Dólar cai após revisão de IOF e Bovespa recua
Mercados operam em queda após rebaixamento da Espanha
RIO — A bolsa brasileira acompanhou os mercados europeus em queda
nesta quinta-feira, após a agência de classificação de risco Moody’s
rebaixar o rating da dívida de longo prazo da Espanha e de Chipre e o
Banco Central da Suiça informar que o banco Credit Suisse precisa se
capitalizar neste ano. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) pesava
também negativamente o recuo das ações da Petrobras após a divulgação
do novo plano de negócios da empresa, que aprovou investimentos de US$
236,5 bilhões (R$ 416,5 bilhões) para o período de 2012 a 2016. O
Ibovespa, referência do mercado brasileiro, recuava 1,04%, aos 55.069
pontos, interrompendo dois dias de alta, por volta de 10h40m.
O dólar comercial recuava 0,09% ante o real, a R$ 2,070 para venda, depois que o governo reduziu o prazo que os empréstimos feitos no exterior ficam sujeitos à incidência de 6% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Caiu de cinco anos para dois anos, conforme decreto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União. A nova tributação vale para captações de recursos feitas a partir de 14 de junho.
As ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras recuavam 2,80%, a R$ 18,37, em uma reação negativa à divulgação do novo plano de negócios da companhia, o primeiro da gestão de Graça Foster. O conselho de administração elevou os investimentos previstos, de US$ 224,7 bilhões para o período de 2011 a 2015, para US$ 236,5 bilhões entre 2012 e 2016. Vale PN retrocedia 1,31%, a R$ 37,40, e ordinárias (ON, com voto) da OGX Petróleo perdiam 0,10%, a R$ 9,68.
Em Wall Street, Dow Jones subia 0,60%, enquanto S&P 500 ganhava 0,06% e Nasdaq avançava 0,31%.
Na Europa, apenas a Bolsa da Espanha avançava, puxada pelas ações do banco Santander, da varejista Inditex (dona da Zara) e da Telefônica, com alta de 0,29% no IBEX 35. Em Londres, o FTSE 100 recuava 0,80%. O CAC 40 retrocedia 0,51% em Paris. O DAX perdia 0,85% em Frankfurt. Em Milão, o FTSE MIB caía 0,15%.
O dólar comercial recuava 0,09% ante o real, a R$ 2,070 para venda, depois que o governo reduziu o prazo que os empréstimos feitos no exterior ficam sujeitos à incidência de 6% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Caiu de cinco anos para dois anos, conforme decreto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União. A nova tributação vale para captações de recursos feitas a partir de 14 de junho.
As ações preferenciais (PN, sem direito a voto) da Petrobras recuavam 2,80%, a R$ 18,37, em uma reação negativa à divulgação do novo plano de negócios da companhia, o primeiro da gestão de Graça Foster. O conselho de administração elevou os investimentos previstos, de US$ 224,7 bilhões para o período de 2011 a 2015, para US$ 236,5 bilhões entre 2012 e 2016. Vale PN retrocedia 1,31%, a R$ 37,40, e ordinárias (ON, com voto) da OGX Petróleo perdiam 0,10%, a R$ 9,68.
Em Wall Street, Dow Jones subia 0,60%, enquanto S&P 500 ganhava 0,06% e Nasdaq avançava 0,31%.
Na Europa, apenas a Bolsa da Espanha avançava, puxada pelas ações do banco Santander, da varejista Inditex (dona da Zara) e da Telefônica, com alta de 0,29% no IBEX 35. Em Londres, o FTSE 100 recuava 0,80%. O CAC 40 retrocedia 0,51% em Paris. O DAX perdia 0,85% em Frankfurt. Em Milão, o FTSE MIB caía 0,15%.
Governo reduz para 2 anos cobrança de IOF sobre empréstimos no exterior
Expectativa é que mudança reduza a pressão sobre a cotação do dólar, que já ultrapassou os R$ 2,05
O governo decidiu alterar a medida que elevou para cinco anos a
cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide em
empréstimos no exterior. Com isso, o prazo volta a ser dois anos. O
Decreto 7.751 foi publicado no Diário Oficial da União desta
quinta-feira (14).
A expectativa é que a mudança reduza a pressão sobre a cotação do dólar, que vinha aumentando nos últimos dias e chegou a ultrapassar R$ 2,05.
Agora, na prática, significa que o dinheiro poderá ficar menos tempo no país para evitar a taxação.
De acordo com o decreto, a medida vale “nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 14 de junho de 2012, para ingresso de recursos no país, inclusive por meio de operações simultâneas, referentes a empréstimo externo sujeito a registro no Banco Central, contratado de forma direta ou mediante emissão de títulos no mercado internacional com prazo médio mínimo até 720 dias: 6%”.
A expectativa é que a mudança reduza a pressão sobre a cotação do dólar, que vinha aumentando nos últimos dias e chegou a ultrapassar R$ 2,05.
saiba mais
Em março, o governo havia feito duas alterações no prazo: a primeira
ampliou para três anos a cobrança de 6% do Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio contratadas a
partir dessa data, para ingresso de recursos no país (empréstimos
externos). A segunda aumentou esse prazo para cinco anos.Agora, na prática, significa que o dinheiro poderá ficar menos tempo no país para evitar a taxação.
