Falta de prevenção leva população masculina a liderar sobrepeso
Na semana em que o Ministério da Saúde revelou que o brasileiro, em
sua maioria, luta contra a balança, as estatísticas mostram que são os
homens os que têm os piores hábitos alimentares e, por consequência, são
os que mais aparecem nas tabelas sobre excesso de peso e obesidade. A
pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas
por Inquérito Telefônico (Vigitel) informou que, em 2011, 52,6% da
população masculina apresentavam sobrepeso — Índice de Massa Corporal
(IMC) acima de 25 e menor que 30 —, contra 44,7% das mulheres.
Veja infográfico com diferenças na alimentação de homens e mulheres
Quando se trata de obesidade — IMC maior que 30 —, há um empate técnico entre homens e mulheres, com 16% para cada gênero. Mas são os homens que consomem mais carne com gordura, bebem álcool de forma abusiva, tomam refrigerante.
Para o psiquiatra Adriano Segal, diretor de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), o excesso de peso atinge mais a população masculina não por diferenças fisiológicas entre homens e mulheres, mas por aspectos culturais.
— Não apenas no Brasil, mas na maioria dos países, a mulher aceita mais que se vá ao médico e se cuide de forma preventiva. Eles, em vez de prevenir, já nos buscam para fazer o tratamento.
O desleixo dos homens com a prevenção, segundo o psiquiatra, reflete não só no tamanho da barriga como na expectativa de vida, já que os hábitos alimentares são um dos fatores na hora de calculá-la. De acordo com os dados mais recentes do IBGE, a expectativa dos homens brasileiros ao nascer é de 70,65 anos, enquanto para as mulheres chega a 77,41 anos.
Segal alerta que, apesar de as estatísticas apresentadas pelo Ministério da Saúde mostrarem que a população masculina, a medida em que chega à terceira idade, passa a consumir menos carne vermelha, tal moderação não pode ser considerada a melhor das vantagens. Segundo a pesquisa, a partir da faixa etária de homens entre 18 e 24 anos, 51% comem carne com gordura regularmente. Entre os que já passaram dos 65, o consumo cai para 27,6%. Os números, segundo Segal, transparecem na média de idade dos pacientes que o procuram em seu consultório. Segundo o médico, a maioria já chegou aos 40 anos.
— A deposição de gordura ruim nas paredes dos vasos sanguíneos começa cedo, na infância. Se o homem resolver reduzir o consumo exagerado de carne gordurosa aos 50, a gordura estará lá (nos vasos). O hábito do passado vai cobrar seu preço no futuro.
O endocrinologista Henrique Suplicy, concorda que a obesidade masculina ocorre com mais frequência por aspectos culturais. Em seu consultório, para cada 20 mulheres atendidas, chega um homem.
— Não há tendência fisiológica para homens acumularem mais gorduras que as mulheres. A diferença está apenas no fato que homens acumulam mais gordura no abdomem, enquanto elas nas coxas e quadril. O excesso de peso, no entanto, tem aumetado para ambos os sexos, mas a maioria masculina é um aspecto cultural, falta de vaidade — diz Suplicy, que recomenda o consumo de carne de peixe, lombo de porco e frango sem pele em detrimento da carne bovina, mais gordurosa.
Veja infográfico com diferenças na alimentação de homens e mulheres
Quando se trata de obesidade — IMC maior que 30 —, há um empate técnico entre homens e mulheres, com 16% para cada gênero. Mas são os homens que consomem mais carne com gordura, bebem álcool de forma abusiva, tomam refrigerante.
Para o psiquiatra Adriano Segal, diretor de Psiquiatria e Transtornos Alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), o excesso de peso atinge mais a população masculina não por diferenças fisiológicas entre homens e mulheres, mas por aspectos culturais.
— Não apenas no Brasil, mas na maioria dos países, a mulher aceita mais que se vá ao médico e se cuide de forma preventiva. Eles, em vez de prevenir, já nos buscam para fazer o tratamento.
O desleixo dos homens com a prevenção, segundo o psiquiatra, reflete não só no tamanho da barriga como na expectativa de vida, já que os hábitos alimentares são um dos fatores na hora de calculá-la. De acordo com os dados mais recentes do IBGE, a expectativa dos homens brasileiros ao nascer é de 70,65 anos, enquanto para as mulheres chega a 77,41 anos.
Segal alerta que, apesar de as estatísticas apresentadas pelo Ministério da Saúde mostrarem que a população masculina, a medida em que chega à terceira idade, passa a consumir menos carne vermelha, tal moderação não pode ser considerada a melhor das vantagens. Segundo a pesquisa, a partir da faixa etária de homens entre 18 e 24 anos, 51% comem carne com gordura regularmente. Entre os que já passaram dos 65, o consumo cai para 27,6%. Os números, segundo Segal, transparecem na média de idade dos pacientes que o procuram em seu consultório. Segundo o médico, a maioria já chegou aos 40 anos.
— A deposição de gordura ruim nas paredes dos vasos sanguíneos começa cedo, na infância. Se o homem resolver reduzir o consumo exagerado de carne gordurosa aos 50, a gordura estará lá (nos vasos). O hábito do passado vai cobrar seu preço no futuro.
O endocrinologista Henrique Suplicy, concorda que a obesidade masculina ocorre com mais frequência por aspectos culturais. Em seu consultório, para cada 20 mulheres atendidas, chega um homem.
— Não há tendência fisiológica para homens acumularem mais gorduras que as mulheres. A diferença está apenas no fato que homens acumulam mais gordura no abdomem, enquanto elas nas coxas e quadril. O excesso de peso, no entanto, tem aumetado para ambos os sexos, mas a maioria masculina é um aspecto cultural, falta de vaidade — diz Suplicy, que recomenda o consumo de carne de peixe, lombo de porco e frango sem pele em detrimento da carne bovina, mais gordurosa.
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