RIO DE JANEIRO - O número de crianças e adolescentes
acolhidos em abrigos no Estado do Rio em decorrência do uso abusivo de
álcool e drogas cresceu 720% nos últimos cinco anos, como mostra o 9º
Censo da População Infantojuvenil Acolhida no Estado do Rio de Janeiro,
realizado semestralmente pelo Módulo Criança e Adolescente (MCA) do
Ministério Público Estadual (MP-RJ).
A promotora Gabriela Brandt, gestora do MCA, aponta a disseminação do crack como o principal responsável pelo aumento no número de casos. "O crack é uma droga devastadora, que traz prejuízos num curto espaço de tempo, e é uma droga muito barata, atingindo a população mais vulnerável".
O Censo mostrou também que os casos de negligência (23,7%) e abandono (13,27%) continuam sendo os principais fatores de risco, seguidos por crianças e adolescentes em situação de rua (8,97%) e maus-tratos contra os menores (7,26%).
O Estado do Rio possui atualmente 218 instituições de acolhida, sendo 72 delas na capital. Das 12,7 mil crianças e adolescentes que já passaram por essas instituições desde que o censo foi iniciado, em 2007, metade delas foi reintegrada às famílias e 19,2 % foram colocadas em famílias substitutas. Outras 19,1% (2.432 jovens) fugiram dos abrigos.
Heloisa Aruth Sturm - Agência Estado
Veja também:
Plano de Dilma prevê tirar 38 mil crianças de abrigos
Operação de combate ao crack acolhe usuários na zona norte do Rio
Capital paulista tem 2.834 internos em 143 unidades
Nenhum comentário:
Postar um comentário