Ministério quer usar redes sociais para aumentar número de doadores de sangue
Banco virtual criado no Facebook tem como meta alcançar 15 mil doadores até o fim do ano
Agência Brasil“Vamos conectar esse banco virtual com cada hemocentro do país, que poderá fazer uma busca ativa dos doadores cadastrados. Quando seus estoques estiverem reduzindo, o hemocentro pode mandar mensagem aos doadores para que eles venham doar sangue naquela cidade, naquele estado”, explicou Padilha hoje (16), no Rio de Janeiro, após doar sangue no Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio). O ato marcou o Dia Mundial do Doador Voluntário.
O ministro destacou que o Brasil conta com 36 polos de hemocentros e
mais de 300 hemocentros públicos. Ele também ressaltou que os meses de
junho e julho são considerados os mais críticos em relação aos estoques
de sangue, quando são registradas reduções de até 25% nas doações. “São
meses de férias, de inverno e de chuva em várias regiões. Nossas
campanhas em locais abertos também ficam comprometidas”, explicou.
Padilha acrescentou que o procedimento é totalmente seguro tanto para os
doadores quanto para quem recebe sangue.
O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, que acompanhou o
ministro na ação de hoje, enfatizou que as doações servem não só para
suprir as necessidades em casos de acidentes, mas também para abastecer
hospitais da rede pública e contratados pelo Sistema Único de Saúde
(SUS).
“As pessoas costumam associar a necessidade de doação apenas à
ocorrência de acidentes, mas há também pacientes que fazem tratamento de
câncer e de outras doenças em que há necessidade de transfusão o tempo
todo. Então, é fundamental que essa doação ocorra os 365 dias do ano”,
disse.
O consultor de empresas André Luiz Ribeiro, de 37 anos, esteve hoje
no Hemorio para doar sangue pela décima vez. Segundo ele, o ato deveria
ser rotina para todos os brasileiros. “É dever de todo o cidadão a
partir do momento que ele tem condições físicas para isso. Não
precisamos esperar que haja esse tipo de campanha, mas todo mundo
deveria fazer isso sempre que puder. É uma forma de ajudar o próximo”,
ressaltou.
O Ministério da Saúde investiu, no ano passado, R$ 380 milhões na
rede de sangue e hemoderivados no país. Para este ano, está previsto
investimento no valor de R$ 580 milhões.
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