No Mali, três pessoas estão com suspeitas da doença e foram postas em quarentena
Reuters
Bamaco - Autoridades do Mali disseram ter
identificado os primeiros possíveis casos de ebola em seu território
desde o início de um surto que já matou mais de 90 pessoas na vizinha
Guiné e na Libéria, gerando temores de que a doença pode estar se
espalhando pelo oeste da África. A entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF) alerta
para o risco de uma epidemia sem precedentes na região, onde há carência
de serviços sanitários.
Mineradoras estrangeiras paralisaram
suas operações e retiraram parte dos seus funcionários da Guiné.
Autoridades sanitárias francesas colocaram médicos e hospitais em alerta
para detectar possíveis casos entre pessoas que viajam às ex-colônias.
Hospital Donka, onde vítimas de ebola estão sendo tratadas, em Conakry, na Guiné
Foto: Reuters
No Mali, três pessoas foram postas em
quarentena e tiveram amostras enviadas para exames nos EUA, disse a TV
estatal na noite de quinta-feira. Os pacientes sob suspeita já estão se
recuperando, e uma equipe de intervenção rápida acompanha a evolução da
situação no terreno, segundo a nota das autoridades.
O surto de ebola começou há dois meses na Guiné
e já se espalhou para as vizinhas Serra Leoa e Libéria. Gâmbia colocou
duas pessoas em quarentena, mas depois anunciou resultados negativos nos
exames. O ministério de Saúde da Guiné disse que mais
duas supostas vítimas do vírus morreram, elevando a 86 o total de
vítimas no país. A Libéria também relatou mais três mortes entre 14
casos suspeitos, elevando a 7 o total de mortos. O ebola foi detectado pela primeira vez em 1976
no Zaire (atual República Democrática do Congo), e desde então já matou
cerca de 1.500 pessoas. Seu índice de fatalidade é de até 90 por cento,
com sintomas que incluem vômitos, diarreia e hemorragias externas.
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