4.18.2012

BEBA ZERO DE REFRIGERANTE

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CONSUMO EXAGERADO DE REFRIGERANTE PODE ESTAR RELACIONADO ÀS DOENÇAS RESPIRATÓRIAS

Consumo exagerado de refrigerante pode estar relacionado às doenças respiratórias
Pesquisa mostra que consumidores de refrigerante possuem um risco 1,2 vezes maior de desenvolver asma.


Quanto menos, melhor. Assim deve ser a relação de crianças e adultos com o refrigerante. E esta constatação não está ligada somente à obesidade. Um estudo realizado na Universidade de Adelaide, na Austrália, revelou que beber muito refrigerante pode contribuir para o desenvolvimento de doenças respiratórias. Também neste ano, outro estudo indicou que consumir refrigerante aumenta o risco de ataque cardíaco.

Os responsáveis pelo estudo entrevistaram 16.907 pessoas do sul da Austrália, entre março de 2008 e junho de 2010. Todos tinham, no mínimo, 16 anos. Na entrevista, além dos refrigerantes normais, os pesquisadores questionaram o consumo de águas saborizadas e isotônicos.

O resultado do estudo revelou números preocupantes. Segundo os pesquisadores, a cada 10 adultos, um consumia mais do que meio litro de refrigerante por dia, sendo que 13,3% dos participantes diagnosticados com asma e 15,6% dos que apresentavam Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) informaram que bebiam mais do que meio litro de refrigerante por dia. Os consumidores de refrigerante tinham um risco 1,2 vezes maior de desenvolver asma e 1,7 vezes maior de desenvolver DPOC.

Refrigerante aliado ao cigarro
Ainda segundo os responsáveis pela pesquisa, o risco de desenvolver essas doenças respiratórias sobe quando a pessoa fuma. Com relação à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é de 6.6 vezes maior. O estudo que foi divulgado no periódico Respirology.

Coca Zero dá câncer? Veja o que dizem especialistas sobre textos que circulam na internet

Tatiana Pronin
Do UOL, em São Paulo
“Coca Zero dá câncer”. Vez ou outra você recebe um spam com esse título. Há alguns anos, circula pela internet o boato de que o refrigerante teria sido proibido nos EUA e que apenas países "subdesenvolvidos", como o Brasil, continuariam a vender esse "veneno negro". Alguns desses textos são assinados por supostos médicos e são recheados de links. Você até pode deletar o e-mail, mas fica com uma pulga atrás da orelha: será que faz mal?
Se existe uma resposta simples para a questão, ela pode ser resumida da seguinte forma: não existe estudo que comprove a relação entre refrigerantes light, diet ou zero e a incidência de câncer em humanos. O que não significa que a bebida possa ser consumida como água.
O grande “vilão” associado à Coca Zero é o ciclamato de sódio, adoçante que foi proibido pelo FDA (Food and Drug Administration, órgão regulador de alimentos e remédios nos EUA), mas é aprovado no Brasil e em vários outros países. Mais de 50, segundo a Coca-Cola, que dispõe em seu site uma área só para esclarecer “boatos e mitos” sobre seus produtos ( veja em http://www.cocacolabrasil.com.br/boatos_mitos.asp?inicio=1).
A Coca Zero vendida nos EUA (sim, ela não foi banida por lá) possui outros tipos de adoçantes em sua fórmula (como é possível consultar, em inglês, no endereço http://www.virtualvender.coca-cola.com/ft/index.jsp).
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já recebeu tantos questionamentos que também decidiu divulgar, em 2009, um informe técnico (http://www.anvisa.gov.br/alimentos/informes/40_020609.htm) sobre o assunto. O texto explica como e quando começou toda a polêmica: em meados de 1970, quando um estudo demonstrou que a ingestão crônica de ciclamato aumentava a incidência de tumores de bexiga em ratos, levando o FDA a proibir a substância.
Outras pesquisas não comprovaram o risco, mas os EUA até hoje mantêm a proibição (para os críticos, isso é reflexo do “lobby do aspartame”). Uma pesquisa feita pelo Instituto Nacional de Câncer dos EUA, por exemplo, avaliou por 17 anos a ingestão por macacos de quantidades diárias (cinco vezes por semana) de ciclamato equivalentes às de 30 latas de refrigerante dietético. Nenhum dos animais contraiu câncer de bexiga, esclarece a Anvisa.
Em 1999, o ciclamato foi classificado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc) como pertencente ao Grupo 3, isto é, não carcinogênico para humanos. Segundo a Iarc, “há evidência inadequada em animais de laboratório e em humanos para a carcinogenicidade de ciclamatos”.
Limites
O informe da Anvisa, no entanto, dedica muitas linhas aos valores de IDA (Ingestão Diária Aceitável). Descreve (para desespero dos hipocondríacos) que o ciclamato de sódio é transformado, no intestino, em cicloexilamina, derivado que pode apresentar efeitos adversos à saúde. A taxa de conversão varia de pessoa para pessoa e depende, entre outros fatores, da flora intestinal. Mais um motivo para que ninguém exceda os limites que, segundo os testes, são considerados seguros.
A última avaliação feita internacionalmente para o ciclamato estabeleceu a IDA em 11 mg/kg. Isso significa que um adulto de 70 kg pode consumir até 770 mg do adoçante por dia, o que equivale a 3 litros ou 8 latas.
Como ressalta Deise Baptista, professora do departamento de nutrição da Universidade Federal do Paraná, é difícil consumir tanto refrigerante. O problema é que o produto nem sempre é a única fonte de ciclamato da alimentação. Uma pessoa pode só tomar a bebida no almoço e no jantar, mas acaba excedendo o limite porque toma vários cafés com adoçante durante o dia e ainda consome algumas gelatinas diet.

