Texto confirma gás sarin foi jogado em bombas em três áreas de Goutha.
Investigação sobre ataque em 21 de agosto foi divulgada pelo ONU.
O documento confirma que um grande número de pessoas morreu vítima de armas químicas na região de Goutha, na periferia da capital, Damasco, e que o agente nervoso gás sarin foi usado, jogado dentro de bombas em três regiões: Ein Tarma, Moadamiyah e East Goutha. Leia aqui o relatório
"Com base em evidências obtidas durante a investigação sobre o incidente de Ghouta, a conclusão é de que armas químicas foram usadas no conflito em andamento entre as partes na República Árabe Síria... contra civis, incluindo crianças, numa escala relativamente grande", afirma o relatório.
Mais cedo, uma imagem da capa do documento já alertava para as conclusões de uso de gás sarin.
Os Estados Unidos afirmam que 1.400 pessoas morreram no ataque, entre elas mais de 400 crianças.
O enviado britânico disse que o relatório "não deixa dúvidas de que foi o regime" que estava por trás do ataque.
O documento, assinado por Ban, defende que a ONU trabalhe para que armas químicas não voltem a ser usadas em conflitos e expressa como "bem-vinda" a decisão da Síria de assinar a convenção que proíbe a fabricação e o uso de armas químicas no mundo.
O texto diz que há investigações sobre uso de armas químicas também em outros três locais.
Direitos Humanos
A Comissão de investigação sobre a Síria na ONU analisa 14 casos de suspeita de ataques químicos desde que começou o monitoramento no país, em setembro de 2011, disse nesta segunda-feira (16) o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, chefe da equipe, segundo a agência de notícias Reuters.
Pinheiro também afirmou que o governo sírio convidou Carla del Ponte, membro da comissão, para visitar o país, mas a comissão queria uma visita oficial, que o incluísse. Del Ponte disse que pode ter sido convidada pois havia dito em maio deste ano que havia indícios de que a oposição usou armas químicas.
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