Em manifesto, integrantes da ordem criticam
"desobediência civil" e citam "revolta silenciosa" de militares sobre a
Comissão da Verdade
por Renan Truffi
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publicado
02/04/2014 17:34
Grupo de maçons se reuniu diante do pórtico que pertenceu à casa do segundo presidente republicano, general Floriano PeixotoFormado, em parte, por militares da reserva,
um grupo maçônico de São Paulo aproveitou o aniversário de 50 anos do
golpe de 1964 para se manifestar a favor da ditadura civil-militar no
País. Na opinião dos integrantes, a destituição do governo de João
Goulart deu origem a uma “árvore boa”. Além de reverenciar o regime, os
adeptos da ordem criticaram a atual forma de governo, que dá “sinais de
incipiente desobediência civil”. “É essa a democracia que desejamos?”,
ironiza o manifesto.
O ato foi organizado por integrantes da Loja Maçônica Força, Lealdade
e Perseverança 319, na segunda-feira 31, no bairro Carandiru, zona
norte da capital paulista. No local, o “mestre do conselho” e oficial da
reserva, Guaraciaba de Aguiar, leu uma mensagem de apoio à “revolução”.
“Devemos saudar a Revolução Democrática. É voz geral entre os
esquerdistas que 1964 jamais será esquecido. Ótimo, nós, civis e
militares que a apoiamos, também não a esqueceremos. A Revolução de 1964
será sempre uma "árvore boa", diz o texto.
Para o grupo, o "retrocesso" é "fruto de três décadas de Nova República”. “Notam-se análises negativas quanto ao presente e ao futuro do Brasil. As soluções não surgem e o País vive uma situação de descalabro político e moral. (...) As autoridades constituídas pouco fazem para reverter essa situação. Propalam promessas vãs, são incompetentes, demonstram desinteresse e má-fé.”
Por conta disso, eles prometem “confrontar, se necessário, regimes que ideólogos gramscistas queiram impor à sociedade brasileira”, apesar de reconhecer que “os militares de hoje não são como os de 1964". “Aqueles (militares), mais preparados cultural e profissionalmente e mais informados que estes, mantêm, contudo, bem viva a mesma chama que seus predecessores possuíam”, diz em referência aos generais que lideraram o golpe.
Os maçons afirmam ainda que existe uma “crescente revolta silenciosa” entre os militares brasileiros desde que começaram os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, que investiga os crimes e abusos cometidos na época da ditadura.
“Pensam que os integrantes das Forças Armadas - quietos, calados e parecendo subservientes - assistem passivamente aos acontecimentos atuais com sua consciência adormecida. Não é bem isso que está acontecendo.”
Para o grupo, o "retrocesso" é "fruto de três décadas de Nova República”. “Notam-se análises negativas quanto ao presente e ao futuro do Brasil. As soluções não surgem e o País vive uma situação de descalabro político e moral. (...) As autoridades constituídas pouco fazem para reverter essa situação. Propalam promessas vãs, são incompetentes, demonstram desinteresse e má-fé.”
Por conta disso, eles prometem “confrontar, se necessário, regimes que ideólogos gramscistas queiram impor à sociedade brasileira”, apesar de reconhecer que “os militares de hoje não são como os de 1964". “Aqueles (militares), mais preparados cultural e profissionalmente e mais informados que estes, mantêm, contudo, bem viva a mesma chama que seus predecessores possuíam”, diz em referência aos generais que lideraram o golpe.
Os maçons afirmam ainda que existe uma “crescente revolta silenciosa” entre os militares brasileiros desde que começaram os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, que investiga os crimes e abusos cometidos na época da ditadura.
“Pensam que os integrantes das Forças Armadas - quietos, calados e parecendo subservientes - assistem passivamente aos acontecimentos atuais com sua consciência adormecida. Não é bem isso que está acontecendo.”
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