Ministro da Defesa boliviano reiterou que país aguarda explicação oficial por parte do governo brasileiro sobre a retirada de senador
O Globo
Com agência Brasil
BRASÍLIA - Após a saída de Antonio Patriota do Ministério das
Relações Exteriores, o ministro da Defesa da Bolívia, Ruben Saavedra,
disse que a expectativa do governo Evo Morales é resolver pelo caminho
diplomático o impasse criado pela retirada do senador Roger Pinto Molina
da Embaixada do Brasil em La Paz, a capital boliviana. O ministro
boliviano reiterou que Pinto Molina é denunciado por crimes de corrupção
e desvio de recursos. O senador, que estava há mais de um ano asilado
na Embaixada, fugiu para o Brasil no fim de semana com a ajuda do
diplomata brasileiro Eduardo Saboia.
Em entrevista ao canal estatal de televisão na noite de segunda-feira, Saavedra insistiu que o governo da Bolívia quer que Pinto Molina responda por seus crimes.
-O governo boliviano está com a maior boa vontade para esclarecer todos os fatos (envolvendo a retirada de Pinto Molina de La Paz). Mas vamos tentar trabalhar para que Molina regresse ao país e responda na Justiça por seus delitos - ressaltou.
Saavedra disse que a Bolívia aguarda uma explicação oficial por parte do governo brasileiro sobre a retirada de Pinto Molina do país.
- Para tomar as providências que correspondam ao que determina o direito internacional - destacou.
Na segunda-feira, o governo da Bolívia acusou o Brasil de descumprir normas de convenção internacional na forma como recebeu o senador. O chanceler boliviano, David Choquehuana, disse que iria entregar à representação brasileira uma nota diplomática na qual expressa a preocupação com a violação do princípio da reciprocidade e da cortesia internacional.
- Sob nenhuma circunstância, Roger Pinto poderia deixar o país sem um salvo-conduto - afirmou Choquehuana, acrescentando que o parlamentar é um perseguido da Justiça da Bolívia.
O senador boliviano, que é opositor de Evo Morales, ficou abrigado por 15 meses na embaixada brasileira em La Paz desde que pediu asilo político ao Brasil. Em junho de 2012, o Brasil concedeu o asilo diplomático. Porém, para Molina deixar a representação brasileira era necessário um salvo-conduto do governo da Bolívia.
O salvo-conduto era negado pelas autoridades bolivianas, alegando que o parlamentar responde a mais de 20 processos judiciais no país, por crimes de corrupção e desvios de recursos. Na sexta-feira, o senador deixou a embaixada com o auxílio da representação diplomática brasileira. O boliviano chegou sábado ao país, por Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde se encontrou com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Os dois voaram em seguida para Brasília.
A operação que trouxe o senador para o Brasil foi vista pelo Palácio do Planalto como um verdadeiro desastre e a permanência de Antonio Patriota no cargo se tornou insustentável. O ministro das Relações Exteriores pediu demissão na segunda-feira e será substituído por Luiz Alberto Figueiredo, representante do Brasil junto à ONU.
O diplomata brasileiro Eduardo Saboia admitiu ter sido decisão dele ajudar o senador boliviano a fugir para o Brasil. Ele alegou que Pinto sofria risco iminente e desejou proteger um perseguido político, da mesma forma que um dia a presidente Dilma Rousseff também se viu perseguida.
Em entrevista ao canal estatal de televisão na noite de segunda-feira, Saavedra insistiu que o governo da Bolívia quer que Pinto Molina responda por seus crimes.
-O governo boliviano está com a maior boa vontade para esclarecer todos os fatos (envolvendo a retirada de Pinto Molina de La Paz). Mas vamos tentar trabalhar para que Molina regresse ao país e responda na Justiça por seus delitos - ressaltou.
Saavedra disse que a Bolívia aguarda uma explicação oficial por parte do governo brasileiro sobre a retirada de Pinto Molina do país.
- Para tomar as providências que correspondam ao que determina o direito internacional - destacou.
Na segunda-feira, o governo da Bolívia acusou o Brasil de descumprir normas de convenção internacional na forma como recebeu o senador. O chanceler boliviano, David Choquehuana, disse que iria entregar à representação brasileira uma nota diplomática na qual expressa a preocupação com a violação do princípio da reciprocidade e da cortesia internacional.
- Sob nenhuma circunstância, Roger Pinto poderia deixar o país sem um salvo-conduto - afirmou Choquehuana, acrescentando que o parlamentar é um perseguido da Justiça da Bolívia.
O senador boliviano, que é opositor de Evo Morales, ficou abrigado por 15 meses na embaixada brasileira em La Paz desde que pediu asilo político ao Brasil. Em junho de 2012, o Brasil concedeu o asilo diplomático. Porém, para Molina deixar a representação brasileira era necessário um salvo-conduto do governo da Bolívia.
O salvo-conduto era negado pelas autoridades bolivianas, alegando que o parlamentar responde a mais de 20 processos judiciais no país, por crimes de corrupção e desvios de recursos. Na sexta-feira, o senador deixou a embaixada com o auxílio da representação diplomática brasileira. O boliviano chegou sábado ao país, por Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde se encontrou com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES). Os dois voaram em seguida para Brasília.
A operação que trouxe o senador para o Brasil foi vista pelo Palácio do Planalto como um verdadeiro desastre e a permanência de Antonio Patriota no cargo se tornou insustentável. O ministro das Relações Exteriores pediu demissão na segunda-feira e será substituído por Luiz Alberto Figueiredo, representante do Brasil junto à ONU.
O diplomata brasileiro Eduardo Saboia admitiu ter sido decisão dele ajudar o senador boliviano a fugir para o Brasil. Ele alegou que Pinto sofria risco iminente e desejou proteger um perseguido político, da mesma forma que um dia a presidente Dilma Rousseff também se viu perseguida.
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