Conheça dicas de especialistas para não estragar o regime, beber na medida certa e conservar os alimentos da ceia
Comer bem – e sem estragar o regime
Não é fácil começar uma dieta neste período do ano. Mas é possível aproveitar o cardápio das festas sem ter que correr muito atrás do prejuízo depois. Os aperitivos costumam ser tão calóricos quanto os pratos principais. É comum se perder na quantidade de salames, azeitonas, amendoins e batatinhas ao conversar com os amigos e familiares. “Dê preferência às frutas para fugir dos aperitivos calóricos”, afirma Walmir Coutinho, presidente da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade.
As especialidades de final de ano como chocotones e rabanadas são altamente calóricas. “É aconselhável que a pessoa se alimente antes das festas. Uma refeição moderada impede abusos”, afirma Coutinho. “O consumo excessivo de carne de porco, a ausência de fibras, o abuso de doces e a ingestão exagerada de álcool são os principais vilões da saúde nas festas de final de ano” afirma Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração.
Dicas
- Evite maionese e pratos com molhos. Ou, pelo menos, não exagere.
- Escolha apenas um tipo de carboidrato no prato. Normalmente são diferentes tipos de arroz e farofas de acompanhamento.
- Procure preencher o prato com um tipo de carne branca. Divida o prato: metade com saladas e o restante com acompanhamentos saudáveis. Escolha apenas um tipo de sobremesa e opte por frutas que auxiliam na digestão, como o abacaxi.
- Lembre-se de que os chocotones são mais calóricos do que os panetones tradicionais com frutas cristalizadas.
Dá para beber sem estragar a diversão
O consumo de álcool é o principal responsável por acidentes no trânsito. No Brasil, 47% das mortes no trânsito estão ligadas à bebida. Por isso, além dos problemas de saúde, beber com moderação, respeitando os seus limites, pode significar poupar vidas. Não vá de carro para as festas. Se for necessário, peça um táxi.
As bebidas alcoólicas também afetam a balança. Elas são altamente calóricas. “O vinho é a bebida que menos contribui para ganho de peso”, afirma Coutinho.
Para evitar intoxicação alimentar
Os alimentos podem estar contaminados por bactérias e não apresentar cheiro, gosto ou aparência de estragado. Para prevenir contaminação e uma possível intoxicação alimentar, mantenha-os refrigerados o maior tempo possível. “O ideal é deixá-los dentro da geladeira”, afirma Maria Bernadete de Paula Eduardo, responsável Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentos da Secretaria do Estado de São Paulo.
Se você for preparar a ceia de natal, ou quiser fazer algum prato para outras festas, fique atento às seguintes orientações:
- Lave as mãos antes de cozinhar
- Conheça a origem dos alimentos que você pretende preparar em casa ou fora
- Tente preparar a quantidade exata de alimentos que sua família e amigos vão consumir
- Lave frutas e verduras com água corrente antes do consumo. Caso seu prato seja servido com vegetais crus, deixe-os de molho por 15 minutos em produto indicado para desinfecção, como hipoclorito de sódio
- Uma cozinha limpa terá menos chance de contaminação
- Conserve os alimentos em local apropriado
- Evite misturar alimentos de origens diferentes, como carnes e verduras, no mesmo compartimento da geladeira ou em cima da pia
- Não use a mesma faca na preparação de diferentes alimentos
- Cozinhe, asse ou frite muito bem os alimentos a serem consumidos. Sempre aqueça as sobras antes de ingeri-las.
- Verifique se o produto comprado no supermercado está limpo e confira a data de validade. Certifique-se de que o lacre não está rompido e de que não há furos na embalagem. Veja se o alimento possui certificação, como o do SIF (Serviço de Inspeção Federal) no caso das carnes
- A demora para servir a ceia pode deixar molhos e maioneses expostos ao calor e isso facilitará a contaminação. Mantenha-os refrigerados
- Em restaurantes, observe com atenção a higiene do local. Comidas em buffet, se não estiverem quentes ou refrigeradas adequadamente, oferecem mais riscos de contaminação
ALEXANDRE DE MELO
Revista Época
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