Paulo Freire
A espiritualidade
não-dogmática não aceita crenças ou recomendações cegas, mas é, ao invés disso,
um processo vivo de aprender e de ensinar.
Mesmo sem usar em
momento algum o rótulo de espiritual ou
de religioso, o pensador brasileiro
Paulo Freire propõe em suas obras sobre pedagogia uma atitude mais eficaz
diante do aprender e do ensinar.
Sua abordagem é de
grande utilidade para a arte de viver corretamente. Ele escreveu:
“Outro saber
necessário à prática educativa, e que se funda na mesma raiz que acabo de
discutir – a da inconclusão do ser humano que se sabe inconcluso – é o que fala do respeito devido à autonomia
do ser do educando. Do educando criança,
jovem ou adulto. Como educador, devo estar constantemente advertido com relação a esse
respeito, que implica igualmente o respeito que devo ter por mim mesmo. Não faz
mal repetir afirmação várias vezes feita nesse texto – o inacabamento de que
nos tornamos conscientes nos faz seres éticos. O respeito à autonomia e à
dignidade de cada um é um imperativo ético e não um favor que podemos ou não
conceder uns aos outros. (...) O professor que desrespeita a curiosidade do
aluno, o seu gosto estético, a sua inquietude (...) o professor que ironiza o
aluno, que o minimiza, que manda que ‘ele se ponha no seu lugar’ ao mais tênue
sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do
cumprimento do seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar
respeitosamente presente à experiência formadora do educando, esse professor transgride
os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência.” [8]
O pensamento de
Paulo Freire permite examinar melhor os mitos e as ilusões do chamado movimento
esotérico. Algumas pessoas têm a impressão de que a espiritualidade é
algo que se transmite mecanicamente de quem sabe para quem não sabe. Deste
ponto de vista, aquele que tem o conhecimento deve ser ativo no processo, e
quem não sabe deve ser apenas passivo e receber a ação, obedecendo cegamente.
Essa premissa é falsa. Quando ela é aceita, a caminhada é feita sobre a base da
ilusão.
Desde o início,
aquele que sabe mais deve se colocar como um auxiliar daquele que sabe
menos. Aquele que sabe menos é, na verdade,
o centro e o autor do processo de aprendizagem, e não pode ser artificialmente
colocado na periferia da sua própria
caminhada.
Por Carlos Cardoso Aveline
Paulo Freire
Paulo Reglus Neves Freire (1921 - 1997), foi um educador brasileiro. [Biografia de Paulo Freire]
Não há vida sem correção, sem retificação.
Mudar é difícil mas é possível
Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação reflexão
Eu
sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e
amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para
que a justiça social se implante antes da caridade.
Conhecer é tarefa de sujeitos, não de objetos. E é como sujeito e somente enquanto sujeito, que o homem pode realmente conhecer.
Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.
A
alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do
processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura,
fora da boniteza e da alegria.
Ai
daqueles que pararem com sua capacidade de sonhar, de invejar sua
coragem de anunciar e denunciar. Ai daqueles que, em lugar de visitar de
vez em quando o amanha pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui
e o agora, se atrelarem a um passado de exploração e de rotina.
A humildade exprime, uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém.
As terríveis consequências do pensamento negativo são percebidas muito tarde.
Amar é um ato de coragem.
Verdades da Profissão de Professor
Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Paulo FreireNinguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
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