A especialista, que também é chefe do departamento de nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), enfatiza que não há comprovação de que os adoçantes existentes no mercado causem câncer. Até porque é muito difícil analisar o consumo isolado na população que tem a doença. "As pessoas são expostas a radição, consomem corantes, cada uma tem uma condição...", explica.
Por tudo isso, o conselho para quem precisa consumir alimentos adoçados artificialmente é apostar na moderação. “A gente também recomenda alternar o tipo de adoçante, para evitar o efeito acumulativo”, acrescenta a professora.

Baptista lembra que muitos produtos diet, light ou zero, como os refrigerantes, contêm mais de um tipo de adoçante, estratégia adotada para se obter um sabor mais agradável. Cada 100 ml da Coca Zero brasileira, por exemplo, tem 27 mg de ciclamato de sódio, 15 mg de acesulfame de potássio e 12 mg de aspartame. Já a Coca Light Plus contém aspartame (24 mg) e acesulfame de potássio (13 mg).

Cada um dos adoçantes acima possui um índice de IDA (veja tabela aqui). E mesmo aqueles considerados mais seguros pelos especialistas, como a stévia e a sucralose, possuem limites que devem ser respeitados.

A professora ainda faz outro alerta: tanto o ciclamato quanto a sacarina contêm sódio e, portanto, devem ser consumidos por cuidado por quem sofre de pressão alta.
Aspartame

Na opinião do endocrinologista especializado em nutrologia Mohamad Barakat, o ciclamato ainda é melhor que o aspartame, substância que em estudos com animais também já foi associada a câncer e a doenças do sistema nervoso (você já deve ter recebido um spam sobre isso também). “Em altas temperaturas, o aspartame gera formaldeído, componente que prejudica a mielina, espécie de capa que protege os neurônios”, justifica o médico.
O limite de ingestão do aspartame, considerado seguro pelas autoridades, é de 40 mg/kg. Isso significa que uma pessoa com 60 kg pode consumir até 2.400 mg por dia, o que equivale, aproximadamente, a 4 litros de refrigerante adoçado apenas com essa substância. É bastante. Por isso, ao contrário de Barakat, Baptista garante que não há motivo para temer o aspartame. Contanto, é claro, que os limites sejam respeitados.
 

BEBA ZERO DE REFRIGERANTE

Beba zero de refrigerante
Pesquisa revela que para manter a forma e a saúde em dia é preciso ficar longe dele.


Com o calor que anda fazendo no Brasil, não tem jeito: todo mundo quer se refrescar! O problema é que nem sempre se opta pelas melhores maneiras de matar essa vontade incontrolável. A maioria vai logo atacando aquele refrigerante super gelado. Mas, será que na hora de abrir a lata as pessoas pensam que, apesar de refrescar o calor, o refrigerante é extremamente prejudicial à saúde?

Mesmo depois de 88 estudos terem confirmado que quem bebe refrigerante todos os
dias pesa mais do que quem não bebe, de acordo com o Ministério da Saúde, o aumento do consumo de refrigerantes no Brasil aumentou em 13 % desde 2008. Especialistas afirmam que as mulheres são as que mais sofrem com o problema. Segundo uma pesquisa publicada pela revista Journal of the American Medical Association (JAMA), as 50 mil mulheres analisadas chegaram a engordar até oito quilos além daquelas que não ingeriram a bebida.

