Luiz Alberto Figueiredo Machado substitui Antonio Patriota, que ficou dois anos e oito meses na função
Agência Brasil
Em seguida, às 15h, Patriota transmitirá o cargo a Figueiredo
Machado no Ministério das Relações Exteriores. A substituição de
chanceleres foi definida anteontem (26) em meio à crise causada pela
retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina, abrigado por 455 dias
na Embaixada do Brasil em La Paz (a capital boliviana).
A saída do parlamentar foi organizada pelo diplomata Eduardo
Saboia, encarregado de negócios (equivalente a embaixador interino) na
Bolívia. Porém, para setores do governo, como a decisão foi tomada
aparentemente de forma pessoal, houve quebra de hierarquia.
O novo ministro das Relações Exteriores é diplomata de carreira e
foi o negociador-chefe da Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano passado, no Rio
de Janeiro. Na ocasião, ele se destacou pela habilidade e conquistou a
confiança de Dilma pela disposição em negociar pacientemente com os que
resistiam a acordos.
Especialistas em temas ambientais e sustentáveis, Figueiredo
Machado tem um currículo baseado em negociações referentes às mudanças
climáticas, ao uso sustentável de recursos, à cooperação pacífica e a
todos os assuntos relativos à qualidade de vida e aos meios.
De personalidade introspectiva, ele é contido nas palavras e
apontado como um estrategista. Acostumado a longas negociações, o novo
chanceler não costuma demonstrar cansaço, nem impaciência. Ele e Dilma
se conheceram na Conferência das Partes (COP), na Dinamarca, quando a
presidenta ainda estava na Casa Civil.
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