Relação de Pedro Henrique Neves com a comida continua, mas mais leve.
Morador do MS tem vida social na faculdade, após ter sofrido no colégio.
32 comentários
Sempre atraído pela cozinha, o estudante universitário Pedro Henrique
Neves, de 20 anos, aprendeu sozinho e com a ajuda de livros a preparar
várias receitas doces e salgadas. Entre suas preferências como chef,
estão bolos, pudins, pavês, tortas, pães, estrogonofe e até bobó de
frango.
Hoje, após eliminar 65 kg entre 2010 e 2011, o morador de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, não prova mais suas criações. O menu agora se restringe à família e aos amigos, em almoços e jantares.
“Em casa, sou eu que cozinho. Às vezes, dá vontade de comer, mas ainda tenho a mente de gordinho, então não me contento com um pedaço. Se começar, não paro mais”, revela Pedro, que sonha um dia cursar gastronomia.
“Minha mãe perguntou se eu queria ovo, mas recusei. E não me fez falta. Aliás, eu que comprei uma cesta de trufas para os meus pais”, diz o estudante, que começou a engordar aos oito anos, após ter que tomar remédio para abrir o apetite – pois não gostava de comer – e nunca mais perder a fome desde então.
Entre a escola e a atual graduação de biblioteconomia, Pedro encontrou uma grande diferença no comportamento dos colegas, não apenas pela maior maturidade.
Nesse período de transição, passou de um ensino médio traumático, repleto de xingamentos e brincadeiras de mau gosto, para uma faculdade em que se tornou uma pessoa sociável e popular.
“Antigamente, eu era desajeitado, vivia tropeçando e caindo, acho que por causa do peso. Me chamavam de baleia, orca, essas coisas. Tinha poucos amigos e acabava me isolando. Hoje, todo mundo me conhece na sala, converso mais, me enturmo”, compara o estudante.
Mudança de hábitos
Para que tudo isso fosse possível, o sul-mato-grossense parou radicalmente de comer os alimentos gordurosos a que estava habituado: pizza quatro vezes por semana – de lombo ao creme, frango com catupiry e quatro queijos –, brigadeiro de panela e leite condensado direto da lata. Também cortou bolos, pudins, batata frita, salgadinhos de pacote e bolachas recheadas.
“O refrigerante eu demorei um pouco mais para largar. Tomava até 2,5 litros sozinho por dia”, afirma Pedro. Ele reduziu, ainda, a ingestão de açúcar e o trocou pelo tipo mascavo e por adoçantes.
"Não como mais macarrão e massas em geral, mas admito que continuo não gostando de salada. Por outro lado, reduzi a quantidade de tudo o que consumo, tomo muita água e sucos naturais ou de polpa", destaca.
Após quatro meses de reeducação alimentar, quando já havia eliminado 30 kg, o estudante se matriculou na academia. Durante dois meses, fez exercícios aeróbicos como esteira, bicicleta e pula-corda. Teve que interromper a atividade por conta das aulas, mas diz que sempre retoma – em caminhadas na praça em frente de casa – quando entra de férias.
Ao fim do processo, Pedro passou de 130 kg para 65 kg, em 1,78 m de altura. Sua meta agora é se livrar do excesso de pele no abdômen. “Meu sonho é fazer cirurgia plástica. Mas o mais difícil eu já consegui, o resto é lucro”, afirma.
Novo visual
O estopim do excesso de peso veio quando Pedro não conseguia mais encontrar roupas que servissem nele. A calça já era tamanho 52 e a camisa, 4G. Hoje, a calça está no 36 e a blusa é P ou PP.
“Só usava listras, preto, polo. Eram peças mais de senhor, porque geralmente homens idosos são mais gordos. Não usava quase nada da minha idade”, recorda. Passada essa fase, o jovem doou as roupas antigas, renovou o armário e resolveu mudar ainda mais o visual, ao deixar o cabelo crescer um pouco.
“Guardei apenas uma calça e uma camiseta daquela época, para lembrar”, diz Pedro, que pretende cuidar dos filhos, no futuro, para que não sofram o mesmo que ele.
Hoje, após eliminar 65 kg entre 2010 e 2011, o morador de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, não prova mais suas criações. O menu agora se restringe à família e aos amigos, em almoços e jantares.
