Associados à uma dieta pobre em gorduras, eles colaboram com a diminuição de gordura ruim em 13%
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Alimentos com esterois vegetais (ou fitoesterois) já são conhecidos por ajudar na redução do colesterol. Combinados com uma dieta pobre em gordura, eles reduziram os níveis de colesterol LDL (o colesterol ruim) no sangue em mais de 13%. Uma dieta de baixa gordura adotada de forma isolada produziu apenas uma redução de 3% no LDL, de acordo com o estudo.
“Dar às pessoas uma dieta enriquecida com componentes de alimentos que a FDA já aprovou, com base em sua capacidade de redução do colesterol, baixou os níveis de LDL dos participantes entre 13% e 14%”, disse David JA Jenkins, chefe da disciplina de Metabolismo, Nutrição e Biologia Vascular da Universidade de Toronto, no Canadá.
Jenkins acrescentou que a população estudada já estava “interessada em dieta saudável” e por isso passou a ter uma alimentação melhor do que a média.
“O esforço extra de escolher os alimentos certos teve um efeito muito bom”, observou o especialista.
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O estudo recebeu financiamento do governo canadense e de várias grandes empresas de alimentos, incluindo a Unilever, que produz a linha Becel – para baixar o colesterol de alimentos. Os resultados foram publicados na edição desta semana do periódico Journal of the American Medical Association.
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Mudanças na dieta, como comer menos gordura animal ou mais fibras, podem diminuir os níveis de colesterol. Certos alimentos, no entanto, são mais propensos a reduzir o colesterol: os que contêm substâncias chamadas esterois vegetais, alimentos com quantidades significativas de fibra de viscosa, como aveia e cevada, proteína de soja (encontrada no leite de soja, no tofu e na carne de soja) e oleaginosas como nozes e amendoins.
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Estudos de curto prazo têm sugerido que a combinação de dieta com baixo teor de gordura, rica em fibras e com esses alimentos capazes de reduzir o LDL pode reduzir os níveis de colesterol de forma tão eficaz quanto os medicamentos para baixar o colesterol. No entanto, ainda não havia estudos sobre os efeitos a longo prazo dessa combinação.
Para ver o efeito que esta combinação de dieta teria em longo prazo, os pesquisadores recrutaram 351 pessoas com cerca de 50 anos de vários lugares do Canadá. Os voluntários foram aleatoriamente colocados em um dos três grupos: um grupo controle ao qual foram dados conselhos sobre uma dieta com baixo teor de gordura e rica em fibras (103 pessoas), um grupo que recebeu conselhos de dieta saudável e sugestões sobre como incorporar alimentos redutores do colesterol na rotina alimentar (124 pessoas) e um terceiro grupo que recebeu as mesmas orientações que o segundo e ainda ganhou um adicional de cinco visitas de estudo durante um período de 6 meses (124 pessoas).
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Durante o estudo, 18 pessoas abandonaram ou foram retiradas do grupo 1, 28 deixaram o grupo 2 e 32 desistiram ou tiveram que ser retirados do grupo 3. Os resultados com os voluntários que permaneceram no estudo mostraram que os níveis de colesterol LDL caíram 3% no grupo 1. No grupo 2, a média de queda foi de 13,1% e no 3 de 13,8%.
Segundo Jenkins, as pessoas tiveram as maiores reduções foram as que cortaram a carne da dieta. Aqueles que foram para uma dieta mais a base vegetais se saíram melhor, observou o especialista.
“Quando adicionadas a uma dieta saudável para o coração, alimentos que ajudam a baixar o colesterol parecem ter um benefício adicional”, disse Robert Eckel, porta-voz e ex-presidente da Associação Americana do Coração e professor de medicina da Universidade de Colorado.
Eckel disse acreditar que os alimentos que contêm fibra viscosa provavelmente têm o maior impacto sobre os níveis de colesterol, enquanto a proteína de soja tem um efeito mínimo ou nenhum efeito. Ele disse que a entidade continua a defender uma dieta saudável, contendo grandes quantidades de frutas e vegetais, grãos integrais, proteína magra e peixes. No entanto, os dois especialistas advertiram que o consumo de alimentos para baixar o colesterol não abre precedentes para se empanturrar de alimentos ricos em gorduras. Esses alimentos ainda precisam ser consumidos com moderação.
* Por Serena Gordon
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