De acordo com o decreto, a medida vale “nas liquidações de operações de câmbio contratadas a partir de 14 de junho de 2012, para ingresso de recursos no país, inclusive por meio de operações simultâneas, referentes a empréstimo externo sujeito a registro no Banco Central, contratado de forma direta ou mediante emissão de títulos no mercado internacional com prazo médio mínimo até 720 dias: 6%”.
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14/06/2012 - por AGÊNCIA ESTADO
Petrobras aprova investimentos de US$ 236,5 bilhões até 2016
Exploração e produção receberão US$ 141,8 bilhões
Exploração e produção
O plano de negócios 2012-2016 da Petrobras prevê que 60% dos investimentos (US$ 141,8 bilhões) irão para exploração e produção (E&P). Outros 27,7% (US$ 65,5 bilhões), para refino, transporte e comercialização; 5,8% (US$ 13,8 bilhões), para gás e energia; 2,1% (US$ 5 bilhões), para petroquímica; 1,5% (US$ 3,6 bilhões), para distribuição; 1,6% (US$ 3,8 bilhões), para biocombustíveis; e 1,3% (US$ 3 bilhões), para corporativo.
O plano prevê que o segmento de exploração e produção (E&P) no Brasil investirá US$ 131,6 bilhões, sendo 69% (US$ 89,9 bilhões) no desenvolvimento da produção, 19% (US$ 25,4 bilhões) para exploração e 12% em infraestrutura. Os investimentos no pré-sal correspondem a 51% do valor total do E&P.
Conforme o fato relevante, o segmento de refino, transporte e comercialização tem investimentos de US$ 51,7 bilhões para os projetos em implantação. Os projetos de expansão de capacidade de refino que entrarão em operação até 2016 são a Refinaria Abreu e Lima e o 1ª Trem de Refino do Comperj, que já estão na fase de implementação.
"A estratégia da companhia permanece sendo manter as metas de capacidade de refino do plano anterior, buscando para as duas novas refinarias em avaliação, o alinhamento com métricas internacionais", diz a estatal no comunicado. O segmento de gás e energia tem alocado no plano US$ 7,8 bilhões para os projetos em implantação, entre eles a Unidade de Fertilizantes de Três Lagoas, Unidade de Produção do Fertilizante Sulfato de Amônio e a Usina Termelétrica Baixada Fluminense.
"A implantação dos demais projetos em desenvolvimento dependerá da disponibilidade de gás natural nacional e da competitividade das termelétricas nos leilões de energia nova", consta na nota. O negócio de Distribuição investirá US$ 3,3 bilhões, segundo o fato relevante, com destaque para os projetos de logística, visando acompanhar o crescimento do mercado doméstico e assegurar a posição de liderança no setor.
O segmento de biocombustíveis prevê investimento total de US$ 3,8 bilhões, dos quais US$ 1,9 bilhão alocado em projetos em implantação e aquisições. A maior parte dos investimentos está relacionada aos projetos de etanol conduzidos pela subsidiaria Petrobras Biocombustíveis (PBIO). Na área internacional, serão investidos aproximadamente US$ 6 bilhões, considerando os projetos em implantação, com ênfase no segmento de E&P, que representa 83% dos investimentos.
"Adicionalmente aos US$ 236,5 bilhões do Plano de Negócios da Petrobras, destacamos que os investimentos a serem realizados pelas empresas parceiras da Petrobras nas atividades de E&P serão de US$ 34 bilhões no período de 2012-16", acrescenta a companhia.
Produção em alta
A meta da produção de óleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, para 2016 é de 3,3 milhões boe/dia, sendo 3,0 milhões boe/dia no Brasil, segundo o Plano de Investimentos da Petrobras aprovado nesta quinta-feira.
"A nova curva de produção está baseada na revisão da eficiência operacional dos sistemas em operação na Bacia de Campos e no cronograma de entrada de novas unidades ao longo do período do Plano. Estamos implantando o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos e uma contribuição maior para a produção está prevista para ocorrer a partir de 2016, com a entrada de diversas novas unidades no pré-sal da Bacia de Santos e na área da Cessão Onerosa", informa a empresa.
Em relação à meta de longo prazo, a expectativa é alcançar em 2020 a produção total de 5,2 milhões boe/dia de óleo e gás natural no Brasil e 5,7 milhões boe/dia considerando os ativos no exterior.
Planejamento
O Plano de Negócios 2012-2016 da Petrobrás aprovado e divulgado nesta quinta-feira traz três programas estruturantes que lhe dão sustentabilidade, conforme o fato relevante da estatal.
Um deles é o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos, que visa o aumento da confiabilidade de entrega da curva de óleo, por meio da melhoria dos níveis de eficiência operacional e da integridade dos sistemas de produção da Bacia de Campos.
O segundo é o Programa de Otimização de Custos Operacionais, que tem por objetivo identificar as oportunidades de redução de custo com impacto relevante e perene, em duas visões: ativos de produção (plataformas, refinarias e usinas termelétricas, por exemplo) e linhas de custo (estoques de materiais e combustível, logística, gestão da manutenção etc.).
O terceiro é o Programa Gestão de Conteúdo Local, que visa, conforme a Petrobras, aproveitar ao máximo a capacidade competitiva da indústria nacional de bens e serviços para o atendimento das demandas do PN 2012-2016 com prazos e custos adequados às melhores práticas de mercado. (Equipe AE)
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