A primeira edição da Farmacopeia brasileira foi oficializada pelo governo federal em novembro de 1926, tornando-se obrigatória a partir de agosto de 1929. "A quase centenária Farmacopeia brasileira ilustra um ciclo de grande importância para o País", afirma o presidente da Comissão da Farmacopeia Brasileira (CFB), Gerson Antônio Pianetti. Como revela o histórico da publicação, ela vem conquistando "seu espaço, de fato e de direito, como instrumento fundamental de apoio às políticas nacionais de saúde emanadas de governos com projetos sérios de proteção ao cidadão brasileiro", acrescenta Pianetti.
Compete à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a revisão e a atualização da Farmacopeia. Para a elaboração e a publicação das edições da Farmacopeia brasileira, a Anvisa nomeou a CFB e diversos comitês técnicos temáticos, responsáveis por fornecer subsídios em áreas específicas do conhecimento.
Dessa forma, a CFB e seus comitês, em consonância com a Anvisa, trazem à sociedade brasileira um novo código totalmente revitalizado, apresentado em dois volumes - Métodos Gerais e Monografias. Em sua quinta edição, a Farmacopeia brasileira inclui 176 métodos gerais e 599 monografias, das quais 277 versam sobre insumos farmacêuticos, 210 sobre especialidades, 57 sobre plantas medicinais, seis sobre correlatos, 30 sobre produtos biológicos e 19 sobre hemocomponentes e hemoderivados.
Com 548 páginas, o Volume I aborda métodos gerais aplicados a medicamentos; métodos físicos e físico-químicos; métodos químicos; métodos de farmacognosia; métodos biológicos, ensaios biológicos e microbiológicos; métodos imunoquímicos; e métodos físicos aplicados a materiais cirúrgicos e hospitalares. Aborda também recipientes para medicamentos e correlatos; preparação de produtos estéreis; procedimentos estatísticos aplicáveis aos ensaios biológicos; radiofármacos; equivalência farmacêutica e bioequivalência de medicamentos; água para uso farmacêutico; substâncias químicas de referência; substâncias corantes; e reagentes. Estão incluídos ainda quatro anexos: Tabela periódica dos elementos químicos; Unidades do Sistema Internacional usadas na Farmacopeia e as equivalências com outras unidades; Solventes para cromatografia; e Alcoometria.
Já o Volume II, com 904 páginas, reúne as centenas de monografias, de A a Z, isto é, de 'abacateiro' à 'zidovudina e lamivudina comprimidos'. Cada monografia contém informações como características, descrições, identificação, ensaios de pureza, testes de segurança biológica, doseamento, embalagem e armazenamento, rotulagem etc.
Ao se somar aos esforços da Anvisa nessa quinta edição da Farmacopeia brasileira, a Fundação Oswaldo Cruz, por meio da Editora Fiocruz, reafirma seu compromisso com o avanço da ciência e com a saúde da população.
Serviço:
Farmacopeia Brasileira - 5ª edição
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Coedição Editora Fiocruz
Preço: R$ 890 (Volumes I + II)
Fonte: Editora Fiocruz
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