Torcicolo ou Cervicalgia?
A dor na região cervical da coluna é chamada de cervicalgia.
Quando acontece de maneira transitória é popularmente conhecida como
torcicolo. Cerca de 30% da população mundial apresentará cervicalgia no
decorrer da vida. No Brasil, acredita-se que 55% da população terão
estes sintomas, sendo que destes, 12% das mulheres e 9% dos homens terão
cervicalgia crônica.
O torcicolo é a cervicalgia aguda e na maioria das vezes autolimitada, ou seja, os sintomas desaparecem sozinhos por volta de uma semana. Geralmente causado por uma noite mal dormida. Quando os sintomas persistem, é denominada cervicalgia e deve receber uma maior atenção.
A cervicalgia se instala de maneira insidiosa, ou seja, os sintomas se intensificam vagarosamente. Estes sintomas são: diminuição da amplitude de movimento(pescoço se movimenta menos), postura antiálgica(o paciente adota uma postura de defesa para diminuir a dor), dor que piora com movimentos e com palpação muscular e a rigidez muscular.
As causas mais comuns de cervicalgia:
-Síndrome Dolorosa Miofascial-é a mais comum, posturas viciosas e o estresse são as causas mais freqüentes. (Ver Post “Síndrome Dolorosa Miofascial”)
-Osteoartrose- a alteração degenerativa das articulações causada pelo envelhecimento pode levar à deformidades da coluna cervical provocando dor (Ver post “Artrose é doença de idosos?” e “Tratamento da artrose”)
-Traumáticas- a mais comum é a Síndrome do Chicote que acontece nos acidentes automobilísticos.
-Fraturas
-Inflamatórias- devido a doenças reumatológicas como artrite reumatóide, Lupus, espondilite anquilosante,etc…
-Infecciosas-meningite, caxumba,abscessos, etc…
– Disfunção da articulação temporo-mandibular (ATM)
-Metabólicas- osteoporose com fratura (ver Post “Osteoporose dói?”)
-Tumores locais ou metastáticos
-Congênito- devido a alterações musculares congênitas.
-Estenose do Canal Vertebral- diminuição do canal vertebral, no qual se encontra a medula, devido a processo degerativo.
-Hérnia discal- desencadeará dor em região cervical com irradiação para os braços, associado a formigamentos, perda de força e sensibilidade (Ver post “A Hérnia Discal” e “Causas e Consequências da Hérnia Discal”).
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através de uma boa avaliação clínica do paciente associada a exames que podem auxiliar tanto no diagnóstico como no tratamento da Cervicalgia.
Os exames mais utilizados, conforme a necessidade de cada caso, são: RX de Coluna cervical e panorâmico, Tomografia computadorizada, ressonância magnética, eletroneuromiografia e até termografia.
Qual o tratamento mais indicado?
Nos casos dos torcicolos que persistem por até uma semana, indica-se o uso de antiinflamatórios e relaxantes musculares, calor local (pode ser com uma bolsa de água quente) e retirada dos fatores desencadeantes da dor.Exercícios de alongamento regulares são benéficos para a prevenção da recorrência do torcicolo.
Nos casos de cervicalgia crônica, são utilizadas medicações para dor crônica, associada a um programa de reabilitação que visa melhora dos sintomas e prevenção da recorrência dos sintomas.
Raros são os casos cirúrgicos.
Você tem dor no pescoço e já fez tratamento sem resultados? Procure um Médico Fisiatra para uma avaliação, diagnóstico e indicação do melhor tratamento medicamentoso e de reabilitação para o seu caso!
O torcicolo é a cervicalgia aguda e na maioria das vezes autolimitada, ou seja, os sintomas desaparecem sozinhos por volta de uma semana. Geralmente causado por uma noite mal dormida. Quando os sintomas persistem, é denominada cervicalgia e deve receber uma maior atenção.
A cervicalgia se instala de maneira insidiosa, ou seja, os sintomas se intensificam vagarosamente. Estes sintomas são: diminuição da amplitude de movimento(pescoço se movimenta menos), postura antiálgica(o paciente adota uma postura de defesa para diminuir a dor), dor que piora com movimentos e com palpação muscular e a rigidez muscular.
As causas mais comuns de cervicalgia:
-Síndrome Dolorosa Miofascial-é a mais comum, posturas viciosas e o estresse são as causas mais freqüentes. (Ver Post “Síndrome Dolorosa Miofascial”)
-Osteoartrose- a alteração degenerativa das articulações causada pelo envelhecimento pode levar à deformidades da coluna cervical provocando dor (Ver post “Artrose é doença de idosos?” e “Tratamento da artrose”)
-Traumáticas- a mais comum é a Síndrome do Chicote que acontece nos acidentes automobilísticos.
-Fraturas
-Inflamatórias- devido a doenças reumatológicas como artrite reumatóide, Lupus, espondilite anquilosante,etc…
-Infecciosas-meningite, caxumba,abscessos, etc…
– Disfunção da articulação temporo-mandibular (ATM)
-Metabólicas- osteoporose com fratura (ver Post “Osteoporose dói?”)
-Tumores locais ou metastáticos
-Congênito- devido a alterações musculares congênitas.
-Estenose do Canal Vertebral- diminuição do canal vertebral, no qual se encontra a medula, devido a processo degerativo.
-Hérnia discal- desencadeará dor em região cervical com irradiação para os braços, associado a formigamentos, perda de força e sensibilidade (Ver post “A Hérnia Discal” e “Causas e Consequências da Hérnia Discal”).
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através de uma boa avaliação clínica do paciente associada a exames que podem auxiliar tanto no diagnóstico como no tratamento da Cervicalgia.
Os exames mais utilizados, conforme a necessidade de cada caso, são: RX de Coluna cervical e panorâmico, Tomografia computadorizada, ressonância magnética, eletroneuromiografia e até termografia.
Qual o tratamento mais indicado?
Nos casos dos torcicolos que persistem por até uma semana, indica-se o uso de antiinflamatórios e relaxantes musculares, calor local (pode ser com uma bolsa de água quente) e retirada dos fatores desencadeantes da dor.Exercícios de alongamento regulares são benéficos para a prevenção da recorrência do torcicolo.
Nos casos de cervicalgia crônica, são utilizadas medicações para dor crônica, associada a um programa de reabilitação que visa melhora dos sintomas e prevenção da recorrência dos sintomas.
Raros são os casos cirúrgicos.
Você tem dor no pescoço e já fez tratamento sem resultados? Procure um Médico Fisiatra para uma avaliação, diagnóstico e indicação do melhor tratamento medicamentoso e de reabilitação para o seu caso!
20 Comentários
Publicado em Cervicalgia
Medicamentos Utilizados na DOR
A Dor é um sintoma que requer tratamento medicamentoso e de
reabilitação. Primeiramente, a Dor deve ser diferenciada de AGUDA ou
CRÔNICA (saiba a diferença lendo o Post: “Afinal, o que é a Dor?”), pois
isto irá diferenciar o tratamento.
Existem diversas classes de medicações utilizadas para o Tratamento da Dor, citaremos as mais utilizadas nas Clínicas Especializadas de Dor.
Para ficar mais fácil a compreensão, este Post será dividido em categorias farmacológicas.
ANALGÉSICOS ANTINFLAMATÓRIOS
Chamados de analgésicos antiinflamatórios não esteróides (AINES).
São os mais utilizados.
Têm ação analgésica (para dor de baixa e média intensidade), antipirética (diminui a temperatura) e antiinflamatória (combate inflamação).
O Tratamento deve ser iniciado com doses baixas, que devem ser elevadas conforme orientação médica, pois em determinadas doses não há melhora de efeitos analgésicos e há maior risco de complicações.
Os antiinflamatórios são metabolizados no fígado e excretados pelos rins.
São utilizados principalmente por via oral e tópica (cremes, gel e spray).
Os mais utilizados são: ácido acetil salicílico, ácido mefenâmico, diclofenaco, dipirona, indometacina, meloxicam, nimesulida, paracetamol, piroxicam e tenoxicam (ver os nomes comerciais correspondentes na Página “”Nomes Comerciais dos Medicamentos”).
Os antiinflamatórios apresentam boa resposta analgésica nos casos de dor aguda e nas crônicas com surtos de agudização (aquelas que são contínuas, mas pioram com esforço físico e alguns movimentos).
Devemos tomar cuidado com o uso contínuo destas medicações, pois podem ocasionar efeitos colaterais. Os mais comuns são relacionados ao sistema digestivo como empachamento (a comida fica parada, sensação de barriga cheia o tempo todo), dor no estômago, náuseas, gastrite, úlceras, diarréias e até problemas no fígado. As hemorragias gástricas chegam até 25% dos doentes que usam estas medicações cronicamente. Outros adversidades comuns são alterações no sistema sanguíneo e nos rins. Por este motivo, antes de usar qualquer medicação é muito importante ter uma orientação médica.
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
São muito utilizados em pós-operatórios e em Dor de moderada a forte intensidade.
Podem ser classificados como opiáceos (derivam do ópio), como a codeína, o tramadol e a morfina e opióides sintéticos, como a oxicodona e a metadona.
Podem ser administrados por Via Oral, Retal (através do ânus), Intramuscular e Endovenosa (pela veia).
A codeína e o tramadol são os mais usados para dor musculoesquelética. A Morfina pode ser aplicada diretamente no Sistema Nervoso Central através da Bomba de Morfina. Este procedimento só é utilizado em casos em que todas as opções anteriores não tiveram resultados satisfatórios e não haja contra-indicações.
Já os opióides mais potentes (metadona, morfina e oxicodona) são utilizados para dores de forte intensidade como a Dor Oncológica (Ver Post “A Dor do Câncer” e “Reabilitação na Dor Oncológica”) e Neuropatias (posteiormente escreverei um Post sobre Neuropatias) mais complicadas.
Os analgésicos opiódes são metabolizados pelo fígado e excretados pelos rins e fígado e devem ser usados com cautela.
Seus principais efeitos adversos são: obstipação (efeito que pode contra indicar seu uso em pacientes com dor crônica que já apresentam esta queixa), sonolência, sedação, náuseas, vômitos e até parada respiratória (uso de doses muito elevadas). Deve ser lembrado que estas drogas causam dependência, que deve ser diagnosticada o mais precocemente possível e tratada em equipe multiprofissional.
RELAXANTES MUSCULARES
Existem os de ação muscular e os de ação no Sistema Nervoso Central.
Os mais utilizados na prática são os de ação muscular que proporcionam analgesia e relaxamento muscular.
Os mais conhecidos são: fenilbutasona, carisoprodol e tiocolchisídeo. Devemos lembrar que a maioria dos relaxantes musculares comerciais não estão disponíveis isoladamente, estão sempre associados com analgésicos antiinflamatórios e por este motivo, devemos prestar atenção nas complicações que podem ocasionar.
Entretanto, ocasionalmente há necessidade de sedação além do relaxamento muscular. O mais utilizado nos casos de dor é a ciclobenzaprina. Seus efeitos colaterais são semelhantes aos dos antidepressivos tricíclicos.
CORTICÓIDES
São usados na dor de origem traumática, inflamatória (doenças reumatológicas), neurológicas (neuropatia periférica e do Sistema Nervoso Central) e nas metástases ósseas.
Nas dores musculares são utilizados somente nas crises agudas ou decorrentes de traumas.
Podem ser empregados por via oral, intramuscular, intralesional (colírios e bombinhas para asma, por exemplo) e endovenosa.
Seu metabolismo é hepático e seu uso prolongado pode ocasionar Síndrome de Cushing (rosto em formato de lua, obesidade, hipertensão arterial, osteoporose e diabetes). No tratamento prolongado, a dose deve ser elevada nos surtos. Não pode ser suspenso subitamente, pois pode causar febre, hipotensão arterial, tonturas, diarréia, hipoglicemia e até desmaios.
Os mais comumente utilizados são: prednisona, meticortem, betametasona, hidrocortisona, dexametasona e deflazacort.
ANTIDEPRESSIVOS
São utilizados para o tratamento da dor crônica musculoesquelética, neuropática e profilaxia da enxaqueca.
Têm função sedativa, ansiolítica (diminuem a ansiedade), de relaxamento muscular e até antiinflamatória.
A dor crônica é freqüentemente associada à depressão e o uso destes medicamentos nesta associação pode trazer benefícios sem a necessidade de outras medicações, diminuindo os efeitos colaterais.
Os antidepressivos tricíclicos são aqueles que apresentam resultados mais benéficos no controle da dor.
No tratamento da dor são utilizados em doses baixas, mas podem ser aumentadas caso exista depressão ou distúrbio do sono associados.
Os principais antidepressivos tricíclicos são: amitriptilina, nortriptilina, imipramina e clomipramina. São contra-indicados em pacientes que tem glaucoma, hiperplasia benigna de próstata e arritmias cardíacas específicas.
Seus principais efeitos colaterais são sonolência e obstipação. A amitriptilina pode apresentar também aumento do apetite (principalmente para doces).
Os antidepressivos inibidores de recaptação de serotonina (IRSS) apresentam menor atuação na dor, mas são úteis nas alterações de humor que estão associadas nos casos de dor crônica, ou ainda, em casos em que os antidepressivos tricíclicos não podem ser utilizados.
Os mais usados antidepressivos IRSS são a fluoxetina, paroxetina e citalopran.
Seus principais efeitos adversos são: anorexia (falta de apetite), insônia, cefaléia, diminuição da libido e até dificuldade em ter orgasmos.
Os antidepressivos inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina são medicamentos da mais nova geração e os estudos mostram efeitos significativos na dor crônica. Exemplos: venlafaxina, duloxetina e mirtazapina. Seus principais efeitos colaterais são náuseas, vômitos, cefaléia, tontura e elevação transitória da pressão arterial.
Devemos lembrar que a ação analgésica dos antidepressivos não é imediata, geralmente inicia após 20-30 dias do início do tratamento e seus efeitos colaterais são mais intensos neste período. Estas medicações não podem ser retiradas abruptamente, pois podem ocasionar complicações.
NEUROLÉPTICOS
Têm atividade sedativa, ansiolítica e anti-emética (inibe vômitos) e controlam a dor quando associados com antidepressivos.
Os mais comuns para o tratamento da dor são a clorpromazina e levomepromazina.
Devem ser usados com cautela em idosos e epilépticos. Suas complicações mais freqüentes são: sonolência, confusão mental, desmaios, urticária (alergia na pele), náuseas e dores no estômago.
ANTICONVULSIVANTES
São indicados em casos específicos de dor, a dor paroxística (dor que vem de repente, intensa e que some tão rápido quanto chegou), muito comuns nas neuropatias.
Os mais utilizados são: carbamazepina, oxcarbamazepina, topiramato e gabapentina.
Os principais efeitos colaterais são: tremores, vertigens, sonolência, confusão mental e dor de estômago.
A oxcarbamazepina e a gabapentina têm menos efeitos analgésicos, mas possuem menos efeitos adversos.
BENZODIAZEPÍNICOS
Tem efeito sedativo, ansiolítico (diminuem a ansiedade), anticonvulsivantes e relaxantes musculares. Os mais utilizados no manejo da dor são:diazepam, cloxazolam, alprazolam, midazolam, clonazepam, lorazepam, bromazepam, eo flunitrazepam.
Podem ocasionar hipotensão arterial, bradi ou taquicardia, sedação, tontura, fraqueza, depressão, agitação, déficit de memória e até alterações psiquiátricas.O uso por longo período pode levar a dependência.
CONCLUSÕES
É importante saber que nenhum tratamento medicamentoso é “milagroso” e para conseguirmos melhores resultados, é necessário um bom diagnóstico, a medicação adequada, tratamento de reabilitação personalizado e MUDANÇA DE HÁBITOS. Consulte um médico Fisiatra para obter mais informações sobre o melhor tratamento para seu caso.
OS NOMES COMERCIAIS DOS MEDICAMENTOS CITADOS NESTE POST VOCÊ ENCONTRARÁ NA PÁGINA “NOMES COMERCIAIS DOS MEDICAMENTOS”.
NÃO ACHOU A MEDICAÇÃO QUE ESTAVA PROCURANDO? AINDA COM DÚVIDAS COM RELAÇÃO AO SEU TRATAMENTO MEDICAMENTOSO? DEIXE UM COMENTÁRIO
Existem diversas classes de medicações utilizadas para o Tratamento da Dor, citaremos as mais utilizadas nas Clínicas Especializadas de Dor.
Para ficar mais fácil a compreensão, este Post será dividido em categorias farmacológicas.
ANALGÉSICOS ANTINFLAMATÓRIOS
Chamados de analgésicos antiinflamatórios não esteróides (AINES).
São os mais utilizados.
Têm ação analgésica (para dor de baixa e média intensidade), antipirética (diminui a temperatura) e antiinflamatória (combate inflamação).
O Tratamento deve ser iniciado com doses baixas, que devem ser elevadas conforme orientação médica, pois em determinadas doses não há melhora de efeitos analgésicos e há maior risco de complicações.
Os antiinflamatórios são metabolizados no fígado e excretados pelos rins.
São utilizados principalmente por via oral e tópica (cremes, gel e spray).
Os mais utilizados são: ácido acetil salicílico, ácido mefenâmico, diclofenaco, dipirona, indometacina, meloxicam, nimesulida, paracetamol, piroxicam e tenoxicam (ver os nomes comerciais correspondentes na Página “”Nomes Comerciais dos Medicamentos”).
Os antiinflamatórios apresentam boa resposta analgésica nos casos de dor aguda e nas crônicas com surtos de agudização (aquelas que são contínuas, mas pioram com esforço físico e alguns movimentos).
Devemos tomar cuidado com o uso contínuo destas medicações, pois podem ocasionar efeitos colaterais. Os mais comuns são relacionados ao sistema digestivo como empachamento (a comida fica parada, sensação de barriga cheia o tempo todo), dor no estômago, náuseas, gastrite, úlceras, diarréias e até problemas no fígado. As hemorragias gástricas chegam até 25% dos doentes que usam estas medicações cronicamente. Outros adversidades comuns são alterações no sistema sanguíneo e nos rins. Por este motivo, antes de usar qualquer medicação é muito importante ter uma orientação médica.
ANALGÉSICOS OPIÓIDES
São muito utilizados em pós-operatórios e em Dor de moderada a forte intensidade.
Podem ser classificados como opiáceos (derivam do ópio), como a codeína, o tramadol e a morfina e opióides sintéticos, como a oxicodona e a metadona.
Podem ser administrados por Via Oral, Retal (através do ânus), Intramuscular e Endovenosa (pela veia).
A codeína e o tramadol são os mais usados para dor musculoesquelética. A Morfina pode ser aplicada diretamente no Sistema Nervoso Central através da Bomba de Morfina. Este procedimento só é utilizado em casos em que todas as opções anteriores não tiveram resultados satisfatórios e não haja contra-indicações.
Já os opióides mais potentes (metadona, morfina e oxicodona) são utilizados para dores de forte intensidade como a Dor Oncológica (Ver Post “A Dor do Câncer” e “Reabilitação na Dor Oncológica”) e Neuropatias (posteiormente escreverei um Post sobre Neuropatias) mais complicadas.
Os analgésicos opiódes são metabolizados pelo fígado e excretados pelos rins e fígado e devem ser usados com cautela.
Seus principais efeitos adversos são: obstipação (efeito que pode contra indicar seu uso em pacientes com dor crônica que já apresentam esta queixa), sonolência, sedação, náuseas, vômitos e até parada respiratória (uso de doses muito elevadas). Deve ser lembrado que estas drogas causam dependência, que deve ser diagnosticada o mais precocemente possível e tratada em equipe multiprofissional.
RELAXANTES MUSCULARES
Existem os de ação muscular e os de ação no Sistema Nervoso Central.
Os mais utilizados na prática são os de ação muscular que proporcionam analgesia e relaxamento muscular.
Os mais conhecidos são: fenilbutasona, carisoprodol e tiocolchisídeo. Devemos lembrar que a maioria dos relaxantes musculares comerciais não estão disponíveis isoladamente, estão sempre associados com analgésicos antiinflamatórios e por este motivo, devemos prestar atenção nas complicações que podem ocasionar.
Entretanto, ocasionalmente há necessidade de sedação além do relaxamento muscular. O mais utilizado nos casos de dor é a ciclobenzaprina. Seus efeitos colaterais são semelhantes aos dos antidepressivos tricíclicos.
CORTICÓIDES
São usados na dor de origem traumática, inflamatória (doenças reumatológicas), neurológicas (neuropatia periférica e do Sistema Nervoso Central) e nas metástases ósseas.
Nas dores musculares são utilizados somente nas crises agudas ou decorrentes de traumas.
Podem ser empregados por via oral, intramuscular, intralesional (colírios e bombinhas para asma, por exemplo) e endovenosa.
Seu metabolismo é hepático e seu uso prolongado pode ocasionar Síndrome de Cushing (rosto em formato de lua, obesidade, hipertensão arterial, osteoporose e diabetes). No tratamento prolongado, a dose deve ser elevada nos surtos. Não pode ser suspenso subitamente, pois pode causar febre, hipotensão arterial, tonturas, diarréia, hipoglicemia e até desmaios.
Os mais comumente utilizados são: prednisona, meticortem, betametasona, hidrocortisona, dexametasona e deflazacort.
ANTIDEPRESSIVOS
São utilizados para o tratamento da dor crônica musculoesquelética, neuropática e profilaxia da enxaqueca.
