Internautas criticaram o programa relembrando outros crimes que não tiveram a mesma repercussão
Rio - Regina Casé e seu "Esquenta"
homenagearam o dançarino DG, morto na última semana na comunidade do
Pavão-Pavãozinho, no Rio de Janeiro. Com a participação da mãe do rapaz,
Maria de Fátima Silva, a apresentadora chorou e levou a plateia com
vários famosos, como Carolina Dieckmann, Preta Gil e Fernanda Torres, às
lágrimas ao falar sobre a forma alegre de como DG encarava a vida.
Regina ainda sugeriu as hashtags "A
vida é sagrada" e "Eu não mereço ser assassinado" para um protesto nas
redes sociais. Muita gente, porém, criticou o programa por meio do
Twitter, Facebook e Instagram relembrando crimes contra inocentes que
não tiveram tanta repercussão e até questionando as supostas amizades de
DG.
"Ninguém merece é endeusar uma pessoa
com caráter megaduvidoso! Chega de hipocrisia!", escreveu uma
internauta no Instagram de Preta Gil, depois que a cantora publicou uma
foto nos bastidores do programa.
"Uma hora de programa para o DG.
Estou aqui esperando uma hora de homenagem ao Bernardo. Não conhecia o
DG, não sei porque ele morreu, se era santo ou demônio, mas achei
desnecessário esse programa. #semhipocrisia #semviolencia", disse outra
internauta, relembrando a história do menino que foi supostamente morto
pela madrasta com a ajuda do pai.
"Palhaçada, policiais honestos morrem trabalhando nessas comunidades e ninguém fala nada!", protestou outra no Twitter."Inocente não foge de polícia, não. Sejamos menos hipócritas", questionou uma usuária no Instagram de Carolina Dieckmann.
"DG morreu e tal mas o que ele estava
fazendo lá no meio dos traficantes, qualquer um que estivesse lá teria o
mesmo fim, digas com quem andas que dido quem tu es", disse um rapaz no
Facebook.
Entenda o caso
DG foi encontrado morto nos fundos de uma
creche na comunidade do Pavão-Pavãozinho na última terça-feira, no Rio
de Janeiro. Amigos do dançarino disseram que ele teria sido espancado
por policiais antes de tentar fugir. DG foi encontrado com ferimentos e
um tiro nas costas.Além da investigação sobre a circunstância em que ele foi morto, a polícia ainda apura uma suposta ligação do dançarino com o tráfico na comunidade do Pavão-Pavãozinho. Uma testemunha do caso, amigo de DG, afirma que ele havia sido ameaçado por policiais da UPP local dias antes de morrer.
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