Em cada etapa da vida, os medos surgem de forma diferente. Se na infância, o bicho-papão ou o monstro embaixo da cama te faziam chorar, na adolescência, o vestibular foi o grande vilão.
O medo constitui uma etapa normal do desenvolvimento humano e é inclusive considerado um elemento que protege a vida. Cada um conhece seus próprios medos e deve saber como enfrentá-los. Mas quando ele te impede de manter a sua rotina normalmente e você começa a ter transtornos de ansiedade, pode ser indícios de uma fobia.
Conforme Luiz Gonzaga Leite, chefe do departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula (São Paulo), quando o medo ganha maior proporção e não se justifica, impondo limitações à vida da pessoa, não deve ser desprezado e considerado como apenas mais um medo entre outros.
"O medo é uma reação emocional a um perigo real externo, enquanto a fobia é um medo irracional em relação a algo que não apresenta riscos iminentes. Essa reação geralmente é acompanhada de muita ansiedade", diz o psicólogo.
As fobias atingem 10% da população. Na maioria das vezes, os fóbicos são inteligentes, responsáveis, sensíveis, com certa tendência a ser detalhistas e controladores. "O paciente fóbico tenta substituir seu medo ‘sem nome’ da angústia pura e indefinível que sente, por um conteúdo ou uma situação aparentemente lógica", diz o psicólogo.
Conheça as sete fobias mais comuns:
1.Claustrofobia: medo de lugares fechados, como elevadores, túneis, ambientes pouco ventilados e até mesmo equipamentos de tomografia e ressonância magnética;
2.Agorafobia: medo de espaços abertos e cheios de gente, como estádios, shopping centers e locais de shows;
3.Glossofobia: medo de falar em público;
4.Hipsiofobia: medo de altura;
5.Amaxofobia: medo de andar de carro;
6.Hidrofobia: medo de água, de entrar em piscinas e nadar no mar;
7.Eritrofobia: medo de sangue.
Segundo o especialista, entre várias abordagens, o tratamento de fobias que faz uso de psicoterapia tem alcançado muito sucesso. Em alguns casos, é necessário fazer uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos para baixar os níveis de ansiedade.
"O papel do psicólogo tem de ser ativo, levando o paciente a confrontar seus temores. Quando a neurose que desencadeia a fobia contém traços obsessivos, é necessário um tratamento mais profundo", diz Luiz Gonzaga Leite. Por:
Juliana Lopes
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