Pessoas difíceis que convivemos
Por
mais difícil que seja uma pessoa que convivemos, por mais ruins ou
aparentemente condenáveis sejam as suas atitudes, esta pessoa tem razões
para estar sendo o que é.
É
verdade que, falando assim, parece que tudo e qualquer atitude se
justifica e não é isso, de forma alguma. O que estou tentando fazer é
propor uma ampliação de olhar sobre aquelas pessoas mais complicadas
que convivemos. Estou nos remetendo ao nosso poder de compreensão. Que
quando aplicado em mão dupla faz uma grande diferença nas nossas
relações.
Eu
sempre digo que cada jeito de ser, representado por ações e
comportamentos, só pode ser compreendido a luz das razões e histórias de
vida de cada um e isso é de fato. Sim, para mim, psicóloga de alguma
maneira esta compreensão pode ser mais fácil. Mas a questão aqui é botar
isto em prática alem das fronteiras do consultório, com as pessoas que
interagimos no corriqueiro do dia a dia.
Muitas vezes quando eu falo em aceitação e compreensão as pessoas argumentam que
não podemos andar por ai tentando entender a todos os que cruzamos, e é
verdade. O que podemos tentar fazer é condenar um pouco menos, pois
isso não cabe a nós e não contribui em nada. Cabe a nós é a nossa
consciência de qual é a nossa parcela ou colaboração nesta loucura que
estão as relações no mundo.
E
podem ter certeza, quando nós observamos uma atitude muito difícil
vinda de alguém que nos relacionamos: ações agressivas, brutalidades,
gestos muito egoístas, disputas desnecessárias... Esta pessoa só faz
isso por ter um tanto de dificuldades considerável, que o impedem de
olhar o outro e estar de bem com a vida. E isso é terrível para quem
vivencia.
Pois
a nossa melhor parcela de colaboração para a melhora destas pessoas é
não entrar neste movimento e deixar que o outro se de conta de si mesmo.
E isto é muito!
por Claudia Gluguieri
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