Autoridades informaram que não houve derramamento de óleo
Itália - O navio de cruzeiro "Costa Concordia"
foi erguido na madrugada desta terça-feira e as operações de rotação da
embarcação terminaram com sucesso, anunciou o chefe da Defesa Civil,
Franco Gabrielli, citado pela emissora italiana "Rai".
"O navio está agora apoiado sobre a plataforma e marcamos um ponto decisivo para afastá-lo da Ilha de Giglio", acrescentou Gabrielli. Os técnicos, afirmou a "Rai", disseram que não houve derramamento de óleo e que foram necessárias "intervenções importantes" no flanco do casco.
Lembrando vítimas
Nesse mesmo lado era possível ver uma marca de água marrom manchando o casco branco. "Está tudo acontecendo muito lentamente, mas com muito cuidado e segurança", disse a repórteres o líder da equipe técnica da Costa Cruise, Franco Porcellacchia.
"O navio está reagindo muito bem porque está girando de uma forma uniforme, que é o que esperávamos", afirmou Porcellacchia. Autoridades se recusaram a estimar quanto tempo a operação, originalmente programada para ser de 10 a 12 horas, pode durar. "Nós nunca definimos qualquer tempo fixo para isso", disse o líder do projeto da empresa contratada Micoperi, Sergio Girotto. "Pode levar 15 ou 18 horas. O objetivo é fazê-lo bem."
Entenda o caso
O gigantesco casco de 114,5 mil toneladas está deitado de lado há mais de 20 meses, dominando a paisagem do pequeno porto da ilha turística de Giglio, onde o navio naufragou após bater em rochas, em 13 de janeiro de 2012, matando 32 pessoas. O acidente foi causado por uma coleção de tropeços e erros de avaliação, pelos quais o capitão Francesco Schettino está sendo processado penalmente.
Onze tanques grandes, cada um do tamanho de um prédio de vários andares, foram soldados à lateral emersa do Concordia para ajudar na sustentação. Durante a operação, os técnicos também irão procurar os corpos de um tripulante e uma passageira que continuam desaparecidos.
"O navio está agora apoiado sobre a plataforma e marcamos um ponto decisivo para afastá-lo da Ilha de Giglio", acrescentou Gabrielli. Os técnicos, afirmou a "Rai", disseram que não houve derramamento de óleo e que foram necessárias "intervenções importantes" no flanco do casco.
Lembrando vítimas
Enquanto equipes de resgate se
concentravam na maior operação desse tipo já realizada, sobreviventes do
desastre de 13 de janeiro de 2012, em que o navio que transportava mais
de 4 mil passageiros e tripulantes naufragou perto da ilha italiana de
Giglio, pensavam nas 32 pessoas que morreram, incluindo duas cujos
corpos ainda não foram encontrados.
"Naturalmente, penso nas pessoas que
não conseguiram (sobreviver) e, especialmente, naquelas duas famílias
que ainda estão à espera de encontrar os restos mortais de seus entes
queridos", disse Luciano Castro, um jornalista de 49 anos que estava no
navio quando ele afundou.
"Eles ainda devem estar sob a quilha do
Concordia e espero que depois disso, finalmente, eles possam ter um
túmulo sobre o qual chorar de novo." Após um atraso de três horas por
causa de uma tempestade durante a madrugada, interrompendo os
preparativos finais, os técnicos iniciaram a operação por volta de 9h
(4h da manhã no horário de Brasília) e no meio da tarde já tinham
erguido parte do navio.Nesse mesmo lado era possível ver uma marca de água marrom manchando o casco branco. "Está tudo acontecendo muito lentamente, mas com muito cuidado e segurança", disse a repórteres o líder da equipe técnica da Costa Cruise, Franco Porcellacchia.
"O navio está reagindo muito bem porque está girando de uma forma uniforme, que é o que esperávamos", afirmou Porcellacchia. Autoridades se recusaram a estimar quanto tempo a operação, originalmente programada para ser de 10 a 12 horas, pode durar. "Nós nunca definimos qualquer tempo fixo para isso", disse o líder do projeto da empresa contratada Micoperi, Sergio Girotto. "Pode levar 15 ou 18 horas. O objetivo é fazê-lo bem."
Entenda o caso
O gigantesco casco de 114,5 mil toneladas está deitado de lado há mais de 20 meses, dominando a paisagem do pequeno porto da ilha turística de Giglio, onde o navio naufragou após bater em rochas, em 13 de janeiro de 2012, matando 32 pessoas. O acidente foi causado por uma coleção de tropeços e erros de avaliação, pelos quais o capitão Francesco Schettino está sendo processado penalmente.
Já a operação de resgate tem sido um
feito de engenharia cuidadosamente coordenado, com um custo estimado em
mais de 600 milhões de euros (795 milhões de dólares) --valor superior a
metade do prejuízo coberto por seguros, que ultrapassou 1,1 bilhão de
dólares. Uma equipe internacional de 500 engenheiros está na ilha desde o
ano passado, estabilizando a embarcação e preparando o início da
operação que consiste em endireitá-la, para que o navio possa então ser
rebocado para um estaleiro onde será desmontado.
Grandes seguradoras do setor marítimo
acompanham atentamente a operação de resgate do navio --que tem o
comprimento de três campos de futebol e capacidade para mais de 4 mil
passageiros e tripulantes. Eventuais problemas na operação poderão ter
um impacto significativo sobre futuras apólices.
Os engenheiros se dizem confiantes no sucesso
da operação, embora o processo nunca tenha sido tentado sob condições
tão difíceis em um barco desse tamanho. "Ele está sobre a lateral de uma
montanha no leito marinho, equilibrado sobre dois corais, e é um navio
realmente grande... Então é algo que nunca foi feito nessa escala",
disse o engenheiro sul-africano Nick Sloane, que participa da tarefa.Onze tanques grandes, cada um do tamanho de um prédio de vários andares, foram soldados à lateral emersa do Concordia para ajudar na sustentação. Durante a operação, os técnicos também irão procurar os corpos de um tripulante e uma passageira que continuam desaparecidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário