A Rio+20 começa com uma certeza: temos de investir hoje para que exista um amanhã. E uma dúvida: como fazer isso em tempos de crise?
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· Em 14 anos, dois terços da humanidade viverão em lugares com
carência de água, segundo o Programa da ONU para o Meio Ambiente
(Pnuma).· A atividade humana está alterando o clima da Terra – sim, apesar de alguns pseudocientistas insistirem em propagar bravatas, é consenso entre todos os pesquisadores sérios que a temperatura média da Terra está subindo graças à emissão de gases poluentes. A persistir nesse ritmo, é possível que, no final deste século, ela tenha aumentado 4 graus Celsius. Tamanha alta bastaria para desmanchar a cadeia produtiva de alimentos, inundar cidades e agravar eventos como secas e inundações.
· Num levantamento encomendado pelo governo britânico, o economista Nicholas Stern, da London School of Economics e da Universidade de Leeds, afirmou que o aquecimento custaria 20% do PIB global por volta de 2050, se nada fosse feito. Uma amostra disso seria a profusão de eventos semelhantes ao Furacão Katrina, que causou 1.836 mortos e prejuízos de US$ 81 bilhões em 2005 nos EUA. Ou à sequência de sete chuvas recordes no Brasil entre 2008 e 2011, que culminou com a tragédia na região serrana do Rio, com centenas de mortos.
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Os maiores líderes globais afirmam, entretanto, que têm missões mais
importantes a cumprir neste momento do que olhar para as questões
ambientais – eleições, crise financeira ou o que o valha. Pode ser.
Políticos, entretanto, não costumam ser muitoa feitos a conceitos
científicos ou realidades econômicas. Mas talvez eles devessem ouvir o
que dizem as crianças. A elas ÉPOCA dedica sua Edição Verde que chega às
bancas e aos tablets (baixe o aplicativo) neste sábado, nossa sétima em sete anos. Até o fim do século, provavelmente não estaremos mais aqui.
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