Evento que vai até sexta-feira na universidade arrecadará fundos para a Marcha da Maconha
SÃO PAULO - “O uso de drogas pode ser prejudicial à saúde, à família,
à tradição e à propriedade”. Esta é uma das frases do bem-humorado
cartaz que convida os alunos da Universidade de São Paulo (USP) a
participarem, até sexta-feira (20), da “Semana da Barba, Bigode e
Baseado”. Os organizadores do evento, que começou na noite desta
segunda-feira (16), sob clima paz e amor no campus da Faculdade de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), frisam que não se trata de
uma apologia às drogas e sim uma semana de conscientização e debate
sobre a necessidade de “libertar o seu corpo”.
— Cada um deve poder fazer o que quiser. O evento não é só sobre maconha, e sim sobre liberdade sexual e de gênero — diz o estudante Guilherme Telles, de 19 anos. — Gostaríamos também de ver a polícia fora da USP — completa ele, em referência à presença mais ostensiva da PM desde a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, em maio do ano passado.
O tema é alvo de polêmica e divide os alunos da USP. Mas não os que compareceram à abertura da “Semana do Baseado”, que exibiu o filme colombiano "Maria Cheia de Graça", seguido de um debate. Até sexta-feira, haverá filmes, discussões e palestras sobre drogas, sexualidade e gênero. O evento acaba com uma festa para arrecadar fundos para a Marcha da Maconha (movimento que defende a descriminalização da droga no Brasil).
— Ainda bem que não teve confusão nenhuma (com a polícia) aqui até agora. Queremos liberdade, e a polícia nos nega isso quando revista alunos, professores e faz blitz — diz Luisa, que cursa o sétimo período de Ciências Sociais e prefere não dar o sobrenome com medo de represálias. — Eles estão processando os alunos que ocuparam a reitoria no ano passado, que podem ser expulsos.
Em novembro do ano passado, PMs detiveram três estudantes que portavam maconha no campus. Em apoio a eles, alunos organizaram uma invasão à reitoria e houve confrontos com a polícia. A assessoria de imprensa da USP não quis se pronunciar sobre a “Semana do Baseado”, alegando que se trata de um movimento organizado pelos alunos, no caso, o Fuma (Frente de Uspiana de Mobilização Antiproibicionista, fundado após os eventos de 2011.
Em nota, o Fuma diz querer “marretar esses muros de hipocrisia que escondem os comportamentos criminalizados”. Segundo os organizadores, ao contrário do que foi dito, eles não defendem um privilégio exclusivo aos alunos da USP de poder fumar baseado no campus, mas sim a legalização da maconha “em todo o Brasil”. Além de outras liberdades, como a sexual. Nesta terça-feira (17), haverá um ato simbólico: um fumo coletivo. Os alunos garantem, no entanto, que os cigarros conterão apenas óregano.
— Cada um deve poder fazer o que quiser. O evento não é só sobre maconha, e sim sobre liberdade sexual e de gênero — diz o estudante Guilherme Telles, de 19 anos. — Gostaríamos também de ver a polícia fora da USP — completa ele, em referência à presença mais ostensiva da PM desde a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, em maio do ano passado.
O tema é alvo de polêmica e divide os alunos da USP. Mas não os que compareceram à abertura da “Semana do Baseado”, que exibiu o filme colombiano "Maria Cheia de Graça", seguido de um debate. Até sexta-feira, haverá filmes, discussões e palestras sobre drogas, sexualidade e gênero. O evento acaba com uma festa para arrecadar fundos para a Marcha da Maconha (movimento que defende a descriminalização da droga no Brasil).
— Ainda bem que não teve confusão nenhuma (com a polícia) aqui até agora. Queremos liberdade, e a polícia nos nega isso quando revista alunos, professores e faz blitz — diz Luisa, que cursa o sétimo período de Ciências Sociais e prefere não dar o sobrenome com medo de represálias. — Eles estão processando os alunos que ocuparam a reitoria no ano passado, que podem ser expulsos.
Em novembro do ano passado, PMs detiveram três estudantes que portavam maconha no campus. Em apoio a eles, alunos organizaram uma invasão à reitoria e houve confrontos com a polícia. A assessoria de imprensa da USP não quis se pronunciar sobre a “Semana do Baseado”, alegando que se trata de um movimento organizado pelos alunos, no caso, o Fuma (Frente de Uspiana de Mobilização Antiproibicionista, fundado após os eventos de 2011.
Em nota, o Fuma diz querer “marretar esses muros de hipocrisia que escondem os comportamentos criminalizados”. Segundo os organizadores, ao contrário do que foi dito, eles não defendem um privilégio exclusivo aos alunos da USP de poder fumar baseado no campus, mas sim a legalização da maconha “em todo o Brasil”. Além de outras liberdades, como a sexual. Nesta terça-feira (17), haverá um ato simbólico: um fumo coletivo. Os alunos garantem, no entanto, que os cigarros conterão apenas óregano.
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