Pesquisa revela que novos esportistas praticam atividades para reduzir estresse diário, mas também visam aumentar a performance
Um Rio de Janeiro com menores índices de violência, economia
fortalecida e envolto na organização da Copa e das Olimpíadas é o
cenário ideal para um novo grupo de atletas amadores que já representa
28% dos cariocas entre 25 e 45 anos, das classes A e B. Gente que busca
no esporte a energia necessária para aguentar a jornada de mais de oito
horas de trabalho; e mais do que uma válvula de escape para o estresse, o
exercício físico para eles acaba tendo as mesmas metas de produtividade
e performance que as do escritório. O perfil desse grupo, denominado
Esportistas S.A., foi traçado pela Casa 7 Pesquisa e Quê Comunicação na
série Riologia.
Com ênfase em praticantes de esportes individuais, o estudo aponta a corrida como a principal atividade, com 45% do total. Em seguida, aparecem as lutas (23%), o ciclismo (12%), a natação (11%) e o surfe (7,5%). Em vez das salas de aula das academias, entram em cena as areias da praia, os relevos acidentados, as pistas arborizadas — opções outdoor que o Rio oferece com propriedade. De acordo com a pesquisa, a relação do grupo com a natureza e as paisagens da cidade são essenciais.
Rotina dividida entre trabalho e esporte
É o que pensa, por exemplo, o empresário Lauro Wollner, dono da marca com mesmo nome. Ele nada, corre e pedala na Vista Chinesa, na Lagoa e em praias da cidade.
— Só faço atividades ao ar livre porque o mais importante é ter prazer. Já tenho uma rotina super dura, então esta é a hora do recreio — conta Wollner.
Embora priorize o prazer, seu esquema de treinamento só não é como o de um atleta profissional porque ele o divide com o trabalho. Acorda geralmente às 4h30m e descansa a cada dez dias. Tudo para se preparar para competições, como as de ironman. Ele diz que carrega a disciplina do esporte:
— Eu gosto da frase “repetir, repetir, repetir até ser diferente”, ou seja, só com dedicação chegarei aos objetivos.
Dono de uma empresa de informática, Alexandre Moura corre do Aterro do Flamengo, onde vive, até o trabalho, no Centro. Com rotina intensa, de viagens e várias horas acumuladas, ele diz que o esporte o torna mais produtivo, assim como 93% dos Esportistas S.A. Competidor de triatlo, ele confessa ter direcionado sua vida em função do esporte:
— Era uma tendência chegar neste ponto (abrir uma empresa), mas antecipei isto por casa do esporte, que me dá muita gratificação e compensa o estresse diário — afirma.
Além disso, ele tem uma alimentação controlada e passou a ter gastos, como o de acessórios e de inscrições em corridas, por isso hoje conta com patrocínio da Asics. A pesquisa também reflete esse cenário, daqueles que “passam a priorizar o esporte no orçamento, deslocando valores que costumavam atribuir a outras formas de lazer para o investimento na atividade”.
Amigos e viagens do esporte
Outro dado destacado é que 85% afirmam que o círculo de amizades inclui esportistas. Isso a gerente de produção, Niva Mello, assina embaixo. Não apenas os amigos, mas até o namorado a incentivam a continuar as atividades de corrida, surfe, natação e ciclismo.
— No início a gente se força, mas depois vira um círculo de amigos. E meu namorado é personal trainer, então é um momento de estarmos juntos, mesmo na correria diária. Em vez de restringir, o esporte abre um leque muito grande.
Mesmo com uma carga horária pesada como diretor comercial da L’Oréal, Rômulo Amaro surfa com frequência. Não é adepto de competições, mas encaixa o esporte em todas as suas férias, o mesmo que 65% dos Esportistas S.A..
— Já conheci Havaí, Califórnia, Austrália, Panamá, Peru. Nestas férias estava devendo levar minhas duas filhas à Disney, então as convenci de ir para a da Califórnia — diverte-se. — O surfe é uma religião, uma terapia, é onde reflito sobre os efeitos do dia.
Com ênfase em praticantes de esportes individuais, o estudo aponta a corrida como a principal atividade, com 45% do total. Em seguida, aparecem as lutas (23%), o ciclismo (12%), a natação (11%) e o surfe (7,5%). Em vez das salas de aula das academias, entram em cena as areias da praia, os relevos acidentados, as pistas arborizadas — opções outdoor que o Rio oferece com propriedade. De acordo com a pesquisa, a relação do grupo com a natureza e as paisagens da cidade são essenciais.
Rotina dividida entre trabalho e esporte
É o que pensa, por exemplo, o empresário Lauro Wollner, dono da marca com mesmo nome. Ele nada, corre e pedala na Vista Chinesa, na Lagoa e em praias da cidade.
— Só faço atividades ao ar livre porque o mais importante é ter prazer. Já tenho uma rotina super dura, então esta é a hora do recreio — conta Wollner.
Embora priorize o prazer, seu esquema de treinamento só não é como o de um atleta profissional porque ele o divide com o trabalho. Acorda geralmente às 4h30m e descansa a cada dez dias. Tudo para se preparar para competições, como as de ironman. Ele diz que carrega a disciplina do esporte:
— Eu gosto da frase “repetir, repetir, repetir até ser diferente”, ou seja, só com dedicação chegarei aos objetivos.
Dono de uma empresa de informática, Alexandre Moura corre do Aterro do Flamengo, onde vive, até o trabalho, no Centro. Com rotina intensa, de viagens e várias horas acumuladas, ele diz que o esporte o torna mais produtivo, assim como 93% dos Esportistas S.A. Competidor de triatlo, ele confessa ter direcionado sua vida em função do esporte:
— Era uma tendência chegar neste ponto (abrir uma empresa), mas antecipei isto por casa do esporte, que me dá muita gratificação e compensa o estresse diário — afirma.
Além disso, ele tem uma alimentação controlada e passou a ter gastos, como o de acessórios e de inscrições em corridas, por isso hoje conta com patrocínio da Asics. A pesquisa também reflete esse cenário, daqueles que “passam a priorizar o esporte no orçamento, deslocando valores que costumavam atribuir a outras formas de lazer para o investimento na atividade”.
Amigos e viagens do esporte
Outro dado destacado é que 85% afirmam que o círculo de amizades inclui esportistas. Isso a gerente de produção, Niva Mello, assina embaixo. Não apenas os amigos, mas até o namorado a incentivam a continuar as atividades de corrida, surfe, natação e ciclismo.
— No início a gente se força, mas depois vira um círculo de amigos. E meu namorado é personal trainer, então é um momento de estarmos juntos, mesmo na correria diária. Em vez de restringir, o esporte abre um leque muito grande.
Mesmo com uma carga horária pesada como diretor comercial da L’Oréal, Rômulo Amaro surfa com frequência. Não é adepto de competições, mas encaixa o esporte em todas as suas férias, o mesmo que 65% dos Esportistas S.A..
— Já conheci Havaí, Califórnia, Austrália, Panamá, Peru. Nestas férias estava devendo levar minhas duas filhas à Disney, então as convenci de ir para a da Califórnia — diverte-se. — O surfe é uma religião, uma terapia, é onde reflito sobre os efeitos do dia.
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