Rio -  O verão ainda não chegou, mas o forte calor já está no Rio. O aumento na temperatura pede atenção redobrada na hora de proteger a pele. A exposição excessiva aos raios ultravioleta causa o aparecimento de rugas e manchas, envelhecimento precoce e até câncer de pele.
Precavido, Leme passa o protetor a cada duas horas para se proteger do sol | Foto: Agência O Dia
Precavido, Leme passa o protetor a cada duas horas para se proteger do sol | Foto: Agência O Dia
Para evitar problemas por causa da radiação, especialistas recomendam: use protetor solar, especialmente no horário de pico do sol. “Se a pessoa ficar sem protetor solar entre 10h e 16h, a probabilidade de desenvolver algum grave dano na pele é muito maior”, afirma a dermatologista Pietra Martini.
Um fotoprotetor de fator 30 bloqueia 97,6% dos raios ultravioleta tipo B (UVB), responsáveis pelo câncer de pele. O dermatologista Mário Chaves afirma que este fator já é suficiente para cuidar corretamente da pele.
Ele diz que a partir do fator 30, a proteção é significativa. “Mas o tempo que a pele vai aguentar sem sofrer danos varia em cada pessoa e em cada situação”, afirma.
Mas a exposição ao sol não é somente prejudicial. A radiação faz nosso organismo sintetizar a vitamina D, essencial na absorção de cálcio, na produção de insulina, endorfina e renina, hormônio que controla a pressão arterial.
O banho de sol deve ser entre 7h e 10h, horário em que a radiação é mais fraca. “Sem protetor, a exposição não pode passar de meia hora e deve ser duas vezes por semana”, explica Pietra Martini.
A rotina do subtenente bombeiro Telmo Paes Leme, 48 anos, é desgastante. Salva-vidas desde os 20, ele fica 12 horas na praia exposto ao sol. “Chego às 6h30 todos os dias e, às vezes, só saio às 20h. Tento passar o protetor a cada duas horas”, disse.
Além do filtro, Leme se protege de outras maneiras. “Uso o chapéu australiano, que tem abas maiores, fico embaixo da barraca sempre que possível e não abro mão dos óculos escuros”, conta.
Tipo de protetor solar ideal depende da pele de cada pessoa
Para o dia-a-dia, produtos com fator de proteção 30 são suficientes para garantir os cuidados necessários. Mas quando a exposição ao sol for direta e por mais tempo, as pessoas com pele muito clara devem usar protetores com fator 60 ou maior.
Quem tem a pele branca, mas não tão clara, pode apostar nos bloqueadores com fator 50. Já os morenos devem comprar produtos com fator 40. Pessoas com a pele negra podem usar protetores com fator 30.
O dermatologista Mário Chaves alerta que a maioria dos brasileiros tem a pele do rosto mais oleosa que a do corpo. Por isso, é preciso usar tipos diferentes de protetor nas partes do corpo.
“Os jovens, especialmente, precisam prestar atenção à oleosidade da pele. Alguns filtros usam agentes mais oleosos, o que pode causar muitas espinhas. Existem protetores oil free, ou seja, não oleosos”, explica.
O especialista destaca também que existem protetores que agem como hidratantes para pele ressecada. “Pessoas com a pele seca devem procurar esses filtros”.
Pietra Martini alerta que a aplicação deve ser repetida, já que a ação do protetor acaba depois de duas horas. “O ideal é passar antes de sair de casa e reaplicar, pelo menos, uma vez no dia”.
QUEIMADURA NA PELE PODE SER INDÍCIO DE CÂNCER
ASSIMETRIA
A lesão apresenta um diâmetro irregular. As lesões benignas são sempre simétricas, ou seja, têm uma forma considerada normal.
BORDA IRREGULAR
Caso o machucado apresente um formato estranho, parecido com uma ilha, ele se torna suspeita. Lesõs benignas são redondas.
COR
É preciso prestar atenção na cor da lesão. Se o machucado tiver dois tons ou mais, especialmente nas cores vermelha, castanha ou rosa, ou for multicolorida, há chances de ser maligno. Lesões brilhantes também indicam a doença.

DIMENSÃO
Por último, fique atento à dimensão. As lesões normais não passam de seis milímetros. Caso o machucado seja maior, procure o médico para fazer testes e receber o diagnóstico correto.