“Em casa, sou eu que cozinho. Às vezes, dá vontade de comer, mas ainda tenho a mente de gordinho, então não me contento com um pedaço. Se começar, não paro mais”, revela Pedro, que sonha um dia cursar gastronomia.
Estudante conseguiu passar de 130 kg para 65 kg em 1 ano, após mudar de hábitos (Foto: Arquivo pessoal)
Segundo ele, no início, cozinhar e fazer reeducação alimentar ao mesmo
tempo o deixava nervoso e ansioso, mas hoje consegue se controlar. E a
força de vontade do jovem é tanta, que ele passou a segunda Páscoa
seguida sem chocolate – uma paixão antiga.“Minha mãe perguntou se eu queria ovo, mas recusei. E não me fez falta. Aliás, eu que comprei uma cesta de trufas para os meus pais”, diz o estudante, que começou a engordar aos oito anos, após ter que tomar remédio para abrir o apetite – pois não gostava de comer – e nunca mais perder a fome desde então.
saiba mais
Colégio x faculdadeEntre a escola e a atual graduação de biblioteconomia, Pedro encontrou uma grande diferença no comportamento dos colegas, não apenas pela maior maturidade.
Nesse período de transição, passou de um ensino médio traumático, repleto de xingamentos e brincadeiras de mau gosto, para uma faculdade em que se tornou uma pessoa sociável e popular.
“Antigamente, eu era desajeitado, vivia tropeçando e caindo, acho que por causa do peso. Me chamavam de baleia, orca, essas coisas. Tinha poucos amigos e acabava me isolando. Hoje, todo mundo me conhece na sala, converso mais, me enturmo”, compara o estudante.
Mudança de hábitos
Para que tudo isso fosse possível, o sul-mato-grossense parou radicalmente de comer os alimentos gordurosos a que estava habituado: pizza quatro vezes por semana – de lombo ao creme, frango com catupiry e quatro queijos –, brigadeiro de panela e leite condensado direto da lata. Também cortou bolos, pudins, batata frita, salgadinhos de pacote e bolachas recheadas.
“O refrigerante eu demorei um pouco mais para largar. Tomava até 2,5 litros sozinho por dia”, afirma Pedro. Ele reduziu, ainda, a ingestão de açúcar e o trocou pelo tipo mascavo e por adoçantes.
Hoje Pedro entra inteiro na perna de uma calça que
usava antes de emagrecer (Foto: Arquivo pessoal)
Os quatro mistos-quentes do café da manhã, os salgadinhos, os biscoitos
e os dois pratos inteiros que o jovem comia no almoço e no jantar foram
substituídos por iogurte e leite desnatados, frutas (como maçã, banana,
pera, uva, melão e kiwi), legumes (chuchu, beterraba, abobrinha e
pepino), carne e frango grelhados e barrinhas de cereais.usava antes de emagrecer (Foto: Arquivo pessoal)
"Não como mais macarrão e massas em geral, mas admito que continuo não gostando de salada. Por outro lado, reduzi a quantidade de tudo o que consumo, tomo muita água e sucos naturais ou de polpa", destaca.
Após quatro meses de reeducação alimentar, quando já havia eliminado 30 kg, o estudante se matriculou na academia. Durante dois meses, fez exercícios aeróbicos como esteira, bicicleta e pula-corda. Teve que interromper a atividade por conta das aulas, mas diz que sempre retoma – em caminhadas na praça em frente de casa – quando entra de férias.
Ao fim do processo, Pedro passou de 130 kg para 65 kg, em 1,78 m de altura. Sua meta agora é se livrar do excesso de pele no abdômen. “Meu sonho é fazer cirurgia plástica. Mas o mais difícil eu já consegui, o resto é lucro”, afirma.
Novo visual
O estopim do excesso de peso veio quando Pedro não conseguia mais encontrar roupas que servissem nele. A calça já era tamanho 52 e a camisa, 4G. Hoje, a calça está no 36 e a blusa é P ou PP.
“Só usava listras, preto, polo. Eram peças mais de senhor, porque geralmente homens idosos são mais gordos. Não usava quase nada da minha idade”, recorda. Passada essa fase, o jovem doou as roupas antigas, renovou o armário e resolveu mudar ainda mais o visual, ao deixar o cabelo crescer um pouco.
“Guardei apenas uma calça e uma camiseta daquela época, para lembrar”, diz Pedro, que pretende cuidar dos filhos, no futuro, para que não sofram o mesmo que ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário