Por Ricardo Soares*
Fracassos retumbantes, as manifestações convocadas para "comemorar" o
31 de março de 1964 prova inequívoca de que o país não está pronto, por
sorte, para os golpistas e fascistas de plantão que, aproveitando-se
dos 50 anos do golpe, resolveram botar as longas mangas de Klu-klux-Klan
de fora, saudosos, muitos deles, daquilo que sequer conheceram, pois se
tivessem conhecido não pediriam a volta da infeliz "redentora".
A democracia é um exercício de aprendizado longo, gradual e penoso. Quase 29 anos após o fim do regime militar, podemos estar em dificuldades municipais, estaduais e federais, mas vivemos em democracia, bem precioso que muitos parecem não se dar conta. Fala-se o que se pensa, publica-se toda sorte de verdades e mentiras e as redes sociais e a internet seguem livres, assim esperemos, apesar das ameaças das teles representadas por políticos tão nefastos quanto às suas aparências. Nesse caso, são aparências que não enganam.
Vejo com susto e desalento essas “saudades” da ditadura que parecem muito mais barulhentas do que efetivas e repito que a democracia é um longo aprendizado, porque é difícil mesmo para os democratas tolerar tanto discurso de intolerância vindo justamente de alguns que se dizem "homens e mulheres de bem", gente diferenciada e muito família. Ou seja, os intolerantes testam a nossa tolerância todos os dias plantando sementes de ódio, deturpando fatos e expondo mentiras inclusive com um jargão muito anacrônico como quando dizem que "devemos fugir do comunismo". Que comunismo, seus bois das caras pretas fascistas? Desde quando economia de mercado e enriquecimento de bancos é comunismo? Voltem para os bancos escolares por favor.
Por fim, um curto recado aos intolerantes já derrotados. Não falem em nome das famílias brasileiras. Que famílias? Aquelas nas quais o ódio não encontra abrigo e aquelas que conhecem um pouco de história sabem que o Brasil, por pior que esteja ou por pior que fique, sempre será melhor do que aquele que foi construído por uma ditadura de 21 anos que matou, predou, expropriou, calou e exilou. Voltem para as tumbas do rancor, de onde saíram vozes das trevas. E levem consigo os menestréis loucos por holofotes como esse Lobão que uiva para o fundo do poço.
A democracia é um exercício de aprendizado longo, gradual e penoso. Quase 29 anos após o fim do regime militar, podemos estar em dificuldades municipais, estaduais e federais, mas vivemos em democracia, bem precioso que muitos parecem não se dar conta. Fala-se o que se pensa, publica-se toda sorte de verdades e mentiras e as redes sociais e a internet seguem livres, assim esperemos, apesar das ameaças das teles representadas por políticos tão nefastos quanto às suas aparências. Nesse caso, são aparências que não enganam.
Vejo com susto e desalento essas “saudades” da ditadura que parecem muito mais barulhentas do que efetivas e repito que a democracia é um longo aprendizado, porque é difícil mesmo para os democratas tolerar tanto discurso de intolerância vindo justamente de alguns que se dizem "homens e mulheres de bem", gente diferenciada e muito família. Ou seja, os intolerantes testam a nossa tolerância todos os dias plantando sementes de ódio, deturpando fatos e expondo mentiras inclusive com um jargão muito anacrônico como quando dizem que "devemos fugir do comunismo". Que comunismo, seus bois das caras pretas fascistas? Desde quando economia de mercado e enriquecimento de bancos é comunismo? Voltem para os bancos escolares por favor.
Por fim, um curto recado aos intolerantes já derrotados. Não falem em nome das famílias brasileiras. Que famílias? Aquelas nas quais o ódio não encontra abrigo e aquelas que conhecem um pouco de história sabem que o Brasil, por pior que esteja ou por pior que fique, sempre será melhor do que aquele que foi construído por uma ditadura de 21 anos que matou, predou, expropriou, calou e exilou. Voltem para as tumbas do rancor, de onde saíram vozes das trevas. E levem consigo os menestréis loucos por holofotes como esse Lobão que uiva para o fundo do poço.
* Ricardo Soares é diretor de TV, escritor , roteirista e jornalista.
Titular do blog Todo Prosa (www.todoprosa.blogspot.com) e autor , entre
outros, dos livros Cinevertigem, Valentão e Falta de Ar. Atualmente
diretor de Conteúdo e programação da EBC- Empresa Brasil de Comunicação.
Publicado originalmente no portal DOM TOTAL em http://www.domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=732582
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