Gestantes com incontinência urinária têm 6 vezes mais chance de continuar com o problema depois do parto
Drielle Sá
Um novo estudo mostra que as mulheres que sofriam com a incontinência durante a gestação têm seis vezes mais chances de continuar com o problema depois do bebê nascer quando comparadas às mães que nunca tiveram os sintomas. E, entre as que tinham a incontinência urinária e tiveram parto normal, o risco do problema permanecer nas primeiras semanas após o parto era ainda maior . Mulheres acima do peso também apresentaram mais riscos, assim como as que tinham mais de 35 anos ou que traziam um histórico de incontinência na família.
A incontinência pode ser causada por três motivos diferentes. Entre as grávidas, o mais comum é pela compressão da bexiga, que fica apertada pelo útero. Esse é um caso benigno, que acaba assim que termina a gravidez. Mas o problema também pode acontecer se a mulher apresentar uma composição genética fraca de seu colágeno (uma proteína importante para unir e fortalecer tecidos do organismo), o que pode já acarretar a frouxidão dos músculos da bexiga pelo simples motivo dela ter ficado grávida e esses músculos terem sido forçados. Uma causa mais grave pode ocorrer durante um parto vaginal se o bebê for muito grande, se o parto for mal assistido ou se for utilizado fórceps de maneira errada. Nessas condições, os músculos que apoiam a bexiga podem ser lesionados permanentemente.
Como explica Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do hospital Sírio Libanês, o problema pode persistir até seis meses depois do parto. Nos casos mais graves de lesão, a única forma de acabar com a incontinência é por cirurgia. Isso porque “o problema primário não está no assoalho pélvico, mas nos músculos que sustentam a bexiga. Quando o caso não é grave, exercitar os músculos pélvicos pode ser o suficiente para acabar com a incontinência”.
Isso não quer dizer que as mulheres que têm parto normal vão ter incontinência após a chegada do bebê. É bom lembrar que nem todos os partos vaginais levam a uma lesão desses músculos. O problema acontece com mais frequência em mulheres que já apresentam histórico do problema na família. Nesses casos a causa é, principalmente, o colágeno fraco que o próprio organismo da mulher produz e que é formado segundo sua genética.
Rio -
Durante a gravidez, muitas mulheres sofrem com o desconforto na região
pélvica e a flacidez na musculatura perineal. Em alguns casos, muitas
apresentam incontinência urinária, principalmente ao fazer algum tipo de
esforço (tosse, espirro...) e até a incontinência fecal. Além disso,
durante essa fase, em muitos casos, há diminuição do prazer sexual. Para
combater esses problemas e até preparar
a mamãe para o parto normal, o tratamento mais indicado é a
fisioterapia pélvica (ou uroginecológica), que tem como principal função
fortalecer os músculos perineais.
Esse tratamento específico também auxilia a mulher no pós-parto. Ajuda
na recuperação da mamãe e pode prevenir ou minimizar possíveis sequelas
do parto como a formação de aderências cicatriciais, diástase
(separação) dos músculos retos abdominais e a incontinência urinária.
Além de também preparar a musculatura perineal para o retorno da função
sexual sem dor (nos casos do parto vaginal).
A fisioterapeuta Mônica Lopes, especializada em uroginecologia e diretora da Clínica Salutaire, explica que quando realizada por um profissional especializado e com o aval do obstetra, a fisioterapia só apresenta benefícios. “Os exercícios realizados pela fisioterapia pélvica são adaptados para a gestante e respeitam a sua idade gestacional. Portanto, incrementam o metabolismo e a respiração, fortalecem músculos e articulações, diminuem o inchaço através da drenagem linfática e proporcionam bem estar através dos alongamentos e relaxamentos”, destaca Mônica. Ela ainda complementa, “E se a mãe se sente bem, isso é transmitido ao bebê, sendo benéfico e saudável para ambos. Nessa fase única da vida da mulher é sempre importante fortalecer o laço entre a mãe e o bebê”.
O tratamento é indolor e feito diretamente sobre os músculos perineais. O períneo é um conjunto de músculos que se estende na mulher do clitóris até a vagina e que possuem as funções de sustentação das vísceras, de controle da micção e da evacuação.
Foto: Reprodução Internet
A fisioterapeuta Mônica Lopes, especializada em uroginecologia e diretora da Clínica Salutaire, explica que quando realizada por um profissional especializado e com o aval do obstetra, a fisioterapia só apresenta benefícios. “Os exercícios realizados pela fisioterapia pélvica são adaptados para a gestante e respeitam a sua idade gestacional. Portanto, incrementam o metabolismo e a respiração, fortalecem músculos e articulações, diminuem o inchaço através da drenagem linfática e proporcionam bem estar através dos alongamentos e relaxamentos”, destaca Mônica. Ela ainda complementa, “E se a mãe se sente bem, isso é transmitido ao bebê, sendo benéfico e saudável para ambos. Nessa fase única da vida da mulher é sempre importante fortalecer o laço entre a mãe e o bebê”.
O tratamento é indolor e feito diretamente sobre os músculos perineais. O períneo é um conjunto de músculos que se estende na mulher do clitóris até a vagina e que possuem as funções de sustentação das vísceras, de controle da micção e da evacuação.
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