja incapaz de transmitir dengue.
No momento, porém, o Brasil se encontra na primeira fase. Em ambiente de laboratório, é feita a manutenção de colônias de mosquitos com Wolbachia e o cruzamento com Aedes aegypti. Está programada para 2013 a construção de uma estrutura de gaiola de grandes proporções no campus da Fiocruz. Também são estudadas as localidades para os testes de soltura, previstos para 2014.
— Antes de qualquer definição dos locais, os moradores serão informados com todo o detalhamento necessário e serão previamente consultados sobre a adesão ao projeto. Para isso, contamos com uma equipe de engajamento comunitário, que está focada neste aspecto — observa Luciano Moreira, pesquisador da Friocruz que realiza o estudo em parceria com Universidade de Monash, da Austrália, que é responsável pela organização de um esforço internacional do programa "Eliminate dengue: our challenge".
O método já é testado na Austrália, no Vietnã e na Indonésia. Atualmente, 2,5 bilhões de pessoas em 100 países estão sob ameaça de contrair o vírus, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Se for bem sucedido, o uso do bactéria pode se tornar uma tecnologia autossustentável, já que a perpetuação será garantida no processo reprodutivo do mosquito.
A Wolbachia é uma bactéria intracelular presente em aproximadamente 70% dos insetos no mundo e não há evidências de riscos para a saúde humana ou para o ambiente. Para colocar em prática o método, serão soltos no ambiente mosquitos com a bactéria que, ao se reproduzirem na natureza com a população local, passarão a Wolbachia de mãe para filho através dos ovos. A expectativa é que, com o passar do tempo, a maior parte dos animais seja incapaz de transmitir dengue.
No momento, porém, o Brasil se encontra na primeira fase. Em ambiente de laboratório, é feita a manutenção de colônias de mosquitos com Wolbachia e o cruzamento com Aedes aegypti. Está programada para 2013 a construção de uma estrutura de gaiola de grandes proporções no campus da Fiocruz. Também são estudadas as localidades para os testes de soltura, previstos para 2014.
— Antes de qualquer definição dos locais, os moradores serão informados com todo o detalhamento necessário e serão previamente consultados sobre a adesão ao projeto. Para isso, contamos com uma equipe de engajamento comunitário, que está focada neste aspecto — observa Luciano Moreira, pesquisador da Friocruz que realiza o estudo em parceria com Universidade de Monash, da Austrália, que é responsável pela organização de um esforço internacional do programa "Eliminate dengue: our challenge".
O método já é testado na Austrália, no Vietnã e na Indonésia. Atualmente, 2,5 bilhões de pessoas em 100 países estão sob ameaça de contrair o vírus, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Se for bem sucedido, o uso do bactéria pode se tornar uma tecnologia autossustentável, já que a perpetuação será garantida no processo reprodutivo do mosquito.
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