Barrou até Fred! Cristóvão supera divisão inicial e ganha status no Flu
Rodrigo Paradella
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Cristóvão chegou às Laranjeiras como uma aposta da diretoria tricolor após bons trabalhos no Vasco e Bahia. Os resultados em campo foram fundamentais para o reconhecimento de Cristóvão no clube: foram 11 vitórias e um empate em 16 partidas oficiais, aproveitamento com o qual o Tricolor está na 2ª posição do Campeonato Brasileiro e perto de avançar às oitavas da Copa do Brasil após uma vitória por 3 a 0 sobre o América-RN fora de casa.
O toque de bola envolvente apresentado pela equipe dentro de campo superou a resistência do presidente da Unimed Rio, Celso Barros, que queria a permanência de Renato Gaúcho no clube. Além dos resultados, o treinador superou a desconfiança do empresário com o padrão de jogo de sua equipe, o que fez até mesmo Celso topar reabrir o bolso para contratações pontuais, como a do meia Cícero.
O presidente da Unimed Rio, que chegou a ameaçar cortar os gastos por completo em novas contratações no caso da demissão de Renato Gaúcho, agora se mostra disposto a contribuir com o clube no novo momento, mesmo com seu orçamento limitado pelos custos já elevados de jogadores como Fred, Diego Cavalieri, Rafael Sóbis, entre outros medalhões. Contratado para conciliar Fluminense e parceira após a chegada de Cristóvão, o diretor executivo Paulo Angioni exaltou o trabalho do treinador.
"Eu vejo o Cristóvão Borges uma pessoa tão estudiosa quanto Tite. Têm um perfil muito parecido, harmônico. Gosta de aplicar seu conhecimento, mas convencer o porquê daquela aplicação. Tem o domínio muito grande do que quer e faz com que convença os jogadores a entender. E não é tão fácil convencer esse grupo do Fluminense que agrega jogadores com nível de inteligência altíssimo. Ele precisa ser muito consistente para convencer e ele o é", disse o dirigente em entrevista à ESPN Brasil.
Fred na reserva foi apenas a síntese do crescimento do prestígio de Cristóvão após os bons resultados. O treinador colocou o atacante no banco sem qualquer resistência da torcida, da diretoria e do elenco. E, apesar da titularidade contra o América-RN, o camisa 9 pode voltar aos suplentes já no sábado, contra o Coritiba, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.
Um dos pontos mais exaltados do trabalho de Cristóvão é o crescimento de produção do setor defensivo. A zaga passou de contestada a arma do Tricolor e está há quatro jogos sem sofrer um gol sequer. No total, foram apenas 11 gols sofridos em 16 jogos oficiais (média de 0,68), contra 33 marcados (2,06 por partida). Com Renato Gaúcho, por exemplo, foram 21 gols sofridos em 18 duelos (1,16 em média), a maioria deles contra adversários modestos do Campeonato Carioca.
Após conquistar os torcedores e a unanimidade nas Laranjeiras, o próximo objetivo de Cristóvão é tentar a liderança do Campeonato Brasileiro. O Tricolor está com 25 pontos, quatro a menos que o líder Cruzeiro, e enfrenta o Coritiba às 21h deste sábado, no Maracanã, para tentar reduzir a desvantagem.
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