Compostos presentes nessas frutas impactam gene que atua na imunidade.
Equipe diz, porém, que benefícios no consumo precisam de comprovação.
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Composto do mirtilo foi analisado no estudo (Foto:
Photo courtesy of US Department of Agriculture)
Cientistas americanos analisaram 446 compostos de plantas para observar
o estímulo ao sistema imunológico nos seres humanos e descobriram
apenas dois que se destacaram: o resveratrol, encontrado em uvas roxas, e
a pterostilbena, presente no mirtilo (blueberry).Photo courtesy of US Department of Agriculture)
Essas duas substâncias fazem parte do mesmo grupo, os estilbenoides, que atuam em conjunto com a vitamina D e têm um impacto significativo na expressão de um gene chamado CAMP, envolvido na função de defesa do organismo. Os resultados da pesquisa, apoiada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA, foram publicados na terça-feira (17) na revista "Molecular Nutrition and Food Research".
Segundo os cientistas do Instituto Linus Pauling, da Universidade do Oregon, onde ocorreu o estudo, a descoberta foi feita em culturas de células em laboratório e não é prova definitiva de que esse efeito poderá ser visto em um aumento do consumo. Apesar disso, os autores, liderados por Adrian Gombart, destacam o potencial que alguns alimentos concentram para melhorar a resposta imunológica.
Uva roxa tem substância chamada resveratrol (Foto:
Photo courtesy of US Department of Agriculture)
O resveratrol tem sido alvo de dezenas de estudos sobre inúmeros
benefícios, desde à saúde do coração até contra o câncer ou inflamações.
Mas, segundo os pesquisadores, esse é o primeiro trabalho a mostrar uma
interação clara do composto com a vitamina D e a expressão do gene
CAMP.Photo courtesy of US Department of Agriculture)
Esse gene também tem sido alvo de várias pesquisas, pois sabe-se que ele desempenha um papel-chave no sistema imunológico inato (que nasce com a pessoa), capaz de combater infecções bacterianas, por exemplo. Segundo os cientistas, é fundamental estudar essa resposta imune inata porque muitos antibióticos atualmente têm perdido eficácia e favorecido bactérias cada vez mais resistentes.
Para os pesquisadores, novos estudos também são necessários para entender melhor como a alimentação interfere no nosso sistema de defesa. Eles pretendem observar, ainda, se é possível usar compostos naturais para impulsionar a resposta imune inata.
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