José Júnior relatou em audiência que religioso levaria ordens de Marcinho VP a comparsas soltos
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) deu
início, na tarde desta quinta-feira, à audiência de instrução e
julgamento do processo que investiga o pastor Marcos Pereira da Silva e o
traficante Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, por tráfico de
drogas e associação ao tráfico.
José Júnior também acusou Marcos Pereira de planejar, com outros traficantes, uma onda de ataques violentos no Rio em 2010. Ele reiterou a denúncia de que o pastor estaria por trás de uma série de ações criminosas endereçadas à sede do Afrorreggae, em Vigário Geral, no subúrbio da cidade.
Os delegados Roberto Ramos da Silva e Valéria Aragão também prestaram depoimentos ontem. Eles são responsáveis por etapas do inquérito que desencadeou a denúncia. Segundo os dois, provas testemunhais revelaram que o pastor Marcos Pereira atuava como ‘pombo-correio’ de Marcinho VP. Ele seria encarregado de levar ordens e recados do preso a traficantes das comunidades onde atuava.
Reportagem de Gustavo Ribeiro
Marcinho VP, um dos principais chefes
da facção criminosa Comando Vermelho, está no presídio federal de
Catanduvas, no Paraná, e participou da sessão por videoconferência,
evitando que se ausentasse do sistema penitenciário. O religioso cumpre
pena no Complexo de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ele foi condenado, em
setembro, pelo estupro a uma fiel da Assembleia de Deus dos Últimos
Dias.
A primeira fase da audiência, que
será retomada no dia 8 de outubro, foi destinada a ouvir as testemunhas
de acusação. O coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, foi um dos
convocados pelo Ministério Público (MP) para relatar o suposto
envolvimento entre Marcio Nepomuceno e o pastor.
Júnior contou ao juiz Rubens Casara, da 43ª
Vara Criminal, que tinha uma relação de amizade com Marcos Pereira na
mediação de conflitos em presídios. Ele disse que se afastou do pastor
quando o próprio confirmou que teria estuprado a mulher de um dos
vice-presidentes da igreja que dirigia. O coordenador do AfroReggae
revelou que sofreu ameaças de traficantes dos Complexos da Penha e do
Alemão depois que passou a oferecer proteção ao vice-presidente da
igreja em sua ONG.
José Júnior também acusou Marcos Pereira de planejar, com outros traficantes, uma onda de ataques violentos no Rio em 2010. Ele reiterou a denúncia de que o pastor estaria por trás de uma série de ações criminosas endereçadas à sede do Afrorreggae, em Vigário Geral, no subúrbio da cidade.
Os delegados Roberto Ramos da Silva e Valéria Aragão também prestaram depoimentos ontem. Eles são responsáveis por etapas do inquérito que desencadeou a denúncia. Segundo os dois, provas testemunhais revelaram que o pastor Marcos Pereira atuava como ‘pombo-correio’ de Marcinho VP. Ele seria encarregado de levar ordens e recados do preso a traficantes das comunidades onde atuava.
Reportagem de Gustavo Ribeiro
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