Monique vivia confinada a uma cadeira de rodas desde os 13 anos, quando perdeu o movimento de uma de suas pernas após sofrer complicações em uma operação no tornozelo. Estimulada por amigos e pelos pais decidiu se dedicar ao ciclismo, seu esporte favorito. Monique passou a competir em jogos paraolímpicos conquistando seis títulos europeus e três mundiais. “Aprendi a lidar com muletas e cadeiras de rodas. Era algo desconfortável que limitava meus sonhos, mas eu era feliz com o que havia conquistado”,
Em 2008, no entanto, a situação piorou. Atingida por um carro enquanto andava em sua bicicleta adaptada, Monique sofreu um trauma na medula espinhal que a deixou completamente paralisada da cintura para baixo. “Parecia que o destino queria tirar a minha vida aos poucos. Eu tinha dúvidas se conseguiria reagir, cheguei a pensar em desistir de tudo, mas voltei a competir”, disse.
No ano passado, Monique se envolveu em um segundo acidente, desta vez com um ciclista. Seu corpo, no chão, entrou em espasmo e ela começou a sentir um formigamento inédito nos pés. Os médicos ainda estão investigando o que aconteceu. O fato é que Monique aos poucos recuperou os movimentos e voltou a andar. “É muito bom caminhar lado a lado com alguém e ser capaz de olhar diretamente nos olhos dessa pessoa”, disse.
Melhor que isso, segundo ela, é competir com os melhores do mundo. Assim que pode apoiar os dois pés no chão, recuperou a forma e trocou sua bicicleta de mão por um modelo convencional. No início desta semana foi contratada pela equipe holandesa de ciclismo feminino. “Meu sonho? Disputar as próximas olimpíadas e ganhar uma medalha”, disse. Seria bom se todas as histórias terminassem assim.
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