Rio -  Eles tratam de doenças graves, enfrentam jornadas triplas, mantêm sangue frio nos piores cenários. Mas na hora de curar o coração, não há instrumento cirúrgico que ajude. Levantamento feito pelo site Separados de Chile, especializado em rompimentos matrimoniais, apontou que profissionais da área de saúde estão envolvidos em 29% das relações que terminam em divórcio.Para elaborar o ranking das profissões inimigas do amor, que têm comunicadores e vendedores de automóveis em segundo e terceiro lugares, foram analisados 1.150 casos de casais cujo relacionamento não deu certo.
Foto: Arte: O Dia
Arte: O Dia
Segundo os responsáveis pelo site, essas profissões são mais arriscadas por estarem associadas ao contato permanente com o público, além de exigirem longa jornada de trabalho. O psiquiatra Joaquim Moura, 52, admite que a grande demanda profissional colaborou para o fim de seu casamento de 21 anos. “Faltava tempo e energia para a relação. Só com muito diálogo e confiança para dar certo”, opina.
A terapeuta de casal Raquel Câmara vai além: médicos, jornalistas e vendedores precisam de esforço extra para sucesso no amor. “Não adianta ficar só dormindo quando está de folga. Tem que namorar, sair”, orienta. Como plantões ou emergências acontecem sempre, Raquel denuncia que alguns usam a desculpa para ‘pular a cerca’: “Isso quando a traição não ocorre no próprio ambiente de trabalho”. Metas difíceis de alcançar e medo de perder o emprego também são tópicos que fazem com que uma profissão atrapalhe a relação, acrescenta a psicóloga Lucilia Marques.
TRAIÇÃO NÃO É IGUAL A DIVÓRCIO
Em defesa dos médicos, estudo realizado com 1.722 usuários brasileiros do site de relacionamento extraconjugais AshleyMadison.com afirma que eles estão em oitavo lugar no ranking dos profissionais mais traidores. Os jornalistas estão em último da lista. Os recordistas são políticos, atores e atletas. “A gente trabalha muito, mas ao menos somos divertidos e inteligentes”, ameniza a jornalista Nathalia Silva, 29.