9.30.2012

Lula recomenda que Serra peça aposentadoria da vida pública

Fernando Haddad (PT) faz comício na Cidade Tiradentes, zona leste, ao lado do ex-presidente Lula Fernando Haddad (PT) faz comício na Cidade Tiradentes, zona leste, ao lado do ex-presidente Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomendou neste sábado (29) que o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, 70, se aposente da vida pública. No palanque de seu afilhado político, o petista Fernando Haddad, Lula disse que o tucano "deve estar desesperado porque não tem mais idade para disputar a Presidência".
Após dizer que Serra tomou uma surra na corrida pela Presidência em 2010, Lula ironizou: "Agora volta para São Paulo como se São Paulo fosse um cabide de emprego. Ai, meu Deus, requere a aposentadoria que é melhor".
Sem citar o nome de Serra, ele afirmou que um dos adversários de Haddad elegeu-se prefeito e "se mandou". "Depois, ficou três anos no governo e se mandou para disputar a Presidência. Tomou uma chulada", discursou o ex-presidente.
Contra o líder da disputa pela prefeitura, Celso Russomamno (PRB), Lula insistiu na ideia de que administrar São Paulo exige experiência."Não é coisa para amador", endossou a ministra da Cultura, Marta Suplicy, recém-nomeada para a Esplanada dos Ministérios depois de se engajar na campanha de Haddad.
Marta e Lula participaram de dois comícios na zona leste, onde o PT sua para recuperar os eleitores hoje simpáticos a Russomanno.
Para reconquistar os redutos petistas, Lula frisou que é o PT que se dedica aos pobres, bandeira empunhada por Russomanno. "Rico não precisa de prefeito, de presidente, de governador. O pobre precisa", disse Lula.
Segundo petistas, Lula repete, em suas conversas, que Russomanno é o candidato cuja imagem mais se assemelha à sua: de defensor dos pobres. Por isso, Lula martelou, em dois comícios na periferia da cidade (São Miguel Paulista e Cidade Tiradentes) que ele e Marta são perseguidos pelas elites.

DESEMPREGO
Num ataque a Russomanno, Haddad repetiu nos dois discursos que a proposta do candidato do PRB pode levar o desemprego para a periferia.
Segundo ele, com a hipótese de pagar um vale-transporte maior conforme a distância, as empresas vão priorizar os moradores dos bairros centrais na hora de contratar. "Aí desemprega as pessoas de Cidades Tiradentes para empregar o trabalhador que mora mais perto. Isso é justo?", perguntou.





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