Pesquisadores sul-coreanos analisaram mais de 81 homens que tiveram seus testículos removidos e concluíram: eles viveram de 14 a 19 anos a mais que os homens não castrados
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Os cientistas coreanos Kyung-Jin Min e Cheol-Koo Lee chegaram a esta conclusão após analisarem os arquivos genealógicos da corte imperial da dinastia Chosun (1392-1910) e comprovar que os eunucos viviam entre 14 e 19 anos a mais do que os homens que não haviam sido castrados. "O descobrimento apresenta uma importante pista para entendermos essa diferença na expectativa de vida de uma mulher e de um homem", afirmou Kyung-Jin.
Os 81 eunucos estudados foram submetidos voluntariamente à castração, para terem acesso ao palácio, onde eles possuíam permissão para formar uma família com meninos castrados e meninas.
Além de os eunucos viverem mais, três entre os estudados chegaram a superar os 100 anos. Ou seja, segundo Cheol-Koo, a incidência de centenários entre os eunucos coreanos era 130 vezes maior do que a média atual nos países desenvolvidos.
E este fato não pode ser justificado simplesmente pela qualidade de vida que os mesmos levavam no palácio, já que a maioria dos eunucos passava tanto tempo fora como dentro do recinto. Os reis e rapazes da família real, por exemplo, tinham vidas mais curtas e normalmente não passavam dos quarenta anos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres atualmente vivem de seis a oito anos a mais que os homens nos países industrializados.
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