Hillary diz que Dilma “criou padrão para o mundo” no combate à corrupção
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, afirmou na terça-feira,
dia 17, que, em um futuro próximo, o mundo será dividido entre governos abertos
e fechados, e não mais entre nações do norte e do sul. Em elogio à Dilma Rousseff,
Hillary afirmou que o combate à corrupção implementado pela presidenta brasileira
criou um “padrão mundial” para o enfrentamento de irregularidades. “Nós agora temos
oportunidade de estabelecer novos padrões mundiais para a boa governança, a prestação
de contas, e nenhum melhor parceiro para essa iniciativa do que o Brasil”, disse.
A secretária dos Estados Unidos disse também que a corrupção “mata o potencial
dos países, drena recursos, protege líderes desonestos e tira a motivação da população
de melhorar suas sociedades”. Hillary afirmou que num mundo cada vez mais tecnológico,
é cada vez mais difícil um Estado se manter fechado e alheio ao que acontece no
mundo — ela citou a Primavera Árabe como exemplo da força da internet.
Comércio Brasil x EUA
Na segunda-feira, dia 16, Hillary afirmou que Brasil e Estados Unidos precisam
considerar um acordo de livre comércio durante o evento “Visão para a Parceria Econômica
no Século 21”,
promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pela Amcham (Câmara Americana
de Comércio).
A secretária não aprofundou a eventual necessidade de um acordo de livre
comércio entre os países, mas elogiou os momentos das duas economias. “A sua dimensão
econômica [do Brasil] se torna cada vez mais importante, não só para os dois países,
mas para o mundo”, disse, destacando a importância da expansão da classe média brasileira.
Hillary afirmou ainda que a chave do sucesso econômico de Brasil e EUA é
a inovação aliada com a preocupação com o meio ambiente. “Em época de incerteza
econômica, como é possível manter o impulso econômico, esse crescimento que é o
combustível da prosperidade? Grande parte da resposta é a inovação, que é o elemento
chave das nossas relações bilaterais”, disse.
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