Imagine um aparelho que emite campos magnéticos 40 mil vezes
maiores do que o campo magnético da Terra sendo direcionado para o seu
crânio. Os pulsos produzidos por esse dispositivo penetram cerca de três
cm em uma pequena área do cérebro. Após uma série de aplicações, são
capazes de gerar mudanças nos neurônios, ativando-os ou inibindo-os,
dependendo dos objetivos - que vão de tratar uma depressão a melhorar a
criatividade ou a resistência. Parece ficção científica, mas o
procedimento acima já é realidade para alguns brasileiros. Chamado de
Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr), o método já é
aprovado para o tratamento de depressão em países como Canadá, Austrália
e Israel. No dia 26 de janeiro, a FDA (Food and Drug Administration),
agência reguladora dos EUA, avaliará os resultados de estudos para
decidir se libera o tratamento no país. Por aqui, a Anvisa (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) regulamentou o uso do aparelho de EMTr
em março de 2006. Há dois meses, após seis anos de pesquisa com o
método, o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP
(Universidade de São Paulo) decidiu liberá-lo para uso clínico em
depressão. O próximo passo será pedir a inclusão do tratamento no SUS e
nos planos de saúde - atualmente, quem quer receber os pulsos magnéticos
fora de protocolos de pesquisa precisa desembolsar R$ 300 por sessão.
Fonte: Jornal de Brasília
Fonte: Jornal de Brasília
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