Têm função sedativa, ansiolítica (diminuem a ansiedade), de relaxamento muscular e até antiinflamatória.
A dor crônica é freqüentemente associada à depressão e o uso destes medicamentos nesta associação pode trazer benefícios sem a necessidade de outras medicações, diminuindo os efeitos colaterais.
Os antidepressivos tricíclicos são aqueles que apresentam resultados mais benéficos no controle da dor.
No tratamento da dor são utilizados em doses baixas, mas podem ser aumentadas caso exista depressão ou distúrbio do sono associados.
Os principais antidepressivos tricíclicos são: amitriptilina, nortriptilina, imipramina e clomipramina. São contra-indicados em pacientes que tem glaucoma, hiperplasia benigna de próstata e arritmias cardíacas específicas.
Seus principais efeitos colaterais são sonolência e obstipação. A amitriptilina pode apresentar também aumento do apetite (principalmente para doces).
Os antidepressivos inibidores de recaptação de serotonina (IRSS) apresentam menor atuação na dor, mas são úteis nas alterações de humor que estão associadas nos casos de dor crônica, ou ainda, em casos em que os antidepressivos tricíclicos não podem ser utilizados.
Os mais usados antidepressivos IRSS são a fluoxetina, paroxetina e citalopran.
Seus principais efeitos adversos são: anorexia (falta de apetite), insônia, cefaléia, diminuição da libido e até dificuldade em ter orgasmos.
Os antidepressivos inibidores de recaptação de serotonina e noradrenalina são medicamentos da mais nova geração e os estudos mostram efeitos significativos na dor crônica. Exemplos: venlafaxina, duloxetina e mirtazapina. Seus principais efeitos colaterais são náuseas, vômitos, cefaléia, tontura e elevação transitória da pressão arterial.
Devemos lembrar que a ação analgésica dos antidepressivos não é imediata, geralmente inicia após 20-30 dias do início do tratamento e seus efeitos colaterais são mais intensos neste período. Estas medicações não podem ser retiradas abruptamente, pois podem ocasionar complicações.
NEUROLÉPTICOS
Têm atividade sedativa, ansiolítica e anti-emética (inibe vômitos) e controlam a dor quando associados com antidepressivos.
Os mais comuns para o tratamento da dor são a clorpromazina e levomepromazina.
Devem ser usados com cautela em idosos e epilépticos. Suas complicações mais freqüentes são: sonolência, confusão mental, desmaios, urticária (alergia na pele), náuseas e dores no estômago.
ANTICONVULSIVANTES
São indicados em casos específicos de dor, a dor paroxística (dor que vem de repente, intensa e que some tão rápido quanto chegou), muito comuns nas neuropatias.
Os mais utilizados são: carbamazepina, oxcarbamazepina, topiramato e gabapentina.
Os principais efeitos colaterais são: tremores, vertigens, sonolência, confusão mental e dor de estômago.
A oxcarbamazepina e a gabapentina têm menos efeitos analgésicos, mas possuem menos efeitos adversos.
BENZODIAZEPÍNICOS
Tem efeito sedativo, ansiolítico (diminuem a ansiedade), anticonvulsivantes e relaxantes musculares. Os mais utilizados no manejo da dor são:diazepam, cloxazolam, alprazolam, midazolam, clonazepam, lorazepam, bromazepam, eo flunitrazepam.
Podem ocasionar hipotensão arterial, bradi ou taquicardia, sedação, tontura, fraqueza, depressão, agitação, déficit de memória e até alterações psiquiátricas.O uso por longo período pode levar a dependência.
CONCLUSÕES
É importante saber que nenhum tratamento medicamentoso é “milagroso” e para conseguirmos melhores resultados, é necessário um bom diagnóstico, a medicação adequada, tratamento de reabilitação personalizado e MUDANÇA DE HÁBITOS. Consulte um médico Fisiatra para obter mais informações sobre o melhor tratamento para seu caso.
OS NOMES COMERCIAIS DOS MEDICAMENTOS CITADOS NESTE POST VOCÊ ENCONTRARÁ NA PÁGINA “NOMES COMERCIAIS DOS MEDICAMENTOS”.
NÃO ACHOU A MEDICAÇÃO QUE ESTAVA PROCURANDO? AINDA COM DÚVIDAS COM RELAÇÃO AO SEU TRATAMENTO MEDICAMENTOSO? DEIXE UM COMENTÁRIO