Suspeita é que ele tenha sofrido um infarto.
A última participação do ator em novelas foi em 2013, em "Amor à Vida".
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A última participação do ator em novelas foi em 2013, em "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco, na qual interpretou o médico Herbert. Em 2012, ele interpretou o coronel Jesuíno no remake de "Gabriela", baseado no livro "Gabriela Cravo e Canela", de Jorge Amado. Em 2008, na novela Duas Caras, o ator fez o papel do professor Fernando Macieira.
Começo
José Wilker de Almeida nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20 de agosto de 1946 e se mudou com a família, ainda criança, para o Recife. A mãe, Raimunda, era dona de casa e o pai, Severino, caixeiro viajante.
Sua carreira no teatro começou no Movimento Popular de Cultura (MPC) do Partido Comunista, onde ele dirigiu espetáculos pelo sertão e realizou documentários sobre cultura popular.
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Em 1967, Wilker se mudou para o Rio para estudar Sociologia na PUC, mas
abandonou o curso para se dedicar exclusivamente ao teatro.Em 1970, após ganhar o prêmio Molière de Melhor Ator pela peça "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", foi convidado pelo escritor Dias Gomes o para o elenco de "Bandeira 2" (1971), sua primeira novela.
Wilker interpretou o primeiro protagonista em 1975: fio Mundinho Falcão em "Gabriela", adaptação de Walter George Durst do romance de Jorge Amado, um marco na história da teledramaturgia brasileira.
Personagens conhecidos
Wilker tem em seu currículo personagens memoráveis, como o jovem Rodrigo, protagonista da novela "Anjo Mau" (1976), de Cassiano Gabus Mendes. Em 1985, viveu Roque Santeiro, personagem central da trama homônima escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Em 2004 interpretou o ex-bicheiro Giovanni Improtta, de "Senhora do Destino", de Aguinaldo Silva, um personagem com diversos bordões como “felomenal” e “o tempo ruge e a Sapucaí é grande”.
O artista dirigiu o humorístico "Sai de Baixo" (1996) e as novelas "Louco Amor" (1983), de Gilberto Braga, e "Transas e Caretas" (1984), de Lauro César Muniz. Durante uma rápida passagem pela extinta TV Manchete, acumulou direção e atuação em duas novelas: "Carmem" (1987), de Gloria Perez, e "Corpo Santo" (1987), de José Louzeiro.
Apaixonado pelo cinema, o ator participou de filmes como "Xica da Silva" (1976) e "Bye Bye, Brasil" (1979), ambos de Cacá Diegues, e foi o personagem Antônio Conselheiro em "Guerra de Canudos" (1997), de Sérgio Rezende.
Wilker também se destacou em minisséries como "Anos Rebeldes" (1992), de Gilberto Braga; "Agosto" (1993), adaptada da obra de Rubem Fonseca; e "A Muralha" (2000), escrita por Maria Adelaide Amaral e João Emanuel Carneiro. Em 2006, interpretou o presidente Juscelino Kubitschek na minissérie "JK", de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira.
O artista ainda escreveu textos para revistas e jornais e comentou a cerimônia do Oscar durante vários anos.
Familiares, amigos e fãs prestam as últimas homenagens a José Wilker
Artista morreu aos 67 anos em decorrência de um infarto.
Corpo será cremado em cerimônia fechada na Zona Portuária da cidade.
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"Eu não tinha relação de amizade com ele. Sou um admirador e nunca tive o prazer de contracenar com ele. Sempre admirei muito seu trabalho. Era inspirador tudo que ele fez na relação de ator, de comportamento e relacionamento. Então, vim fazer a última homenagem, pois acho que ele merece mais que isso", disse Oliveira.
A primeira fã a chegar ao velório neste domingo foi a arquiteta Ana Buarque. Vizinha ao teatro, ela disse que ficou emocionada quando soube da notícia. "Eu o admirava muito pelo talento e voz. Como moro ao lado e vi que ontem havia fila, então desci para prestar minha homenagem assim que acordei", contou Ana Buarque.
Susana vieira disse ser a maior viúva entre as
atrizes. (Foto: Daniel Silveira / G1)
Muitos colegas de profissão já passaram pelo local desde sábado. Entre
eles, os atores Tony Ramos, Renata Sorrah, Ary Fontoura, Giulia Gam,
Marieta Severo, Eriberto Leão, Vera Holtz, Natália do Vale, Susana
Vieira, Malu Mader e Marcelo Serrado. Os fãs faziam fila na porta do
Teatro Ipanema para prestar as últimas homenagens.atrizes. (Foto: Daniel Silveira / G1)
“Eu sou a maior viúva de todas as atrizes. Que me desculpem os outros atores, mas o Wilker era especial”, disse Susana Vieira, que lembrou o personagem Giovane Improta, da novela ‘Senhora do destino’, que sempre dizia “Se precisar, estou aqui”. “Como pessoa ele sempre foi assim. Sempre disponível para os amigos. Vou aproveitar vocês [jornalistas] para mandar um recadinho para ele. Zé, fica aí, bem bonitinho, com sua meinha colorida, seu tênis cor de rosa. Não sei onde você está, mas fica aí, bem bonitinho”, disse a atriz, que prometeu escrever uma crônica sobre o amigo.
