Dois estudos concluíram que nova droga pode ajudar pacientes com doença de Crohn ou colite ulcerativa que não responderam às terapias convencionais
Doença inflamatória intestinal: Laboratório japonês
desenvolveu nova droga que pode ajudar a tratar doença de Crohn e colite
ulcerativa
(Thinkstock)
A doença de Crohn e a colite ulcerativa se caracterizam por um quadro crônico de inflamação no intestino. As causas dessas duas condições, porém, ainda são desconhecidas. Sabe-se que as células do sistema imunológico presentes no intestino de pacientes com esses problemas liberam citocinas, um tipo de proteína responsável por desencadear a inflamação, causando danos nos tecidos dos intestinos grosso e delgado e provocando diarreia.
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COLITE ULCERATIVAA doença é uma inflamação do revestimento interno do cólon (intestino grosso) ou do reto. Os sintomas mais comuns são diarreia, cólicas abdominais e sangramento retal.
DOENÇA DE CROHN
A condição é um processo de inflamação e ulceração que ocorre nas camadas profundas da parede intestinal. Entre os principais sintomas estão dor no abdome (muitas vezes no lado inferior direito), diarreia, perda de peso e, ocasionalmente, sangramento.
As duas pesquisas avaliaram a eficácia do medicamento no tratamento de cada uma dessas duas doenças. Juntos, os estudos envolveram cerca de 3.000 pessoas de 39 países diferentes com idades entre 18 e 80 anos. Parte delas sofria de doença de Crohn e o restante, colite ulcerativa.
Segundo os responsáveis pelos estudos, o tratamento é direcionado, não afetando outras regiões do corpo, o que limita o risco de efeitos adversos mais graves. As terapias convencionais frequentemente provocam perda de peso, náuseas ou dores de cabeça, além de enfraquecerem o sistema imunológico do paciente, aumentando a exposição a infecções.
“Os dois estudos mostraram resultados altamente encorajadores para pacientes que sofrem de doença de Crohn ou de colite ulcerativa moderadas ou graves que não responderam a tratamentos convencionais, como esteroides e drogas imunossupressoras, por exemplo”, diz William Sandborn, diretor do Centro de Doenças Inflamatórias Intestinais da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos, que coordenou uma das pesquisas. “Essas novas descobertas potencialmente vão levar a um novo tratamento que melhorará a qualidade de vida dos pacientes.”
O laboratório Takeda informou que vai submeter a droga à aprovação do Food and Drug Administration (FDA) e da European Medicines Agency (EMA), agências reguladoras dos Estados Unidos e da Europa, respectivamente. Por enquanto, ela não está disponível para uso clínico.
agência France-Presse
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