5.02.2014

PT e Dilma descartam 'Volta Lula'



Perdem tempo aqueles que tentam plantar a discórdia entre a presidenta Dilma.

Os dois estão unidos pelo Brasil.

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Foto: UNIDOS PELO BRASIL

Perdem tempo aqueles que tentam plantar a discórdia entre a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.

Os dois estão unidos pelo Brasil. 

"Ninguém vai me separar do Lula nem ele vai se separar de mim", garantiu a presidenta durante encontro com jornalistas.

"Sei da lealdade dele a mim e ele da minha", completou.

E isso, só conhece quem sabe o que é fidelidade e companheirismo, 

"Conheço o Lula desde 2000 e tenho uma convivência direta com ele desde 27 de abril de 2005", completou.

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A direção do PT pretende usar o 14º Encontro Nacional do partido que começa nesta sexta-feira, 02, em São Paulo para reforçar a pré-campanha de Dilma Rousseff à reeleição, buscar uma unidade de discurso a fim de estancar a queda da presidente nas pesquisas eleitorais e reduzir o coro pela volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O evento vai reunir 5 mil delegados que terão a incumbência de definir as diretrizes do programa de governo e a tática eleitoral do partido para as eleições de outubro, mas o ponto alto do evento serão as participações de Lula e da presidente.
A direção petista e a coordenação da campanha de Dilma esperam que Lula reafirme o apoio à reeleição da presidente e descarte a possibilidade de disputar o Planalto em 2014. Com isso, o PT acredita no arrefecimento do "Volta, Lula". Segundo afirmou integrante da direção do partido em conversa reservada, o plano é que a questão seja "dissipada" ainda hoje.
Apesar da estratégia ensaiada, a cúpula petista teme reações isoladas pela volta do ex-presidente, principalmente por parte do grupo de parlamentares do qual fazia parte o deputado André Vargas (sem partido-PR), insatisfeito com a condução política do Planalto. O evento será fechado à imprensa, que só terá acesso ao ato de abertura com Lula e Dilma.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também vai aproveitar a presença de dirigentes petistas de todo o País para reforçar a posição de Dilma indicando nomes para as coordenações locais da pré-campanha à reeleição mesmo nos Estados onde o partido ainda não definiu a candidatura a governador. O objetivo é mobilizar o partido nos Estados para sair em defesa do governo federal e tentar interromper a queda da aprovação à gestão Dilma e nas pesquisas de intenção de voto.
O PT também quer usar seu 14.º Encontro Nacional para amplificar a campanha pela aprovação de uma constituinte exclusiva para a reforma política.
Na semana que vem a direção do partido vai orientar a bancada petista na Câmara a colocar em votação o projeto de lei que prevê a realização de um plebiscito popular para decidir sobre a reforma política mesmo que a proposta tenha poucas chances de ser aprovada. A estratégia do PT é fazer com que os setores da base aliada contrários ao projeto se exponham.
Na última semana algumas lideranças tentaram incluir moções de apoio a José Dirceu e José Genoino, condenados no processo do mensalão e presos na penitenciária da Papuda. A direção do PT, no entanto, ainda não decidiu como vai lidar com o assunto. A possibilidade mais provável é que um grupo de amigos de Dirceu e Genoino faça uma intervenção.
Setores do partido reclamam da falta de posições públicas da cúpula diante da demora do Supremo Tribunal Federal em avaliar o pedido de progressão de pena para o regime semiaberto de Dirceu e da ordem para Genoino voltar para a Papuda apesar de seus problemas de saúde.
"Nada me separa dele [Lula] e nada o separa de mim", disse Dilma, sobre sua relação com o mentor. "Sei da lealdade dele a mim, e ele da minha lealdade a ele", enfatizou, na tentativa de descartar qualquer impacto do 'Volta, Lula'. Segundo a Folha, Dilma fez questão de dizer que, enquanto era ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula, conviveu "todos os dias" com Lula por mais de cinco anos.
Dilma falou também sobre a crise da Petrobras, mais uma vez tirando o corpo fora. Ela disse que é injusto que a estatal seja abalada por conta do erro de "um funcionário". A compra hipervalorizada da refinaria Pasadena, no Texas, desencadeou a crise. O negócio de 2006 foi aprovado pelo conselho de administração da Petrobras, que à época era presidido pela então ministra.
A maioria das declarações de Dilma foi, claro, sobre a iminente Copa. Ela disse que os estádios podem ser aproveitados após o Mundial com seus espaços para bares, lojas e academias. Disse que as instalações dos aeroportos, que ainda passam por obras, já podem receber adequadamente os turistas durante os jogos.
Sobre os possíveis protestos, Dilma assegura que o policiamento reforçado vai prevenir atos de vandalismo. Ela afirmou que não teme que aconteçam manifestações durante a competição no Brasil.
A presidente revelou que aderiu à moda dos brasileiros de colecionar figurinhas da Copa. Ela tenta ajudar o neto Gabriel, de 3 anos, a completar o álbum.

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