O reunião dos estudos também esclareceu que as mulheres que tomavam refrigerante aumentaram em 83% as chances de desenvolver diabetes tipo 2. Tudo por conta do peso acima do normal que, tradicionalmente, já aumenta o risco da doença. O alto teor de frutose da bebida eleva os níveis de açúcar no sangue. Por conta disso, o organismo passa a produzir insulina em excesso e não consegue mais se manter resistente à substância, facilitando o aparecimento da diabetes tipo 2. 

Os refrigerantes à base de cola, também são os principais culpados pelo enfraquecimento dos ossos e o consumo excessivo desse tipo específico de refrigerante pode trazer ainda mais riscos de fraturas. Culpa do excesso de ácido fosfórico que realça o sabor, mas impede que o cálcio seja absorvido pelos ossos. E não pense você que com os refrigerantes diet foi diferente. Eles também causam o mesmo problema. Apenas os de sabores variados não exercem este impacto. 

Então, se a intenção é se refrescar, melhor escolher outro tipo de bebida. Por mais que um refrigerante de vez em quando não faça mal – de acordo com nutricionistas, no máximo dois copos por dia – tomar água ou bebidas aromatizadas sem açúcar é o ideal.

CRIANÇAS E ADOLESCENTES PREFEREM REFRIGERANTES

Crianças e adolescentes preferem refrigerantes
Apesar de ser a bebida predileta durante as refeições, o refrigerante pode causar danos à saúde. Desvende esse mal!


É raro você ir a um restaurante e não ver diversas mesas com refrigerantes. Esta bebida invadiu definitivamente o Brasil nos anos 80 e, hoje, está no topo da lista das prediletas de crianças, adolescentes e, até mesmo, alguns adultos. Esta mudança de hábito acaba adicionando ainda mais calorias no nosso cardápio e coloca em risco a busca por uma melhor qualidade de vida.
“A excessiva ingestão de alimentos líquidos industrializados e de sabor doce, passou a figurar entre as principais causas de obesidade em todo o mundo, principalmente entre crianças e adolescentes, que passaram a se hidratar essencialmente com eles, abandonando definitivamente a água”, explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva.
Nos últimos 10 anos, o consumo de refrigerantes pelas crianças quase dobrou nos Estados Unidos. Os meninos tomam, em média, de três a quatro latas por dia, 10% deles chegam a ingerir sete ou mais latas. A média para as meninas é maior que duas latas diárias, sendo que 10% delas chegam a beber mais de cinco latas ao dia.
“Do ponto de vista nutricional, os refrigerantes são verdadeiramente “calorias vazias”, ou seja, não agregam nenhum nutriente importante e adequado às necessidades nutricionais de crescimento e desenvolvimento”, defende a nutricionista Amanda Epifânio.
Diante de tantas críticas, as indústrias de refrigerante acabaram criando as versões vitaminadas desta bebida. Mas, a endocrinologistas destaca: “A suposta adição de nutrientes não faz dos refrigerantes alimentos saudáveis que possam substituir bebidas naturais. A quantidade de micronutrientes adicionada não atende às necessidades das crianças e adolescentes. E os refrigerantes continuam agregando sódio, açúcares e adoçantes artificiais, em quantidades que colocam em risco a saúde de seus consumidores”.
Quando se trata de calorias, os dados também são alarmantes. Se considerarmos que muitas crianças consomem um copo de refrigerante ou suco, em todas as refeições ou lanches (cinco copos ao dia), elas terão, em média, 550 calorias adicionadas às suas refeições, o que representa o valor calórico de uma refeição a mais durante o dia.
“Muitas mães se enganam ao supor que seus filhos comem de maneira mais saudável ao substituir os refrigerantes por sucos artificiais de frutas ou soja. O que elas não sabem é que estes produtos, muitas vezes, são mais calóricos do que os próprios refrigerantes, não preservam as propriedades nutricionais das frutas e contém quantidades de sódio, corantes e conservantes muito semelhantes aos refrigerantes”, diz a nutricionista.
Por isso, apesar da praticidade que o mercado oferece, nada melhor do que um suco natural, principalmente na fase de desenvolvimento e crescimento de uma criança. Mas, como todos sabem que é muito complicado manter o controle com os filhos longe da gente, como na hora do recreio ou em festas com os amigos, a dica é permitir a bebida nos finais de semana e em datas comemorativas. Assim, o hábito não se torna tão prejudicial e seu filho não precisa sofrer proibições.

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