O teatro, segundo familiares, foi escolhido porque foi no local que Wilker deu início à carreira de ator, na peça "O arquiteto e o imperador da Assíria", em 1970 — o artista foi premiado pela sua interpretação.
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Infarto fulminanteWilker morreu nesta madrugada, aos 67 anos, após sofrer um infarto fulminante na casa de sua namorada, também em Ipanema. A cerimônia, aberta ao público, só termina às 15h deste domingo (6). Em seguida, às18h, ele será cremado no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária, em evento só para amigos e familiares.
Wilker ficou ficou conhecido por trabalhos marcantes em novelas como "Roque Santeiro", em que interpretou o personagem-título, e "Senhora do destino", em que interpretou o bicheiro Giovanni Improtta. No cinema, fez filmes como "Bye bye Brasil" e viveu o Vadinho de "Dona Flor e seus dois maridos".
Começo
José Wilker de Almeida nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20 de agosto de 1946 e se mudou com a família, ainda criança, para o Recife. A mãe, Raimunda, era dona de casa, e o pai, Severino, caixeiro viajante.
O primeiro trabalho de Wilker foi com apenas 13 anos, como figurante no teleteatro da TV Rádio Clube, do Recife. "Ficava por ali aguardando alguma ponta", lembrou ele em depoimento ao site Memória Globo. A aparição inicial foi como cobrador de jornal na peça "Um bonde chamado desejo", de Tennessee Williams.
Sua carreira no teatro começou no Movimento de Cultura Popular (MCP) do Partido Comunista, onde dirigiu espetáculos pelo sertão e realizou documentários sobre cultura popular. Em 1967, Wilker se mudou para o Rio para estudar Sociologia na PUC, mas abandonou o curso para se dedicar exclusivamente ao teatro.
Em 1970, após ganhar o prêmio Molière de Melhor Ator pela peça "O arquiteto e o imperador da Assíria", foi convidado pelo escritor Dias Gomes o para o elenco de "Bandeira 2" (1971), sua primeira novela. Seu personagem foi Zelito, um dos filhos do bicheiro Tucão (Paulo Gracindo).
"Eu fazia teatro há dez anos, não tinha nada. Uma semana depois de estar no ar, eu era um cara com uma conta no banco, identidade, residência fixa e reconhecimento na rua. A resposta era muito imediata, intensa. Acabei gostando", afirmou Wilker ao Memória Globo.
Ele interpretou o seu primeiro papel principal na TV em 1975: foi Mundinho Falcão em "Gabriela", adaptação de Walter George Durst do romance de Jorge Amado, um marco na história da teledramaturgia brasileira.
Personagens conhecidos
Wilker tem em seu currículo personagens memoráveis, como o jovem Rodrigo, protagonista da novela "Anjo mau" (1976), de Cassiano Gabus Mendes.
Em 1985, viveu Roque Santeiro, personagem central da trama homônima escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Em 2004 interpretou o ex-bicheiro Giovanni Improtta, de "Senhora do destino", de Aguinaldo Silva, um personagem com diversos bordões como “felomenal” e “o tempo ruge, e a Sapucaí é grande”.
O artista dirigiu o humorístico "Sai de baixo" (1996) e as novelas "Louco amor" (1983), de Gilberto Braga, e "Transas e caretas" (1984), de Lauro César Muniz. Durante uma rápida passagem pela extinta TV Manchete, acumulou direção e atuação em duas novelas: "Carmem" (1987), de Gloria Perez, e "Corpo santo" (1987), de José Louzeiro.
Apaixonado pelo cinema, o ator participou de filmes como "Xica da Silva" (1976) e "Bye bye Brasil" (1979), ambos de Cacá Diegues, "Dona Flor e seus dois maridos" (1976) e "O homem da capa preta" (1985). Fez ainda o personagem Antônio Conselheiro em "Guerra de Canudos" (1997), de Sérgio Rezende. Além disso, foi diretor-presidente da Riofilme.
Wilker também se destacou em minisséries como "Anos rebeldes" (1992), de Gilberto Braga; "Agosto" (1993), adaptada da obra de Rubem Fonseca; e "A muralha" (2000), escrita por Maria Adelaide Amaral e João Emanuel Carneiro.
Em 2006, interpretou o presidente Juscelino Kubitschek na minissérie "JK", de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira. O artista ainda escreveu textos para revistas e jornais e comentou a cerimônia do Oscar durante vários anos, para a TV Globo e para a GloboNews.
José Wilker deixa duas filhas. Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a também atriz Mônica Torres. No Facebook, Isabel escreveu uma declaração para o pai e agradeceu as mensagens de apoio: "Só tenho amor, muito amor, e agora saudades, sempre. Obrigada a todos pelo carinho", postou, junto com uma foto.
Marcelo Serrado chegou ao velório depois das 23h. (Foto: Daniel Silveira / G1)
Tony Ramos foi ao velório de Wilker no sábado (5) (Foto: Daniel Silveira)
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