Decisão ainda não vale porque quatro ministros deixaram de apresentar seus votos
TerraO julgamento da ação, proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foi iniciado em dezembro do ano passado, quando os ministros Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso votaram a favor de mudar a lei e proibir o financiamento de campanha por empresas.
Na sessão de hoje, os ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski pediram para adiantar seus votos e também votaram contra a doação por empresas. Segundo Marco Aurélio, não é crível que as empresas apoiem candidatos de todos os matizes políticos desinteressadamente.
"No Brasil, os principais doadores de campanha contribuem para partidos que não têm identidade política e se voltam para obtenção de acordos com o governo. As empresas investem em todos os candidatos que tem chance de vitória. A comunidade jurídica nacional não pode acreditar num patrocínio desinteressado. A pretensão formulada dessa ação é indispensável para se colocar o fim da não equidade do processo eleitoral”, disse o ministro em seu voto.
O ministro Teori Zavascki foi o único a divergir dos outros magistrados, votando por manter a lei atualmente em vigor. "Só por messianismo judicial inconsequente se poderia afirmar que declarando a inconstitucionalidade da norma que autoriza doações por pessoas jurídicas e assim retornar ao regime anterior se caminhará para a eliminação da indevida interferência do poder econômico nos pleitos eleitorais. É ilusão imaginar que isso possa ocorrer", disse Zavascki.
Nenhum comentário:
Postar um comentário