8.06.2014

Capitão do Costa Concórdia dá aula sobre "gestão de pânico"

Francesco Schettino ficou mundialmente conhecido por ter sido acusado de abandonar o barco Costa Concordia durante naufrágio de 2012


A Universidade Sapienza de Roma está envolvida em uma polêmica após convidar o capitão Francesco Schettino para palestra
Foto: Gabriele Maltinti / Getty Images

A Universidade Sapienza de Roma está sendo alvo de críticas, após ter convidado o capitão Francesco Schettino (que abandonou o navio Costa Concordia durante o naufrágio de 2012) para participar de uma palestra sobre “gestão de pânico” em um evento realizado por um de seus professores. As informações são do The Independent.

O jornal italiano La Nazione publicou nesta quarta-feira que o capitão (que responde acusações de homicídio e abandono de navio no país), descreveu-se no evento como um "expert" na gestão de pânico em tempos de crise. “Eu fui convidado como um especialista em gestão de pânico por ter passado por várias situações. Eu já viajei por todos os mares e já tive de lidar com dificuldades étnicas das tripulações”, disse.

Segundo as informações, Schettino também fez comparações entre desastres marítimos e outras tragédias, como o 11 de setembro. “Durante os ataques às duas torres nos Estados Unidos, várias pessoas se jogaram pelas janelas. Mas, durante o naufrágio do Concordia alguém fez algo similar?”, perguntou à plateia.

A palestra foi realizada fora do campus da Universidade e contou com uma plateia restrita de convidados, tendo sido organizada pelo professor Vincenzo Mastronardi que leciona na Faculdade de Medicina da Universidade Sapienza.

Naufrágio e julgamento
Trinta e duas pessoas morreram após o naufrágio do Costa Concórdia, que aconteceu próximo à ilha de Giglio em 2012. Uma operação milionária para retirar o barco do local custou quase dois bilhões de euros e levou dois anos, tendo sido finalizada em Julho deste ano.
Schettino está sendo julgado por um tribunal de Grosseto, Toscana, por uma série de acusações, incluindo homicídio, mas ele nega ter cometido os crimes. O capitão insiste que o recife de corais, onde a embarcação bateu, causando o naufrágio, não estava nas cartas de navegação e que ele ajudou na evacuação dos passageiros. Se for considerado culpado, ele pode pegar até 20 anos de prisão

Um comentário:

Anônimo disse...

Esta postagem me lembra um certo candidato à presidência da república aqui no Brasil, ensinando ao público como evitar as drogas ilícitas