9.25.2012

Megaoperação no Rio de Janeiro combate irregularidades no Detran

Mais de 200 agentes buscam quadrilha que atua em postos de vistoria.
São 41 mandados de prisão e 67 de busca e apreensão.

Do G1 Rio
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Agentes da Corregedoria do Detran, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público e  da Polícia Civil realizam, na manhã desta terça-feira (25), a operação Asfalto Sujo, que visa capturar integrantes de uma quadrilha que atua em, pelo menos, quatro postos de vistoria do Detran. Até as 9h10, 35 pessoas haviam sido presas, de acordo com o Ministério Público.
Segundo a Polícia Civil, foram expedidos 41 mandados de prisão contra funcionários, ex-funcionários, despachantes e zangões, que, segundo denúncia, recebiam propina para realizar vistorias de licenciamento anual, transferências de propriedade de veículos e emissão de documento de maneira irregular. Além disso, a ação visa cumprir 67 mandados de busca e apreensão nos postos.
Entre os denuciados estão o chefe do Posto de Campos dos Goytacazes e o subchefe do Posto de Itaboraí . Além dos 41 denunciados pelo crime de formação de quadrilha e corrupção, outras dez pessoas vão responder por crimes isolados. Ao todo, o Ministério Público decidiu afastar 47 funcionários do Detran e despachantes públicos registrados.
Os agentes procuram os suspeitos desde as 6h no Rio de Janeiro, em Itaboraí, São Gonçalo, Niterói e Tanguá, na Região Metropolitana, em Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu, na Região das Baixadas Litorâneas, em Magé e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, em Campos e São Fidélis, no Norte Fluminense, e Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense.
As investigações começaram há cerca de seis meses, após denúncia de que a quadrilha agia desde julho de 2009 e tinha lucro mensal em torno de R$ 200 mil, com fraudes como a "vistoria fantasma", em que documentos referentes a vistorias de veículos eram emitidos sem que eles fossem levados ao posto do Detran. Além disso, os criminosos realizavam vários outros crimes.
A quebra de sigilo telefônico dos investigados foi quebrado, conforme autorização da Justiça, e foram monitoradas 60 dias de ligações. Com essa prática, foi constatado que os envolvidos no esquema recebiam propina que variava entre R$ 50 e R$ 1,2 mil para fazer vista grossa em vistorias.

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