Como se fosse fácil se despedir , deixar de lado. Se a vida é mesmo a arte do encontro a hora da despedida é , de certa forma , uma morte nostálgica. Porque as saudades corrompem as certezas , e a distância destrói pouco a pouco as vontades . E restam-se as memórias , os imprevistos,os pontos remotos . Mas também há espaço para os reencontros . Despedir-se é , portanto , somente uma chance de se renovar os encontros , um espaço para um novo contato , mesmo que esse só seja evidenciado tempos depois . Na sombra das saudades fica-se o até logo , o logo mais . Na sombra da espera ficam-se as pessoas . E no meio disso tudo restam-se os futuros , daqueles feitos na mente , recheados do imaginário e de cenas desenhadas . Um futuro de espera , a demora do novamente . Quando as mãos não mais se entrelaçam e o abraço amorna , a melhor opção é deixar ir . Quando as conversas ficam frouxas e o riso não mais desperta , é a hora do desapego . As pausas são necessárias , clichê do recuar para avançar . Clichê das necessidades , das saudades , da falta e do afeto . Deixe no ar o até logo , o até breve , o logo mais. Deixe que o vento traga de novo , deixa que te tragam de novo , ou só espere o tempo certo para ir atrás .A verdade é que a vida também precisa de férias , os sentimentos também precisam de paz.
A hora do desapego
As abelhas nos dão um grande exemplo de DESAPEGO. Após construírem a colméia, elas abandonam-na. E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento. Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado. Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás. Num ato incomum, abandonam tudo o que levaram a vida para construir. Simplesmente, o soltam sem preocupação se vai para outro. Deixam o melhor que têm, seja pra quem for - o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou dirigir a doação para alguém de nossa preferência.
Se queremos ser livres, parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar um único desejo: o de nos transformar. Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda. O sofrimento vem da fixação a algo ou a alguém. O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar. Se não abrirmos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?"
A hora do desapego
As abelhas nos dão um grande exemplo de DESAPEGO. Após construírem a colméia, elas abandonam-na. E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento. Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado. Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás. Num ato incomum, abandonam tudo o que levaram a vida para construir. Simplesmente, o soltam sem preocupação se vai para outro. Deixam o melhor que têm, seja pra quem for - o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou dirigir a doação para alguém de nossa preferência.
Se queremos ser livres, parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar um único desejo: o de nos transformar. Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda. O sofrimento vem da fixação a algo ou a alguém. O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar. Se não abrirmos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?"
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