Doença, também chamada de barriga d’água, atinge 200 milhões de pessoas no mundo
RIO - O Brasil é o primeiro país a desenvolver uma vacina contra a
esquistossomose, conhecida como barriga d'água, que atinge 200 milhões
de pessoas no mundo. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta
terça-feira a aprovação da droga nos primeiros testes realizados em
humanos, o que garante sua segurança. A expectativa é que o produto
chegue ao mercado em até quatro anos. Trata-se também da primeira vacina
contra uma doença parasitária, ou seja, provocada por vermes.
Tanto a origem da tecnologia, como a coordenação dos trabalhos de 30 anos foi feita por cientistas brasileiros, o que também marca o ineditismo da droga, a primeira destinada a humanos com esse selo totalmente nacional.
- Esta inovação é originalmente brasileira, o que coloca o país na fronteira do conhecimento em uma área de alta complexidade tecnológica - afirma a coordenadora do projeto de pesquisa, Miriam Tendler, que calcula que, no prazo máximo de cinco anos, seja possível imunizar a população dos locais onde ocorre a endemia.
A vacina é baseada no antígeno Sm14, uma proteína que permite o transporte de lipídeos do organismo do hospedeiro para o verme. Uma vez em contato com a substância, o corpo humano produz anticorpos que atuam sobre esta proteína no parasita e impedem seu ganho de energia, levando-o à morte. Essa ação impede que novos ovos do verme retornem ao meio ambiente pelas fezes humanas e infectem mais pessoas, ou volte a infectar o antigo hospedeiro que já tenha sido tratado, mas continua em áreas de risco. A ideia é vacinar crianças e preparar o organismo para combater a doença ainda na sua fase inicial, sem que o hospedeiro chegue a sofrer com os sintomas. O objetivo é erradicar a esquistossomose.
O Rio de Janeiro não é uma área endêmica da doença, mas ela está presente em 18 estados brasileiros, com maior incidência no nordeste e em Minas Gerais. Estima-se que a condição atinja 2,5 milhões de pessoas no país. A esquistossomose é considerada pela Organização Mundial da Saúde a segunda doença parasitária mais devastadora socioeconomicamente, atrás apenas da malária. A maior prevalência é em áreas de baixa infraestrutura sanitária e os principais grupos de risco são os de baixo índice escolar e baixa renda, o que a torna uma doença negligenciada.
A esquistossomose pode se manifestar nas fases aguda e crônica. Na primeira, a mais comum, o paciente pode ter coceiras, dermatites, fraqueza, febre, dor de cabeça, diarreia, enjoos e vômito. Na crônica, o quandro pode evoluir para um quadro mais grave com aumento da fibrose do fígado, aumento do baço, o que pode levar a hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago e dilatação do abdômen, ou barriga d'água. Se não tratada, ela pode levar à morte.
O Globo
Tanto a origem da tecnologia, como a coordenação dos trabalhos de 30 anos foi feita por cientistas brasileiros, o que também marca o ineditismo da droga, a primeira destinada a humanos com esse selo totalmente nacional.
- Esta inovação é originalmente brasileira, o que coloca o país na fronteira do conhecimento em uma área de alta complexidade tecnológica - afirma a coordenadora do projeto de pesquisa, Miriam Tendler, que calcula que, no prazo máximo de cinco anos, seja possível imunizar a população dos locais onde ocorre a endemia.
A vacina é baseada no antígeno Sm14, uma proteína que permite o transporte de lipídeos do organismo do hospedeiro para o verme. Uma vez em contato com a substância, o corpo humano produz anticorpos que atuam sobre esta proteína no parasita e impedem seu ganho de energia, levando-o à morte. Essa ação impede que novos ovos do verme retornem ao meio ambiente pelas fezes humanas e infectem mais pessoas, ou volte a infectar o antigo hospedeiro que já tenha sido tratado, mas continua em áreas de risco. A ideia é vacinar crianças e preparar o organismo para combater a doença ainda na sua fase inicial, sem que o hospedeiro chegue a sofrer com os sintomas. O objetivo é erradicar a esquistossomose.
O Rio de Janeiro não é uma área endêmica da doença, mas ela está presente em 18 estados brasileiros, com maior incidência no nordeste e em Minas Gerais. Estima-se que a condição atinja 2,5 milhões de pessoas no país. A esquistossomose é considerada pela Organização Mundial da Saúde a segunda doença parasitária mais devastadora socioeconomicamente, atrás apenas da malária. A maior prevalência é em áreas de baixa infraestrutura sanitária e os principais grupos de risco são os de baixo índice escolar e baixa renda, o que a torna uma doença negligenciada.
A esquistossomose pode se manifestar nas fases aguda e crônica. Na primeira, a mais comum, o paciente pode ter coceiras, dermatites, fraqueza, febre, dor de cabeça, diarreia, enjoos e vômito. Na crônica, o quandro pode evoluir para um quadro mais grave com aumento da fibrose do fígado, aumento do baço, o que pode levar a hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago e dilatação do abdômen, ou barriga d'água. Se não tratada, ela pode levar à morte.
O Globo
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