Híbrido de surfe com remo, o stand up paddle, ou SUP, é um esporte disfarçado de lazer. A pessoa fica em pé sobre uma prancha e rema, rema, rema. Simples assim.
Simples e divertido, mas também trabalha braços, pernas, abdome e pode queimar até 360 calorias por hora, segundo a professora de educação física Verônica Guerra, que dá aulas da modalidade em Santos (SP).Wanezza Soares/Folhapress | ||
Praticantes de stand up paddle na represa de Guarapiranga, em São Paulo |
Uma aula é suficiente para conhecer as técnicas básicas do esporte, como remar inclinando o corpo para a frente e tirar o remo da água antes de ele ultrapassar a linha do quadril, para não forçar a coluna lombar.
"Não é para ficar parado em cima da prancha. Se a pessoa ficar dura demais, vai ter dor nas costas, nos ombros e no pescoço", avisa Luciana Kern, fisioterapeuta especialista em coluna.
Antes ou depois dessa atividade, Meneghello aconselha alongamentos de glúteos, tronco e braços.
Fazer um bom trabalho de fortalecimento muscular contribui para o desenvolvimento de uma remada eficiente e para diminuir risco de lesões. A prática é desaconselhada para quem tem problemas ortopédicos, como desvios na bacia ou diferença no comprimento das pernas.
ABDOMINAL EM PÉ
No SUP, além da diversão, o corpo é trabalhado globalmente. O esforço da perna para se manter na prancha quando há ondulações é grande, podendo ser maior que o do braço na remada.
O abdome também é exigido sem trégua. "A cada remada ele é contraído e depois relaxado. A pessoa faz esse movimento diversas vezes e o intervalo entre as remadas é curto", diz Ricardo Munhoz, professor de SUP do Clube Tempo, na represa de Guarapiranga, em São Paulo.
"É como um abdominal em pé", resume Marcelo Dias, professor da escola Andrea Moller SUP Ilhabela.
Corpo tonificado, sim, mas bombado, não, esclarece Dias. No SUP não há trabalho de hipertrofia como nos treinos mais pesados de academia. "Esta é a temporada do SUP no Brasil", afirma ele.
Dias percebeu o potencial desse esporte e começou a representar fabricantes estrangeiros de pranchas por aqui. A prancha para SUP é maior do que a tradicional de surfe --e nada barata. Os preços partem de R$ 3.000. Já o preço do remo varia bastante: de R$ 200 a R$ 1.100.
Ricardo Munhoz também aluga e vende pranchas de SUP e tradicionais. Ele conta que, atualmente, de cada dez modelos vendidos por ele, nove são de SUP.
ONDE PRATICAS
Ricardo Munhoz: ricardo@tempowindclube.com.br (R$ 80 a aula)
Marcelo Dias: ecotreinoilhabela@gmail.com (R$ 100 a aula)
Verônica Guerra: veronica-guer ra@ig.com.br (R$ 100 a aula)
MANUELA MINNS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
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