Um menino britânico de três anos
foi mantido vivo com um coração artificial por mais de oito meses,
tempo considerado recorde para uma criança na Grã-Bretanha.
Joe Skerratt, de Kent, no sudeste britânico, foi
diganosticado com cardiomiopatia dilatada, condição em que o coração
tem dificuldades para bombear o sangue pelo corpo.A mãe de Joe, Rachel, disse que a família começou a perceber a "personalidade dele voltar à vida" quando ele foi conectado ao coração artificial. Mas essa etapa foi apenas o começo de uma longa espera por um doador de órgão.
"Quando ele passou a marca de 200 dias ligado ao coração artificial, começamos a nos perguntar o que poderia ser feito caso não conseguíssemos (um doador). Mas no fundo sabíamos que não havia muito a ser feito", disse Rachel.
Diagnóstico
O diagnóstico de cardiomiopatia foi feito quando Joe tinha apenas três semanas de vida. Pálido, ele foi levado ao hospital por seus pais, e um exame de raio-x mostrou que seu coração estava muito acima do tamanho normal. Os médicos identificaram que ele tinha um problema genético - a síndrome de Barth, que provoca fraqueza muscular, baixa estatura e dificuldades de alimentação.Em dezembro de 2010, o quadro era delicado: o coração de Joe estava começando a falhar, e os médicos descobriram que suas válvulas não estavam funcionando. O órgão havia aumentado ainda mais de tamanho, ocupando espaço demais em seu peito.
Dias depois, a criança sofreu duas paradas cardíacas enquanto estava no hospital. Foi transferida para o hospital londrino Great Ormond Street, onde seu coração parou pela terceira vez.
Estabilizado, ele foi conectado ao "Berlin Heart", o coração artificial, que é do tamanho de uma geladeira portátil pequena.
'Muito tempo conosco'
Após a cirurgia, o peito de Joe não foi fechado por quatro dias, e os pais puderam ver seu novo coração funcionando. "Ver o órgão, de tamanho normal, batendo em seu peito, foi incrível", disse Rachel.A primeira noite após a alta do hospital foi celebrada com a refeição favorita de Joe: pizza.
"Estamos realmente felizes com o fato de ele estar tão bem, depois de passar tanto tempo conosco no hospital", disse o cardiologista pediátrico Alessandro Giardini.
"Somos eternamente gratos à família do doador", agregou Rachel. "Não podemos imaginar (a dor) pela qual eles passaram, mas sua generosidade durante um momento tão horrível foi incrível."
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